Em Solidariedade aos Trabalhadores da Saúde

30/11/2012 11:19

Os servidores públicos estaduais da saúde estão em greve desde o dia 23 de outubro, em defesa da saúde pública e gratuita para toda a população e contra a privatização através da entrega dos equipamentos públicos de saúde para as Organizações Sociais. O Governo do Estado, ao invés de cumprir com seu dever de defesa do interesse público e negociar com os servidores, criminaliza o movimento e não apresenta uma proposta viável.

O Governo Colombo tenta jogar a população contra os servidores da saúde, como se todos os problemas da saúde no Estado fossem culpa da greve. Diz, ainda, que não há dinheiro no Estado para cumprir com seu dever e suas promessas, mas todos sabemos que isso não é verdade.

Somente em 2011 foram desviados mais de R$160 milhões que segundo a lei deveriam ser aplicados na saúde, recurso que poderia melhorar as condições de atendimento ao público e acatar às reivindicações dos trabalhadores da Saúde, que são:

  1. Contratação de novos servidores por concurso público.
  2. Incorporação da Gratificação por Atividade na Saúde (GAS) ao salário.
  3. Garantir material hospitalar suficiente e de qualidade para o atendimento à população.
  4. Não ferir o direito a greve modificando a remuneração dos servidores durante o processo de negociação.

Somos contrários e repudiamos a criminalização do movimento grevista, realizada pelo governo das seguintes formas:

  1. Assédio ao grevistas através do registro de Boletins de Ocorrência;
  2. Uso da polícia pelo governo em ações truculentas contra os trabalhadores da Saúde;
  3. Contratação ilegal de empresa terceirizada;
  4. Ameaça de bloquear o salário dos servidores.

Por defendermos uma Saúde Pública, Gratuita e de Qualidade, conclamamos o apoio aos servidores da saúde em greve!

Andes-SN Seção Sind. na UFSC, APG-UFSC, DCE-UFSC

“CONDICIONALIDADES” PARA TODOS PÓS-GRADUANDOS BOLSISTAS A PARTIR DE 2013

06/11/2012 09:36

É ESSA A SOLUÇÃO DOS PROBLEMAS DA PÓS-GRADUAÇÃO?

RESUMO: É notável a expansão que massificou as vagas nas universidades federais no Brasil. O Programa de apoio a planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (REUNI), que aumentou o acesso à graduação e à pós-graduação, foi também responsável pelas consequências negativas de um processo que não garantiu condições estruturais para a formação desses novos estudantes. Com a falta de professores, técnicos e direitos estudantis para a permanência dos estudantes, é nítido o aumento da carga de trabalho desses trabalhadores. Além disso, sem o acompanhamento ideal as deficiências no processo de ensino-aprendizagem são notáveis. Com a necessidade rápida de mão de obra barata, os pós-graduandos foram compelidos a colaborar com o auxílio em atividades que pretensamente os fariam preencherem esse vácuo. A “bolsa CAPES/REUNI” veio como primeira experiência nesse processo. Em muitos locais não se sabia como proceder, ou os pós-graduandos teriam que realizar atividades de reparo às deficiências, como cursos de reforço, orientação de TCCs, ou lecionando cursos de línguas, entre outros. Com o fim do programa REUNI e a permanência dos problemas estruturais, será exigido agora de todos os bolsistas CAPES e CNPQ o cumprimento de oito horas semanais de trabalho junto aos graduandos, sob o pretexto de integração entre pós e graduação. Podemos nós, estudantes, cumprir com essas responsabilidades que nos são imputadas, que são, na realidade, o trabalho de profissionais concursados? Não somos contra a “integração entre pós e graduação”, mas não acreditamos que com a medida proposta isso se realizará. Defendemos um debate aberto e amplo sobre a questão, entendendo que o primeiro passo para resolver os problemas estruturais da Universidade passa pela contratação de mais professores e técnicos, para que a precarização do trabalho não seja um processo visto com tanta naturalidade. Além de tudo, a precarização pode atingir ainda mais o trabalho dos pós-graduandos.

Em julho deste ano, recebemos a notícia de que o reajuste que as bolsas de pós-graduação receberiam poderia não chegar às bolsas CAPES/REUNI. Diante da possível diferença nos valores das bolsas, os estudantes se uniram à APG para lutar para que o reajuste fosse concedido a todos. A partir dos debates realizados nesse período, o “Manifesto pela isonomia nas bolsas” apontou não apenas o problema da falta de isonomia nos valores de bolsa, mas também um conjunto de diferenças que só podem ser explicadas se investigarmos a fundo os principais “objetivos expostos” da concessão da modalidade de bolsa CAPES/REUNI. Em nossas análises e discussões, procuramos desvendar os “objetivos ocultos” da concessão de bolsas CAPES/REUNI que se apresentam na realidade concreta.

A modalidade de bolsa CAPES/REUNI é decorrente do projeto REUNI, o Programa de Apoio a planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais, instituído pelo Decreto nº 6096, de 24 de abril de 2007. Para quem não acompanhou o processo de implementação dessa iniciativa governamental, um breve resumo: as metas se baseavam em ampla expansão de vagas, universidades, campi e cursos, aliada à reordenação dos planejamentos pedagógicos e estruturais. Uma das propostas era atingir 90% de taxa de conclusão dos ingressantes, aumento da taxa de relação professor/aluno de 1/12 para 1/18, e criação de bacharelados em grandes áreas de formação curta em três anos. A UFSC, que tem uma relação média professor aluno de 1/27, também instituiu cursos nos campus novos de Joinville, Araranguá e Curitibanos, que se enquadram na modalidade de grandes bacharelados, com turmas ingressantes de 200 alunos e formação em três anos.

Uma das medidas tomadas pelo governo para conter a massificação das aulas sem a devida contrapartida das estruturas foi a criação das chamadas bolsas CAPES/REUNI. Tais bolsas, necessárias e fundamentais para a permanência de estudantes que ingressavam nos programas que, por sua vez, também se expandiam no processo, também tinham objetivos expostos como a contrapartida de realização de atividades de reforço para os estudantes da graduação para conter possíveis deficiências que poderiam ser encontradas. Percebemos que, na UFSC, vários projetos de auxílio à graduação enfocaram as demandas criadas pela expansão. Alguns exemplos são o curso de inglês para estudantes de Joinville, os cursos de verão de cálculo e orientações de TCCs. Em muitos casos, não havia professores disponíveis para orientar essas atividades.

No entanto, como foi possível perceber durante a greve nacional dos professores, ocorrida há menos de dois meses, o incremento na expansão não garantiu a estrutura e contratação necessária de professores e técnicos. Isso causou precarização e acúmulo de trabalho para todas as categorias. Outra reivindicação identificada foi a ausência de condições estruturais para o exercício do ensino, da pesquisa e da extensão em muitos dos Centros. Lembramos que o REUNI prometia a reestruturação necessária para sustentar a expansão prometida.

Neste momento em que a crise econômica se intensifica na zona do Euro e a recessão decorrente dela se alastra para vários países do mundo, inclusive o Brasil, de tal modo que o próprio Fundo Monetário Internacional (FMI) no inicio deste mês de outubro reduziu de 2,5% para 1,5% a previsão de expansão da economia brasileira para o ano de 2012, os discursos eufóricos e apologéticos que vinham sendo realizados pelo Governo Federal tiveram que ser silenciados. No lugar desses discursos, o governo intensificou suas ações de, por um lado, isenções fiscais para o setor produtivo e financeiro, e, em decorrência disso, por outro lado, retirada de direitos e recursos das políticas sociais. Diante dessa conjuntura, já era de se esperar que nesse processo os pós-graduandos sejam atingidos e tenham o seu trabalho afetado e intensificado.

Nesse contexto, nos deparamos com a seguinte informação repassada pela Pró-reitoria de Pós-Graduação, que fora informada pelo MEC em audiência com os responsáveis por essa área no Brasil: a partir do ano de 2013 todos os bolsistas CAPES/REUNI se transformarão em bolsistas CAPES/Demanda Social, e a condicionalidade da contrapartida de 8 horas de trabalho de reforço à graduação, que estava estipulada para os bolsistas CAPES/REUNI, será universalizada, atingindo todas as modalidades de bolsa oferecidas pelo MEC, como a CNPQ e CAPES.

Em reunião realizada na APG no dia 16 de Outubro deste ano, discutimos a situação e chegamos à seguinte conclusão: somos contra a condicionalidade que impõe a todas as bolsas esse “trabalho”, e também não concordamos que esse “projeto” de “aproximação da pós-graduação com a graduação” seja determinado de cima para baixo. Além disso, exigimos que as bolsas CAPES/Demanda Social criadas para suprir a demanda por bolsas após o fim do Projeto REUNI se tornem permanentes.

Não somos contra a aproximação da pós-graduação com a graduação, porém não concordamos que essa aproximação ocorra através de ordens verticais e em condições precárias. Em muitos departamentos, a maior dificuldade vem da insuficiência de professores e técnicos para participar da elaboração e execução de projetos que atendam a todas as demandas existentes. A lógica precarizadora do trabalho “terceiriza” as tarefas que devem ser executadas por trabalhadores concursados e devidamente recompensados por seu trabalho. Hoje, na maior parte das universidades, e em grande parte na UFSC, é comum que graduandos sirvam como mão-de-obra barata no lugar de técnicos administrativos. Para confirmar essa afirmação, basta comparar o número de técnicos e estagiários que trabalham nas secretarias de departamento e programas de pós-graduação. Com as bolsas CAPES/REUNI, os pós-graduandos estão se tornando responsáveis pelo reforço no ensino, pesquisa e extensão.

Um dado importante para refletirmos sobre nossa situação específica mostra a profundidade da disparidade entre as próprias IFES: enquanto na UFPel são cerca de 1.752 professores para um total de 27.998 estudantes (todas as modalidades – http://www.ufsm.br/), na UFSC hoje temos 2.037 professores para 43.151 alunos (http://agecom.paginas.ufsc.br/files/2012/09/ufscemnumeros.pdf).

Além disso, foi recorrente a insatisfação acerca da não construção coletiva das políticas que, pelos objetivos expostos, aproximariam a pós-graduação da graduação. Esse reforço deve ser dado com a contratação de mais professores e técnicos, maior investimento em laboratórios, grupos de pesquisa e de extensão, e na discussão coletiva das problemáticas centrais a serem pesquisadas, de acordo com as necessidades mais sentidas de nosso povo. Não seria o tempo de, diferente da imposição abstrata de “reforço” na graduação, investíssemos na constituição democrática de objetos de pesquisa e investigação que de fato unificassem os esforços da graduação e da pós-graduação?

Há também a questão de particularidades nos projetos de pesquisa que não podem ser negados nesse processo. Como exigir a “condicionalidade” para certos estudantes que necessitam se afastar para realizar a pesquisa e a confecção do projeto, além dos períodos de realização de pesquisa em outras localidades?

Sabemos que o projeto de expandir as condicionalidades das bolsas concedidas responde à política nacional, mas não é por isso que não podemos fazer diferente. Temos a prerrogativa da “autonomia universitária”, e, se queremos de fato evitar a evasão, as insuficiências teóricas e metodológicas, e demais problemas, precisamos analisar o contexto que começamos a delinear em nossas discussões e partir para uma reestruturação que contemple as necessidades específicas de nossa universidade e alunos. Queremos que o processo local priorize o diálogo e não transfira as medidas acriticamente. Pelo contrário: queremos que se reflita sobre a precarização do trabalho docente, dos técnicos e dos pós-graduandos.

Buscaremos unidade com demais APGs pelo Brasil, principalmente neste momento em que várias se revitalizaram durante o grande movimento de luta no meio universitário ocorrido neste ano. Lutaremos juntos para inviabilizar as medidas de “transferência” de responsabilidade aos pós-graduandos.

Para que tenhamos ainda mais condições para realizar satisfatoriamente nossos trabalhos de pesquisa, de acordo com o necessário desenvolvimento das demandas sociais requeridas, continuamos na luta pelo reajuste necessário de todas as bolsas de fomento, além da expansão de seu número e manutenção permanente dessas que se tornarão CAPES/Demanda Social. Sem dúvida, os que devem pagar “as contas da crise” não podem ser os setores subalternizados, e sim aqueles que mantêm os seus lucros intactos e, por que não, cada vez mais crescentes.

ASSOCIAÇÃO DA PÓS-GRADUAÇÃO DA UFSC, 05 de Novembro de 2012.

Carta de repúdio ao processo eleitoral no CFM

10/10/2012 19:56

Os discentes do CFM, uma das três categorias que o compõe, expressam seu profundo descontentamento e repúdio com o processo eleitoral de Diretor e Vice-Diretor de centro, ocorrida há pouco. Não aceitamos que não haja chapa conjunta de diretor e vice, não aceitamos o modo obtuso com qual nos foi empurrado este processo mal divulgado, o qual não teve nem edital que regulasse o processo. Rechaçamos esse velho acordo entre os departamentos que define previamente quem será o diretor, tornando o processo eleitoral num mero processo burocrático e sem nenhum tipo de discussão política e afastando dos estudantes e servidores a oportunidade de eleger alguém que defenda seus interesses.

Entendemos que o cargo de diretor de centro não é meramente um cargo administrativo, como também político, por isso é imprescindível que o processo de eleição do mesmo se dê com a maior participação das três categorias e com um mínimo de debate político.

Infelizmente foi empurrado para alguns discentes a tarefa de se submeter e assinar embaixo desta farsa eleitoral. Não reconhecemos, como entidades representativas que somos, a desculpa de “convocar com urgência” discentes para integrar a comissão eleitoral. Exigimos explicações e que este processo inteiro seja revisto. Não aceitaremos mais o velho jeito de se realizar política nesse centro, que apesar de ser o maior produtor quantitativo de ciência da UFSC é o mais atrasado nas questões democráticas que são tão caras a todos nós como cidadãos!

Assinam:
CALMA, Centro Acadêmico Livre de Matemática
APG, Associação dos Pós Graduandos
DCE, Diretório Central dos Estudantes Luiz Travassos
MUP, Movimento por uma Universidade Popular

Carta de repudio-download

O Nivelamento por Baixo

10/10/2012 09:02

Companheiros de pós-graduação! O que era ruim pode ser ainda pior! Em reunião realizada semana passada na Câmara de Pós-Graduação da Universidade Federal de Santa Catarina foi nos repassado a informação que os Bolsistas Capes e CNPq terão de enfrentar as mesmas dificuldades que os bolsistas REUNI, ou seja, terão de trabalhar 8 horas semanais!

Em breve os departamentos e programas entrarão em contato com os bolsistas para repassar como isto será dado!

Sem movimento de todos não conseguiremos barrar isto! O nivelamento não pode vir por baixo! Bolsistas REUNI, CAPES/CNPq têm de ter o nivelamento por cima, ou seja, nada de mais 8 horas de trabalho semanais! Já temos de nos submeter a intensa jornada para desenvolver nosso trabalho ao mesmo tempo que assumimos funções que não são cabíveis a nós.

Venha Participar dos Fóruns Participativos no dia 16 de outubro ás 19 Horas na Sede da APG! É lá que construiremos para impedir este enorme retrocesso! Avisem a todos, divulguem e principalmente demonstrem que não irão aceitar isto de maneira alguma.

O Dia que o Pós-Graduando Virou Gente

09/10/2012 08:37

No dia 7 de agosto de 2012 o Conselho Universitário decidiu por maioria suspender as aulas da Pós-Graduação da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). A decisão histórica que nunca antes teve precedentes na UFSC deveu-se a falta de condições de permanência a todos os discentes, o que pela primeira vez incluiu os pós-graduandos.

A pauta que levou a essa guinada na história recente das pós-graduações teve apoio dos professores que se mostram indignados com as metas produtivistas baseados em critérios quantitativos das agências de fomento. Como é sabido aos pós-graduandos de cursos, onde o produtivismo é a pauta de todo dia, quem realmente sofre as consequências desse ritmo alucinado de produção é o elo mais fraco da corrente, ou seja, o pós-graduando, que além de realizar as atividades de pesquisa, acaba por realizar infinitas atividades de zeladoria, burocracia e ensino para seus orientadores, os quais não teriam condições de executar essas tarefas sem o exercito de subempregados aos quais está encarregado, ou seja, os seus orientandos.

A decisão do CUn demonstrou que há uma percepção que os tempos são outros, já que se sabe hoje que menos de 35% dos pós-graduandos do país possuem bolsas, situação muito diferente do que há de 30 anos atrás onde os pós-graduandos já estavam empregados e bem estabelecidos.  Hoje em dia nós precisamos lutar para se qualificar atendendo as normas e critérios da Capes/CNPq e ainda manter em ordem as tarefas burocráticas e de ensino que a nós não deveriam ser repassadas. Logo com a suspensão das aulas adquirimos mais confiança em se negar a trabalhar e pesquisar sem as condições mínimas de permanência, ou seja, sem o restaurante e a biblioteca universitária, uma vez que adquirimos a partir do dia 07 de agosto de 2012 o reconhecimento institucional que não somos apenas subempregados com parcos direitos, somos sim, discentes da Universidade Federal de Santa Catarina.

O Dia que Deixou de Ser

No Dia 23 de agosto de 2012 o Conselho Universitário (CUn) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) decidiu por maioria a volta das aulas da pós-graduação, ficando a critério dos coordenadores da pós-graduação de cada curso decidirem o que deve voltar e o que não deve. A tradução para esta decisão é uma carta branca para que os programas decidam por si mesmos se mantém as aulas da pós-graduação ou não.

Cabe salientar que em nenhum momento, ao que nos foi relatado, os coordenadores de pós-graduação entraram em contato com as representações discentes para debater as condições de permanência para os pós-graduandos, logo a decisão de manter as aulas diz respeito, aparentemente, somente aos professores dos respectivos programas. O aluno que é parte essencial e vital para o funcionamento dos programas em nenhum momento foi consultado ou considerado quando este tipo de decisão foi tomada e está sendo tomada.

Na realidade a decisão deste dia no CUn foi apenas a ratificação do que de fato tinha acontecido, ou seja, a revelia da instância máxima da entidade, muitos programas de pós-graduação continuaram ou deram inicio ás aulas, com o objetivo, aparentemente, de não ter de lecionar em janeiro e fevereiro e possivelmente o principal, que é o de manter o pós-graduando na rédea curta, pesquisando e realizando tarefas burocráticas e de ensino que violam o caráter da bolsa.

As condições de permanência foram severamente afetadas, no entanto a despeito de isto ser reconhecido pelos conselheiros universitários, nós acabamos ficando reféns da decisão unilateral dos professores de manterem e darem inicio as aulas. E o que poderemos fazer?! Como é sabido devido à especificidade da bolsa temos um vinculo com o nosso orientador e com o programa de pós-graduação tornando-se difícil, se não impossível, dizermos NÃO! O assédio para que façamos o que não é nossa responsabilidade e para que trabalhemos sem condições de segurança é constante e tão forte que o absorvemos e chegamos a agradecer pela transferência de responsabilidades, como se fosse um favor para nós, realizarmos o trabalho de outrem.

Neste momento se torna imprescindível fortalecermos os nossos representantes estudantis dando respaldo para que nos defendam e que sejam defendidos por nós, e principalmente nos articularmos quanto universidade no âmbito da associação dos pós-graduandos (APG-UFSC) à qual todos os pós-graduandos são automaticamente associados no momento que entram na pós-graduação da Universidade federal de Santa Catarina.

Cabe salientar que somente fortalecendo o movimento dos Pós-Graduandos poderemos arrancar concessões institucionais.

Venha Para os Fóruns Participativos!!!

Dia 16 de outubro ás 19 Horas na Sede da APG na Biblioteca Universitária.

Venha debater Democracia e Eleições para Direções de Centro na UFSC!

07/10/2012 20:35

Você sabia que estamos no momento de escolha dos novos Diretores de Centro? Nesse processo, quanto vale o seu voto? Você está satisfeito com os debates politicos dos candidatos?

Não só a UFSC, mas todas as Universidades Públicas estão sob influência de uma visão de educação bastante anti-democrática. Uma das influências dessa visão se dá no âmbito dos processos eleitorais e na organização dos órgãos deliberativos das universidades. A participação dos discentes e técnico-administrativos é, em geral, bastante reduzida.

Em vários centros da universidade o peso do voto estudantil é de 10 a 15%, o que faz com o voto de um professor possa valer até 140 vezes o voto do estudante. É o caso do CTC, onde a proporção do voto para professores, técnicos e estudantes é de 70, 20 e 10%, respectivamente. Já em outros centros e nas eleições para reitor, o voto é paritário, ou seja, cada categoria detém 1/3 do peso sobre a decisão final. O CFH é o único centro da universidade que pratica o voto universal, o que significa que cada indivíduo possui o mesmo peso no voto, independente da categoria que compõe.

Nos colegiados (conselhos de departamento, de unidade e universitário) os estudantes e técnicos juntos ocupam menos de 20% da representação total, o que dificulta que mudanças significativas na macro e microestrutura possam ser realizadas por estas categorias.

Os cargos dirigentes, como reitor e diretor de centro, são normalmente vistos somente como burocráticos e não como cargos políticos, o que na prática faz com que o debate de ideias fique em segundo plano. Soma-se a isto que o processo de escolha de diretores de centro é em muitos casos nebuloso, acontecendo às escuras e às pressas, como na recente eleição para diretor de centro do CFM, que ocorreu rapidamente e com pouca divulgação.

Se é nosso interesse debater os rumos da UFSC, debater ensino, pesquisa e extensão, debater a produção de conhecimento, é então nosso dever participar e intervir nas eleições de Direção de Centro e exigir democracia e transparência!

Quando? Dia 8 de outubro às 18:30

Onde? No auditorio da Biblioteca Universitária

Quem? Discentes, Docentes e Técnicos-Administrativos

Assinam:

MUP – Movimento por uma Universidade Popular

ANDES – Seção Sindical

DCE Luiz Travassos

APG- Associação dos Pós-Graduandos da UFSC

Acumulo de Vinculo Empregaticio e Bolsa de Pós-graduação

05/09/2012 09:59

Devido as constantes solicitações de esclarecimentos sobre a situação de acumulo de vinculo empregaticio e bolsa de pós-graduação os orgãos de fomento esclarecem em memorando as situações aos quais isto é permitido.

Agora através do posicionamento no memorando espera-se que não haja mais confusões que prejudiquem o bolsista que acabam tendo suas bolsas cortadas injustamente por falta de informação e conhecimento por parte dos coordenadores.

Caso alguma confusão venha a ocorrer a Associação dos pós-graduandos aos quais somos todos associados irá intervir e debater para alcançar a melhor posição possivel para o conjunto dos pós-graduandos

Memorando Acumulo de Bolsas

Lembrando que temos 3 compromissos importantes este mês:

Hoje quarta-feira: Debate e elaboração do Censo da Pós-Graduação – encontro as 17 Horas no Hall do CSE e posterior encaminhamento para a sede da APG na Biblioteca Universitária (duvidas perguntar para a guarda patrimonial)

Quinta feira dia 06/09/2012: Assembleia com o debate sobre o espaço a ser construido para debate da pós-graduação o APG em Debate- encontro as 17 Horas no Hall do CSE e posterior encaminhamento para a sede da APG na Biblioteca Universitária (duvidas perguntar para a guarda patrimonial)

Segunda-feira 17/09/2012: Assembleia Geral dos pós-graduandos no auditorio do CSE ás 15:30.

Reunião Coordenadores de Programas / “Censo” da Pós-graduação

03/09/2012 07:39

Na reunião da Câmara da Pós no último dia 30, os Pró-Reitores da Pós, Joana e Juarez, informaram os presentes da convocação de uma reunião com todos os coordenadores de programas de pós e os representantes discentes no dia 20 de setembro. Haverá diversas pautas, como a distribuição da próxima remessa de bolsas, os recursos dos programas, o credenciamento dos programas e a avaliação trienal da CAPES. Para esta reunião, nós quatro (Robson, Danuza, Marisa e eu Tiago Iraton) confirmamos nossas presenças, mas veremos com os Pró-Reitores se será possível ampliar nossa participação nesta reunião em específico. De qualquer forma, sugiro que levemos em consideração na Assembleia do dia 17 conversarmos sobre este espaço para aproveitarmos da melhor maneira possível.

No dia 28 último, pela manhã, a APG teve uma reunião com os Pró-Reitores. Dentre os pontos discutidos, abordamos a proposta de um “Censo” dos estudantes de pós-graduação da UFSC para levantar seu perfil socioeconômico (coloco entre aspas pois precisaremos definir se se trata de um censo ou de uma amostra). Nas discussões sobre a pós-graduação travadas pelos mais diversos sujeitos em diferentes espaços, principalmente no que diz respeito às condições de permanência dos pós-graduandos, podemos perceber de forma cristalina como subjazem às opiniões, na forma de pressupostos raramente explicitados, imagens as mais divergentes de quem seja o estudante de pós-graduação. Durante os debates e atividades deste período de greve ficou muito fácil perceber isto, e os impactos que isto causa nas nossas tomadas de decisão. Com esta preocupação, a gestão da APG/UFSC está propondo este “Censo”, para afinar nossas discussões e decisões, e subsidiar a proposição de políticas de permanência da pós-graduação. Os Pró-Reitores demonstraram a mesma visão e preocupação sobre a questão, e afirmou que previam esta ação no planejamento da atual gestão. Deste modo, fizemos um acerto. A Pró-Reitoria se encarregará de garantir que os formulários cheguem a todos os pós-graduandos e retornem a nós, que haja outros auxílios técnicos necessários à implementação, como também levará a pauta das políticas de permanência de pós para as discussões com a CAPES e para os fóruns de pró-reitores, no intuito de recolher boas práticas para implementar na UFSC e de provocar a pressão da parte das pós das IFES junto à CAPES pela inclusão desta pauta. A APG ficará responsável de elaborar o projeto, os instrumentos de coleta e de formular as estatísticas sobre os dados coletados.

Como foi solicitado pela gestão da APG que algum conselheiro na Câmara ficasse responsável, apresentei meu nome (Tiago Iraton) à Pró-Reitoria para conduzir o projeto. A Prof. Joana ofereceu o espaço da reunião do dia 20 para apresentarmos o “Censo” e ela proceder com a sensibilização dos coordenadores de programas.

Assim, é proposto uma reunião de trabalho nesta quarta, às 17h, com ponto de encontro no hall do CSE, para quem estiver interessado em colaborar. Pessoal com experiência e conhecimento em estatística e pesquisa quantitativa, principalmente na área de Ciências Sociais, poderia fornecer um apoio importantíssimo.

Relato Reunião da Camara da Pós-Graduação

03/09/2012 07:37

No último dia 30 ocorreu a reunião da Câmara de Pós-Graduação. Estivemos presentes representando a pós: Robson, Danuza, Marisa e eu (Tiago). Dos pontos de pauta previstos na convocação, quero chamar a atenção primeiramente para o de número 7, “Diretrizes de Bolsas de Estágio de Estudantes de Pós-Graduação”, trazendo a discussão como foi posta (tentarei ser o mais fiel possível, mas caso haja alguma correção a ser feita, peço aos colegas que estiveram comigo que as façam).

Na Resolução 05/CUn/2007, art. 17, inciso XV, consta, dentre as atribuições do Coordenador do Programa de Pós-Graduação: “assinar os termos de compromisso firmados entre o aluno e a parte cedente

de estágios não obrigatórios, desde que previstos no projeto pedagógico do curso, nos termos da Lei n.º 11.788, de 25 de setembro de 2008.” O Prof. Juarez, Pró-Reitor Adjunto da Pós, esteve pesquisando sobre que estágios seriam esses. A princípio, que a inclusão deste dispositivo na resolução se deu em função do regulamento das fundações vigente à época, que as impedia de fornecer bolsas de pesquisa para o fomento de determinadas pesquisas, então, as fundações entravam como entidade cedente do estágio, em convênio celebrado com o programa e o estudante, como é de praxe dos demais estágios. Mas o regulamento das fundações mudou, caindo aquele impedimento das bolsas, e, além do mais, a operacionalização dos estágios na UFSC, que hoje passam todos pelo SIARE, e este, por sua vez, trabalha apenas com estágios de graduação.

Juarez verificou que apenas três programas (os quais acabei não anotando na hora) possuem disciplina de estágio não-obrigatório nos seus currículos. Estes programas fazem uso corrente destes estágios, ligados diretamente ao desenvolvimento das pesquisas e disciplinas a elas vinculadas, e celebrados diretamente com fundações da UFSC (as quais também não consegui precisar na hora quais são). A esta altura, Juarez lançou a indagação: como ficaria a questão do acúmulo de bolsas? A Resolução 76/CAPES/2010, no artigo 9º, inciso XI, define quais as exceções admitidas para o acúmulo, nas quais já não se enquadrariam estas bolsas. Ele também levantou a suspeita de que o mecanismo do estágio curricular não-obrigatório da pós esteja servindo para o pagamento dos pós-graduandos que prestam atividades e cursos extracurriculares e de extensão da UFSC, como os cursos de idiomas das Letras, por exemplo.

Juarez e Joana (pró-reitora) enfatizaram que a CGU está apertando cada vez mais o cerco na prestação de contas da UFSC, e como pró-reitores, estão preocupados com esta questão. Na discussão que se seguiu, os Coordenadores trouxeram à tona exemplos de situações como estas que parecem caracterizar um acúmulo de bolsas em alguns programas. Em geral, todos demonstraram um interesse de averiguar o que se passa sobre a questão, principalmente acerca das fundações, para não haver qualquer atividade irregular. Por esta razão, montou-se uma Comissão para apurar os fatos e trazer um estudo à Câmara de Pós. Para esta Comissão, indicamos pela APG a Danuza, com o apoio da Marisa. Esta será uma grande oportunidade para nos aprofundarmos sobre o que se passa em relação às fundações, pois há inclusive um apoio institucional da pró-reitoria e da Câmara para a averiguação.

O ponto 8 da convocação foi retirado da pauta.

Outro assunto interessante debatido foram as disciplinas de Tópicos Especiais nos currículos dos programas. A Pró-reitoria recomenda que os currículos prevejam-na, pois é um mecanismo de atualização, dinamização e flexibilização dos currículos sem que seja preciso uma alteração curricular que enfrente toda a burocracia de um processo tramitado e julgado na Câmara. Mas os programas vêm encontrando problemas na operacionalização com o CAPG. Então a Pró-Reitoria tratará de estabelecer uma diretriz de operacionalização da disciplina, que será enviada aos programas quando estiver pronta.

Também se discutiu bastante o credenciamento, uma questão bastante complexa pelo detalhamento burocrático, mas importante, pois é o processo pelo qual os programas definem seu quadro docente. Não entrarei aqui nos detalhes do que foi discutido, mas penso que o essencial seja sinalizar que alguns programas ainda estão providenciando o credenciamento do triênio que se encerra em dezembro, ao passo que o prazo para os programas providenciarem os credenciamentos para o próximo triênio (2013-2015) vai até fevereiro de 2013. Durante este período a Pró-Reitoria, junto aos programas, estará realizando a Avaliação Trienal da CAPES. Então, recomendo todos a ficarem atentos, e a conferirem junto a seus programas como está o andamento destas atividades. A Pró-Reitora também alertou que muitos programas estão com os cadastros discentes desatualizados, e/ou não disponibilizam em suas páginas informações completas sobre seus credenciamentos. A primeira medida vale para garantir a operacionalização regular de todos os procedimentos dos programas e da pró-reitoria em relação aos estudantes, enquanto a segunda é essencial para conferir visibilidade aos programas, no sentido da procura pelas seleções de ingresso, ou pelo estabelecimento de parcerias entre os programas etc. Seria interessante, pois, que verifiquem este elemento também.

Discurso no Conselho Universitário dia 07 de agosto de 2012

27/08/2012 11:08

Segue Abaixo o Discurso no Conselho Universitario no dia 07 de Agosto, aonde se decidiu por maioria a suspensão das aulas da Pós-graduação devido a falta de condições de permanência. A decisão foi revertida no conselho universitário posterior, apesar da oposição de alguns conselheiros que entendem que a pós-graduação não é um mundo a parte, no entanto, as implicações destas decisões são ainda sentidas e precisam ser debatidas.

Bom dia

Sou representante dos pós-graduandos.

 Desde ontem surgiu duvidas entre meus colegas. Podemos citar algumas, Pós-Graduando não se alimenta? Pós-graduando não precisa de Biblioteca universitária? A pós-graduação não é vinculada a Universidade Federal de Santa Catarina?

Aparentemente não nos alimentamos, não necessitamos de Biblioteca e muito menos somos vinculados a UFSC. Pois, em diversos comunicados repassados a nossa Associação dos pós-graduandos foi colocado que a pró-reitoria de pós-graduação está deixando a cargo de cada programa decidir ou não a suspensão das aulas.

Nós entendemos a dinâmica da pós-graduação, pois somos pós-graduandos! Não queremos que defesas sejam adiadas. Nós queremos que fique claro qual é a vinculação das Pós-Graduações da UFSC com a mesma e com a Sociedade. Infelizmente muitos acham que os pós-graduandos de hoje são idênticos aos pós-graduandos de 30 anos atrás! NÃO SOMOS! Muitos dependem do RU para comer e da BU para estudar.

Nos últimos dados que tivemos acesso, dizia-se que mais de 60% dos Pós-Graduandos não tem bolsa! Ora, pois bem, imagino como estes terão condições de estar aqui pesquisando, mas não só eles, todos nós pós-graduandos estamos em estado de exceção! Não vivemos em um mundo a parte, pela primeira vez pós-graduandos estão em greve estudantil em mais de 10 universidades!

O que queremos deste conselho é que se fique claro que quando se adia o semestre letivo, adia-se o semestre letivo da graduação, pós-graduação e colégio aplicação!

Alerto que não manteremos a UFSC como referência na América latina se permitirmos que seja feita uma formação de pessoas com estas condições precárias.

E que caso se decidir que a Pós-graduação não é afetada pelo meio que se vive, que então seja fornecido alternativas de alimentação para os pós-graduandos que necessitem, que não são poucos.

Discurso no Conselho Universitário dia 07 de agosto de 2012