Carta de repúdio ao processo eleitoral no CFM

10/10/2012 19:56

Os discentes do CFM, uma das três categorias que o compõe, expressam seu profundo descontentamento e repúdio com o processo eleitoral de Diretor e Vice-Diretor de centro, ocorrida há pouco. Não aceitamos que não haja chapa conjunta de diretor e vice, não aceitamos o modo obtuso com qual nos foi empurrado este processo mal divulgado, o qual não teve nem edital que regulasse o processo. Rechaçamos esse velho acordo entre os departamentos que define previamente quem será o diretor, tornando o processo eleitoral num mero processo burocrático e sem nenhum tipo de discussão política e afastando dos estudantes e servidores a oportunidade de eleger alguém que defenda seus interesses.

Entendemos que o cargo de diretor de centro não é meramente um cargo administrativo, como também político, por isso é imprescindível que o processo de eleição do mesmo se dê com a maior participação das três categorias e com um mínimo de debate político.

Infelizmente foi empurrado para alguns discentes a tarefa de se submeter e assinar embaixo desta farsa eleitoral. Não reconhecemos, como entidades representativas que somos, a desculpa de “convocar com urgência” discentes para integrar a comissão eleitoral. Exigimos explicações e que este processo inteiro seja revisto. Não aceitaremos mais o velho jeito de se realizar política nesse centro, que apesar de ser o maior produtor quantitativo de ciência da UFSC é o mais atrasado nas questões democráticas que são tão caras a todos nós como cidadãos!

Assinam:
CALMA, Centro Acadêmico Livre de Matemática
APG, Associação dos Pós Graduandos
DCE, Diretório Central dos Estudantes Luiz Travassos
MUP, Movimento por uma Universidade Popular

Carta de repudio-download

O Nivelamento por Baixo

10/10/2012 09:02

Companheiros de pós-graduação! O que era ruim pode ser ainda pior! Em reunião realizada semana passada na Câmara de Pós-Graduação da Universidade Federal de Santa Catarina foi nos repassado a informação que os Bolsistas Capes e CNPq terão de enfrentar as mesmas dificuldades que os bolsistas REUNI, ou seja, terão de trabalhar 8 horas semanais!

Em breve os departamentos e programas entrarão em contato com os bolsistas para repassar como isto será dado!

Sem movimento de todos não conseguiremos barrar isto! O nivelamento não pode vir por baixo! Bolsistas REUNI, CAPES/CNPq têm de ter o nivelamento por cima, ou seja, nada de mais 8 horas de trabalho semanais! Já temos de nos submeter a intensa jornada para desenvolver nosso trabalho ao mesmo tempo que assumimos funções que não são cabíveis a nós.

Venha Participar dos Fóruns Participativos no dia 16 de outubro ás 19 Horas na Sede da APG! É lá que construiremos para impedir este enorme retrocesso! Avisem a todos, divulguem e principalmente demonstrem que não irão aceitar isto de maneira alguma.

O Dia que o Pós-Graduando Virou Gente

09/10/2012 08:37

No dia 7 de agosto de 2012 o Conselho Universitário decidiu por maioria suspender as aulas da Pós-Graduação da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). A decisão histórica que nunca antes teve precedentes na UFSC deveu-se a falta de condições de permanência a todos os discentes, o que pela primeira vez incluiu os pós-graduandos.

A pauta que levou a essa guinada na história recente das pós-graduações teve apoio dos professores que se mostram indignados com as metas produtivistas baseados em critérios quantitativos das agências de fomento. Como é sabido aos pós-graduandos de cursos, onde o produtivismo é a pauta de todo dia, quem realmente sofre as consequências desse ritmo alucinado de produção é o elo mais fraco da corrente, ou seja, o pós-graduando, que além de realizar as atividades de pesquisa, acaba por realizar infinitas atividades de zeladoria, burocracia e ensino para seus orientadores, os quais não teriam condições de executar essas tarefas sem o exercito de subempregados aos quais está encarregado, ou seja, os seus orientandos.

A decisão do CUn demonstrou que há uma percepção que os tempos são outros, já que se sabe hoje que menos de 35% dos pós-graduandos do país possuem bolsas, situação muito diferente do que há de 30 anos atrás onde os pós-graduandos já estavam empregados e bem estabelecidos.  Hoje em dia nós precisamos lutar para se qualificar atendendo as normas e critérios da Capes/CNPq e ainda manter em ordem as tarefas burocráticas e de ensino que a nós não deveriam ser repassadas. Logo com a suspensão das aulas adquirimos mais confiança em se negar a trabalhar e pesquisar sem as condições mínimas de permanência, ou seja, sem o restaurante e a biblioteca universitária, uma vez que adquirimos a partir do dia 07 de agosto de 2012 o reconhecimento institucional que não somos apenas subempregados com parcos direitos, somos sim, discentes da Universidade Federal de Santa Catarina.

O Dia que Deixou de Ser

No Dia 23 de agosto de 2012 o Conselho Universitário (CUn) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) decidiu por maioria a volta das aulas da pós-graduação, ficando a critério dos coordenadores da pós-graduação de cada curso decidirem o que deve voltar e o que não deve. A tradução para esta decisão é uma carta branca para que os programas decidam por si mesmos se mantém as aulas da pós-graduação ou não.

Cabe salientar que em nenhum momento, ao que nos foi relatado, os coordenadores de pós-graduação entraram em contato com as representações discentes para debater as condições de permanência para os pós-graduandos, logo a decisão de manter as aulas diz respeito, aparentemente, somente aos professores dos respectivos programas. O aluno que é parte essencial e vital para o funcionamento dos programas em nenhum momento foi consultado ou considerado quando este tipo de decisão foi tomada e está sendo tomada.

Na realidade a decisão deste dia no CUn foi apenas a ratificação do que de fato tinha acontecido, ou seja, a revelia da instância máxima da entidade, muitos programas de pós-graduação continuaram ou deram inicio ás aulas, com o objetivo, aparentemente, de não ter de lecionar em janeiro e fevereiro e possivelmente o principal, que é o de manter o pós-graduando na rédea curta, pesquisando e realizando tarefas burocráticas e de ensino que violam o caráter da bolsa.

As condições de permanência foram severamente afetadas, no entanto a despeito de isto ser reconhecido pelos conselheiros universitários, nós acabamos ficando reféns da decisão unilateral dos professores de manterem e darem inicio as aulas. E o que poderemos fazer?! Como é sabido devido à especificidade da bolsa temos um vinculo com o nosso orientador e com o programa de pós-graduação tornando-se difícil, se não impossível, dizermos NÃO! O assédio para que façamos o que não é nossa responsabilidade e para que trabalhemos sem condições de segurança é constante e tão forte que o absorvemos e chegamos a agradecer pela transferência de responsabilidades, como se fosse um favor para nós, realizarmos o trabalho de outrem.

Neste momento se torna imprescindível fortalecermos os nossos representantes estudantis dando respaldo para que nos defendam e que sejam defendidos por nós, e principalmente nos articularmos quanto universidade no âmbito da associação dos pós-graduandos (APG-UFSC) à qual todos os pós-graduandos são automaticamente associados no momento que entram na pós-graduação da Universidade federal de Santa Catarina.

Cabe salientar que somente fortalecendo o movimento dos Pós-Graduandos poderemos arrancar concessões institucionais.

Venha Para os Fóruns Participativos!!!

Dia 16 de outubro ás 19 Horas na Sede da APG na Biblioteca Universitária.

Venha debater Democracia e Eleições para Direções de Centro na UFSC!

07/10/2012 20:35

Você sabia que estamos no momento de escolha dos novos Diretores de Centro? Nesse processo, quanto vale o seu voto? Você está satisfeito com os debates politicos dos candidatos?

Não só a UFSC, mas todas as Universidades Públicas estão sob influência de uma visão de educação bastante anti-democrática. Uma das influências dessa visão se dá no âmbito dos processos eleitorais e na organização dos órgãos deliberativos das universidades. A participação dos discentes e técnico-administrativos é, em geral, bastante reduzida.

Em vários centros da universidade o peso do voto estudantil é de 10 a 15%, o que faz com o voto de um professor possa valer até 140 vezes o voto do estudante. É o caso do CTC, onde a proporção do voto para professores, técnicos e estudantes é de 70, 20 e 10%, respectivamente. Já em outros centros e nas eleições para reitor, o voto é paritário, ou seja, cada categoria detém 1/3 do peso sobre a decisão final. O CFH é o único centro da universidade que pratica o voto universal, o que significa que cada indivíduo possui o mesmo peso no voto, independente da categoria que compõe.

Nos colegiados (conselhos de departamento, de unidade e universitário) os estudantes e técnicos juntos ocupam menos de 20% da representação total, o que dificulta que mudanças significativas na macro e microestrutura possam ser realizadas por estas categorias.

Os cargos dirigentes, como reitor e diretor de centro, são normalmente vistos somente como burocráticos e não como cargos políticos, o que na prática faz com que o debate de ideias fique em segundo plano. Soma-se a isto que o processo de escolha de diretores de centro é em muitos casos nebuloso, acontecendo às escuras e às pressas, como na recente eleição para diretor de centro do CFM, que ocorreu rapidamente e com pouca divulgação.

Se é nosso interesse debater os rumos da UFSC, debater ensino, pesquisa e extensão, debater a produção de conhecimento, é então nosso dever participar e intervir nas eleições de Direção de Centro e exigir democracia e transparência!

Quando? Dia 8 de outubro às 18:30

Onde? No auditorio da Biblioteca Universitária

Quem? Discentes, Docentes e Técnicos-Administrativos

Assinam:

MUP – Movimento por uma Universidade Popular

ANDES – Seção Sindical

DCE Luiz Travassos

APG- Associação dos Pós-Graduandos da UFSC