28 de Março: Dia Nacional de Luta Pelo Reajuste de Bolsas de Pós-Graduação!

28/03/2019 13:49

Em 2019 as bolsas de pós-graduação e pesquisa não foram reajustadas pelo sexto ano consecutivo. Esse é em parte mais um desdobramento da EC-95, que a população brasileira amarga desde 2017. A EC-95 dificulta não só o reajuste das bolsas, mas investimentos em diversos outros setores essenciais para o bem estar da sociedade.

As bolsas de pós-graduação e pesquisa valem hoje 37,17% menos do valiam em 2013. Na prática, os bolsistas vêm recebendo cada vez menos por seu trabalho. Se reajustadas por essa inflação, as bolsas de mestrado hoje valeriam R$ 2063,55. As de doutorado, R$ 3026,76.

A Associação Nacional de Pós-Graduandos (ANPG) fez um estudo sobre a situação (link abaixo). O dia 28 de Março foi proposto como dia nacional de pressão pelo reajuste das bolsas de pós-graduação e pesquisa.

A luta pelo reajuste precisa abranger as mais variadas frentes possíveis: o diálogo no dia a dia da convivência universitária, a mobilização estudantil, a divulgação virtual e a pressão sobre o poder público.

A APG-UFSC convoca os/as pós-graduandos/as a se mobilizarem nesse dia. Converse com seus colegas de laboratório e seus orientadores para que todos estejam cientes da situação. Compareça à sede da APG, aberta todos os dias entre 12-13h e entre 17-18h, para tomar um café, dialogar sobre essa questão e planejar formas de articulação. Compartilhe essa postagem e apoie a Sugestão de Lei 34/2018, que trata do reajuste retroativo e anual das bolsas de pós-graduação (Link abaixo).

Não se deixe enganar pelas mentiras de um governo que corta dinheiro do que é essencial ao mesmo tempo que perdoa dívidas bilionárias de bancos e grandes empresas. Esse reajuste não pode mais ser adiado! Pela revogação imediata da EC-95 e reajuste retroativo e anual das bolsas de pós-graduação e pesquisa!

Cartilha da ANPG sobre aumento das bolsas.

Sugestão de Lei 34/2018

Especializações pagas: por que ser CONTRA!

27/03/2019 18:08

Em fevereiro, a Associação de Pós-graduandos da UFSC (APG-UFSC) alertou para a tentativa de aprovação de um curso de especialização (pós-graduação lato sensu) pago por alunos/as na Câmara de Pós-graduação (CPG). O curso “Inovação e empreendedorismo”, que pretendia cobrar uma mensalidade de R$ 530,00, foi então retirado de pauta. Nesta quinta-feira, dia 14/03, o assunto voltará em outro formato: a administração da UFSC tenta, em reunião extraordinária da CPG, aprovar uma regulamentação geral que permite cursos de especialização pagos.

A proposta, trazida pela PROPG, surpreende pelo fato de o reitor, Ubaldo Balthazar, ter assinado no dia 10 de agosto de 2018 a carta do movimento estudantil em que se posicionava em defesa da gratuidade da educação superior pública, inclusive contra a cobrança na pós-graduação lato sensu.

Por que esta é uma péssima ideia?

  • A gratuidade é importantíssima para que a universidade pública possa servir à coletividade, pois promove a democracia e a justiça social no país ao diminuir uma das barreiras de acesso da classe trabalhadora ao ensino superior. Sendo assim, é preciso se colocar contra qualquer iniciativa que afronte a gratuidade do ensino e seu caráter público!
  • Se os cursos de especialização são de qualidade e é de interesse público que sejam ofertados, não devemos restringi-los somente a quem pode pagar!
  • A mensalidade na universidade também ofende o caráter público dessa instituição, pois compromete a ciência voltada para os interesses do povo ao fazer com que esta responda somente aos daqueles que podem pagar.

É o financiamento público da universidade que garante aos/às pesquisadores/as, professores/as e estudantes os recursos e a liberdade necessários para discutir e se comprometer com a transformação da realidade social brasileira. Só assim a universidade pública pode formar profissionais críticos em relação às desigualdades, que possam contribuir de fato para o desenvolvimento nacional, e não apenas de algumas parcelas mais abastadas que já detêm capital econômico, social e cultural suficientes para perpetuar seus privilégios em detrimento da maioria da população.

Nos últimos anos vemos um crescente desmonte da universidade pública: o abandono de sua função social, o financiamento de universidades privadas mediante endividamento estudantil junto aos bancos, os decrescentes investimentos em acesso e permanência. A EC 95/2016, que congela investimentos em saúde e educação por vinte anos, agrava a situação. Com desindustrialização acelerada, ataques a direitos trabalhistas e o aumento de subempregos, a luta por mais investimentos públicos no ensino superior é parte da solução – se a resposta aos nossos problemas for buscar financiamento no “mercado” ou jogá-lo nas costas dos/as estudantes, apenas alguns vão financiar a formação e o emprego de uma minoria, que responderá às demandas dos financiadores, sem questionar o papel da universidade e a possibilidade de respostas às demandas sociais a partir dela. Não é essa a universidade que queremos!

Perguntas e respostas

  • O STF já não julgou que as especializações podem ser pagas?
    • Sim. Porém, em primeiro lugar, o STF determinou que as universidades podem cobrar, não que devem fazê-lo. Em segundo lugar, embora seja inútil discutir questões legais com o STF, discordamos (junto a um dos ministros, Marco Aurélio; leia seu voto aqui) da lógica por trás da decisão. De qualquer modo, a questão não é legal, porém política: a UFSC não deve cobrar por cursos, como é de sua alçada decidir. Por fim, lembramos que os interesses e posições de juízes/as, do STF ou de outras instâncias não necessariamente representam os interesses dos/as estudantes, dos/as pesquisadores/as, da sociedade brasileira e especialmente da classe trabalhadora.
  • A lato sensu na verdade trata-se de extensão. Não serão cursos oferecidos de forma regular.
    • Se a lato sensu é a “salvação” do financiamento da universidade, é bastante óbvio que os departamentos (os que puderem) serão obrigados a oferecer cada vez mais cursos para financiar suas atividades. Cursos que ocorrem todos os anos, ou talvez todos os semestres, não são “regulares”, e por isso é correto cobrar mensalidades? Que lógica é essa?
    • Além disso, se os cursos lato sensu fossem de fato “extensão”, deveriam estar sendo discutidos na Câmara de Extensão, e não na de Pós-Graduação. Mas é um curso de pós-graduação: é um curso longo, para graduados, em que há disciplinas e inclusive um trabalho de conclusão avaliado em banca. Trata-se de pós-graduação e a confusão terminológica com “extensão” faz parecer este ataque à universidade pública e gratuita menos sério do que ele é.
  • Estão dizendo que isso é o começo da privatização da universidade. Isso não é um exagero?
    • É verdade que essa cobrança seria somente para cursos de especialização (lato sensu). No entanto, nenhum plano de privatização da universidade começaria por cobrar mensalidade de todos/as, em todas as esferas, de um semestre para outro; começaria por onde parece mais “razoável”, por onde a lei hoje permite, por onde menos pessoas veriam problemas. Isso ficou bastante claro no julgamento do STF: os ministros estão ansiosos para que a universidade possa cobrar de seus alunos. “Essa possibilidade que Vossa Excelência, generosamente, abriu, depois de abrir a primeira porta, que era a mais importante“, diz Luiz Fux, enquanto Fachin completa: “creio que migrar para a pós stricto sensu, mestrado e doutorado, por exemplo [é uma porta que] poderá ser, digamos assim, aberta, com debate aprofundado ou não, aberto ou não, num momento que […] venha se colocar no futuro”. Luiz Fux ousa ainda mais: “a própria Constituição, quando ela quer se referir a ensino, ela fala ‘ensino gratuito de crianças de 2 a 17 anos'” (leia o contraponto de Marco Aurélio Mello aqui).
    • Não podemos deixar essa “primeira porta” ser aberta!
    • Não é preciso literalmente vender a propriedade da universidade para privatizá-la. O modo mais eficiente de fazê-lo é justamente assim: mantendo a “posse” pública, mas esvaziando seu caráter público; ocupando seus espaços com quem pode pagar, dirigindo seus esforços para a benesse de quem pode lucrar. Como coloca o ministro do STF Marco Aurélio Mello, a universidade se tornará “híbrida”: “pública, quanto à graduação, e privada, cobrando-se mensalidades daqueles que pretendam lograr o ingresso”. Nesse sentido, isto não é “o começo” da privatização; esta é uma forma de privatização.
  • Não é errado que cursos de especialização, que vão fazer com que seus/uas egressos/as ganhem mais dinheiro no mercado, sejam pagos com dinheiro público?
    • Esse é um dos argumentos mais perniciosos! Se seguirmos esta lógica, novamente, toda a universidade deveria ser financiada por estudantes – inclusive de graduação, pois, segundo dados do IBGE, quem possui diploma de ensino superior ganha em média 3 vezes mais que os que não o possuem. A UFSC forma todos os anos, sem cobrar mensalidades, muitos médicos, bacharéis em direito, publicitários, engenheiros, administradores – para citar algumas profissões que muitos julgam ser imensamente rentáveis a longo prazo.
    • Mais que isso! A ideia de que “quem pode pagar deve pagar” garante que quem possa pagar entre na universidade. Alunos ingressantes por meio de ações afirmativas, por exemplo, estarão entre os mais prejudicados por essa medida.
    • Ver essa questão toda pela lógica do ganho individual é encarar a questão de ponta-cabeça: a universidade oferece cursos que entende serem valiosos para a sociedade; promovendo a formação de pessoas se entender que, de forma agregada, formá-las é o que a sociedade necessita. E, nesse caso, é preciso que todos/as tenham oportunidade de receber essa formação de excelência, especialmente pessoas da classe trabalhadora que não poderiam buscá-la com recursos próprios em universidades privadas. Universidade pública e gratuita não é caridade, e não é algo do qual as pessoas “se aproveitam” para fins pessoais; é uma política pública de investimento no futuro do país, que está relacionado também ao acesso da classe trabalhadora nesse espaço.
  • Se a UFSC não oferecer esses cursos, eles serão feitos em faculdades privadas que não têm a mesma preocupação com a realidade brasileira – ou a mesma qualidade!
    • Defendemos a autonomia da UFSC para oferecer todo curso que possua relevância social, acadêmica, e rigor técnico-científico – mas somente com total gratuidade. Além disso, não podemos nos responsabilizar pela má qualidade de quaisquer outros cursos fora da universidade – ainda que ofereçamos estas especializações, não haverá vagas para todos/as os/as interessados/as, e muitas pessoas ainda farão estes cursos em faculdades privadas.
  • Mas se não for para fazer esses cursos com mensalidades dos/as estudantes, os departamentos não vão querer fazê-los, pois não há hoje recursos para isso!
    • Os recursos das universidades são limitados e é preciso fazer escolhas políticas quanto ao que fazer com eles – e se há algo que a universidade considera importante fazer, mas não tem recursos para isso, deve iniciar um diálogo com a comunidade acadêmica e com o governo federal para viabilizá-los. Se não podemos oferecer estes cursos, então não podemos; para viabilizá-los, que se contratem mais professores/as para os departamentos, por exemplo.
  • Mas os professores da UFSC vão querer dar esses cursos nas faculdades privadas!
    • Professores da UFSC possuem um salário digno para cumprir suas funções dentro da universidade. Se for compreendido que é importante que a UFSC ofereça cursos de pós-graduação lato sensu, que isso seja feito com os recursos (materiais e humanos) que temos hoje de forma compatível com a universidade pública e gratuita.
  • Mas não vai ser melhor trazer mais recursos para a universidade em geral?
    • Nem todo recurso a mais é bom; depende das consequências, nem sempre óbvias e diretas, de obtê-lo. Um/a geógrafo/a conseguiria, há alguns meses, fazer uma pesquisa denunciando a segurança de barragens como a de Brumadinho em uma instituição que dependesse do dinheiro da Vale? Pouco provável. Em outras palavras, é preciso sempre entender quais as consequências de diferentes fontes de financiamento. Neste caso, entre muitos outros problemas, a principal consequência de obter dinheiro fora dos investimentos governamentais é diminuir a pressão sobre o governo, que poderá então investir ainda menos com a justificativa de que há agora outras fontes de recursos – que ele pressionaria para que fossem expandidas, uma vez aprovadas. Os ministros do STF literalmente lamentam que o dinheiro que hoje não entra via cobrança de mensalidades poderia liberar “o Poder Público de dar mais orçamento para as universidades”. Quanto mais nos afastamos de um modelo de financiamento público da pesquisa, mais difícil é nos livrar de uma lógica privatista.
    • Além disso, não há nenhuma previsão de que o dinheiro a ser obtido ajude a financiar, por exemplo, bolsas de stricto sensu ou melhorias para a permanência estudantil. De fato, para manter os preços competitivos, haverá um estímulo a oferecer cursos que paguem somente as taxas da UFSC (água, energia, etc), os professores e o material necessário (laboratorial, por exemplo). E quanto a isso, os professores da UFSC (sua atenção, seu horário) serão cada vez mais desviados para isso, sem falar do próprio espaço físico da UFSC, hoje em muitos casos já escasso para as disciplinas ofertadas atualmente.
  • Ideologias à parte, não há outra forma de trazer dinheiro para a universidade.
    • Uma vez que você cede a uma chantagem, não há limites para aquilo que o chantagista pode conseguir. Trata-se aqui menos de ideologia e mais de *coragem* para defender os princípios da universidade pública e gratuita. Se o governo resolve sufocar a universidade com menos recursos, podemos ceder até que ele volte a nos sufocar, exigindo desta vez mais uma concessão (cobrar da pós-graduação stricto sensu, cobrar da graduação, vender a universidade) – ou podemos lutar contra o que é inaceitável.
    • A luta política por mais recursos vai muito além desta decisão, e exige de todas e todos nós mais dedicação: a saída é *sermos nós* a dizer para o governo que não há outra saída a não ser investir mais na ciência e na educação no Brasil.

O que fazer AGORA?

  • Assine o abaixo-assinado da APG-UFSC contra a cobrança de mensalidades na pós-graduação lato sensu! Estamos coletando assinaturas todos os dias, especialmente durante os horários de abertura da nossa sede (das 12 às 13h de segunda a sexta; das 17:30 às 18:30 de segunda a quinta);
  • Mostre este texto para todos/as que você conhece; converse sobre a situação e busque mais informações;
  • Junte-se a movimentos no seu campo de atuação – estudantil, na graduação, na pós-graduação, em movimentos sociais, sindicatos, etc. – para aumentar a difusão do que está acontecendo, produzindo posicionamentos e mobilizando ações;
  • Siga o site oficial (apg.ufsc.br) e as redes sociais da APG-UFSC para acompanhar o que está acontecendo e somar às nossas ações – estamos ativos no Facebook (facebook.com/apgufsc) e no Instagram (instagram.com/apgufsc)
  • Acima de tudo, por todos os canais possíveis, é preciso mandar um único recado à administração central da UFSC: NÃO HAVERÁ PÓS-GRADUAÇÃO PAGA NA UFSC! Universidade pública, gratuita e de qualidade para todas e todos!
Tags: Originalmente publicado em 12/03/2019

Publicada a quarta edição do Notícias da educação na UFSC e no Brasil!

26/03/2019 11:00

A APG-UFSC, gestão “Pra não lutar só”, elegeu como uma de suas prioridades desse ano os debates e as lutas do campo da educação. Por isso, queremos ampliar o quanto possível o conhecimento das/os pós-graduandas/os acerca do que está ocorrendo nos níveis local, estadual e federal – coisas que nos atingem diretamente, por estarmos na pós-graduação, ou indiretamente, por querermos uma educação de qualidade e que tome por referência os interesses da classe trabalhadora!

Nesta quarta edição, leia sobre como participar dos preparativos para o III Encontro Nacional de Educação, o ataque à universidade pública através da pós-graduação lato sensu paga, e mais! Clique aqui para ler o boletim informativo.

APG-UFRJ: O Travesseiro da NASA e os banqueiros da Previdência

22/03/2019 11:55

Na próxima sexta feira, dia 22 de março, dois eventos importantes demandarão a mobilização e a luta dos estudantes e de toda classe trabalhadora: a visita do Ministro de Ciência,Tecnologia e Comunicações, Marcos Pontes, ao Campus do Fundão-UFRJ e o Ato contra o Projeto de Reforma da Previdência, na Candelária-Centro do Rio.

Alinhado diretamente ao projeto neoliberal e conservador do ministro da Economia Paulo Guedes, o ministro Marcos Pontes é o exemplo da contradição em pessoa. A despeito de ter conseguido alcançar o auge da sua formação baseada em instituições militares, mantidas com dinheiro público, vem defendendo agressivamente a espoliação da universidade pública pela iniciativa privada. Ou seja, aquilo que ele usufruiu não pretende promover para os outros. Porém, parece que seus interesses em misturar o público com o privado não é novidade, vide o fato de ter infringido o artigo 204 do Código Militar, que proíbe a militares da ativa qualquer atividade comercial, onde o mesmo para vender artigos, como os famosos Travesseiros da Nasa ocultou que era dono de 80% da empresa Portally Eventos e Produções, registrada em nome de uma assessora sua. Os desdobramentos de sua perspectiva política tem ocasionado o aprofundamento do abismo que separa a produção científica nacional das demandas das classes populares. Neste caminho a universidade pública, esta indo direto para o espaço sideral!

Infelizmente, os ataques do governo vigente, promovendo a deterioração e fim de direitos constitucionais, como a educação pública, não se restringem as propostas do ministro Marcos Pontes. Com toda certeza, a proposta de Reforma da Previdência que já começa a andar no Congresso será um dos maiores ataques que todo o conjunto da população brasileiro sofrerá em breve. A proposta do governo, dentre outras coisas, aumenta o tempo de serviço e de contribuição para que possamos nos aposentar. As mulheres, por exemplo, para se aposentarem precisarão possuir no mínimo 62 anos de idade, enquanto os homens deverão ter pelo menos 65. Os ataques previstos nesta proposta são duríssimos aos trabalhadorxs, afetando com mais intensidade xs mais vulneráveis, mulheres (do meio rural, mais ainda) e jovens, que os autos índices de desemprego e discriminação, provavelmente nunca se aposentaram! Como se não fosse mais absurda, a proposta prevê um regime de capitalização, que indica os mais pobre a colocarem seu dinheiro em poupanças de bancos privados. Em outras palavras, mais dinheiro para especulação financeira de banqueiros usarem em troca do suor dxs trabalhadorxs.

Vale ressaltar que é vergonhoso o papel das centrais sindicais, sobretudo as maiores, como CUT e CTB, que praticamente não moveram uma palha para mobilização do ato dia 22. Quais seus interesses? Estão negociando com este governo? Estas respostas não sabemos, mas sabemos que frente a este imenso ataque, a saída que apontamos é a mobilização e luta dos de baixo, de todxs estudantes e trabalhadorxs. Esteja em local de estudo ou em seu lugar de trabalho, a unidade nesta luta é necessária para barrar este projeto de escravidão moderna!

Em ato e audiência com reitor, Quilombo Vidal Martins exige laudo antropológico da UFSC

21/03/2019 20:15

Ontem, 20/03, no ato realizado na reitoria da UFSC em apoio à luta do Quilombo Vidal Martins que busca a homologação de seu território, compareceram diversas pessoas entre quilombolas e apoiadoras.

O reitor Ubaldo e o pró-reitor Áureo receberam as manifestantes e, infelizmente, afirmaram desconhecer completamente a demanda da comunidade quilombola, que vinha pedir a conclusão do laudo antropológico produzido por uma antropóloga, um geógrafo e um historiador da UFSC.

Aparentemente, o reitor desconhecia inclusive a existência do quilombo e do laudo inconcluso pela universidade. No entanto, ele assinou uma intimação da juíza Micheli Polippo relativa ao laudo, datada de agosto de 2018.

Ele prometeu que um representante da administração central da UFSC vai se reunir nessa sexta, 22/03, com representantes do Quilombo Vidal Martins e as pessoas responsáveis pelo laudo.

Lembramos também que segunda-feira, 25/03, às 14h na Justiça Federal vai acontecer uma audiência. Vamos comparecer e continuar apoiando a luta do Quilombo Vidal Martins em sua resistência.

Conversa com vice-reitora sobre o documento de recomendações do I Fórum de Saúde Mental da Comunidade UFSC

21/03/2019 00:33

Na manhã do dia 19 de março de 2019, uma comissão com estudantes da pós-graduação, graduação e docentes reuniu-se com a vice-reitora Alacoque Erdmann para apresentar as recomendações do I Fórum de Saúde Mental da Comunidade UFSC (FSMUFSC).

O I FSMUFSC foi um evento pioneiro no contexto universitário atual. Contou com apresentações culturais, grupos de trabalhos e mesas de discussão sobre a temática entre os dias 3 e 5 de outubro de 2018 no auditório do Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFH) da UFSC. Ele foi construído horizontalmente ao longo de 5 meses, com reuniões semanais abertas aos interessados em colaborar com o evento. No documento apresentado à vice-reitora, foram sintetizadas as propostas discutidas ao longo do evento e aprovadas em assembléia, resumindo também os principais pontos das discussões que lhes deram origem, procurando abranger e representar a diversidade de perspectivas e pensamentos, necessidades e demandas.

A vice-reitora acolheu bem as demandas, apontando os pontos em que a reitoria já está fazendo progressos e aqueles em que há ainda o que ser feito, sugerindo de que forma os objetivos poderiam ser alcançados. Durante a conversa foi ressaltada diversas vezes a importância do protagonismo autônomo das categorias e a necessidade de valorizar e fortalecer as iniciativas descentralizadas que já existem, apontando de que forma algumas medidas institucionais poderiam colaborar para incentivá-las e cultivá-las.

No entanto, em alguns casos o papel da reitoria é fundamental. Um exemplo bastante evidente é o da reforma do Centro de Convivência. Segundo a vice-reitora, a UFSC receberá este ano cerca de 4 milhões de reais para obras de manutenção. Embora saibamos da urgência da reforma de determinados espaços – durante as férias, compartilhamos os problemas que o CFM vem há muito enfrentando, pondo vidas em risco – as obras que o Centro necessita não custariam muito e o deixariam em condições de ser muito melhor aproveitado, para grande benefício de toda a comunidade universitária do Campus Trindade. Não obstante, há também muito mais a fazer quanto à questão da disponibilização de espaços; entendemos que é importante que cada centro (e também cada campus) tenha espaços e pessoas dedicadas à promoção da saúde mental.

De qualquer modo, estamos atentas e atentos a todas as iniciativas que possam melhorar a situação das/os pós-graduandas/os, que segundo estudos estão seis vezes mais propensos a ter depressão e crises de ansiedade que a população em geral – e esta é apenas a ponta do iceberg dos nossos problemas, que, psicológicos, são também políticos. Confira no link abaixo as recomendações do Fórum e venha construir com a APG formas de efetivarmos estas demandas e lutarmos por melhores condições de educação e pesquisa!

Leia aqui o documento com as recomendações do I FSMUFSC.

Lançada versão atualizada do Manual do(a) Pós-graduando(a)!

20/03/2019 12:00

A Associação de Pós-graduandos da UFSC (APG-UFSC), entidade que representa os/as estudantes inscritos nos programas de especialização, mestrado e doutorado da UFSC, tem o prazer de apresentar o Manual do(a) Pós-graduando(a)!

Lançamos este material na gestão “Quem Tem Coragem” (2017-2018), e percebemos uma excelente receptividade. Por esse motivo, na gestão “Pra não lutar só”, apresentamos uma versão revisada e atualizada, com o intuito de auxiliar com a chegada e a permanência na universidade. Uma das novidades é a seção de Dúvidas Frequentes, tais como “Devo solicitar a renovação da minha bolsa periodicamente?” ou “Posso interromper temporariamente meu curso?”, também disponível no nosso site oficial.

Clique aqui para baixar o manual em PDF.

Confira a seção de dúvidas frequentes.

Ato às 17 horas do dia 20 de março em apoio à causa quilombola na UFSC

18/03/2019 12:00

A comunidade do Quilombo Vidal Martins faz um chamado urgente urgentíssimo para o Ato em apoio à causa quilombola e à luta pela finalização do laudo antropológico pela Universidade de Santa Catarina.

O laudo garante o início da demarcação e mapeamento do território quilombola do Rio Vermelho no Plano Diretor da cidade de Florianópolis. Sem o laudo a comunidade também fica fora do plano de manejo do Parque Ambiental do Rio Vermelho.

Convocamos ativistas engajadas a estarem presentes conosco nesse ato manifesto na próxima quarta-feira, 20 de março (20/03) às 17:00 em frente à Reitoria da UFSC.

Estamos produzindo cartazes e faixas para essa manifestação. O Quilombo Vidal Martins resiste e luta. Vem com a gente somar nessa frente em defesa do direito ao reconhecimento do território originário quilombola.

Terça-feira 19/03 às 10h: Entrega das recomendações do I Fórum de Saúde Mental da Comunidade UFSC

14/03/2019 15:00

No ano passado a APG-UFSC participou da construção do I Fórum de Saúde Mental da Comunidade UFSC. Dando seguimento a esse importante evento, nesta terça-feira dia 19/03, às 10 horas da manhã, no gabinete da reitoria, a vice-reitora Alacoque Erdmann nos receberá para receber oficialmente o documento de recomendações que foi produzido a partir das discussões do evento. O documento pleiteia a implementação de várias medidas e políticas universitárias, dentre as quais destacamos:

* A restauração e manutenção do Centro de Convivência da UFSC como um espaço de encontro e convívio
* Voltar a avaliar a performance de pós-graduandos em disciplinas com conceitos em vez de notas numéricas
* Regulamentar a validação da prática de esportes, de atividades físicas, de atividades artísticas e de participação estudantil como créditos na pós-graduação

Convidamos a todos/as os/as participantes da comunidade universitária, especialmente os/as pós-graduandos/as, a participar deste momento!

Leia o documento na íntegra!

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