Novembro, mês da consciência negra!

27/11/2018 04:01
 

O dia 20 de Novembro é celebrado como dia da consciência negra por ser a data atribuída à morte de Zumbi dos Palmares, importante representante da resistência negra do Brasil Colonial até hoje. Em 2003 a Lei nº 10.639/03 incluiu no currículo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-Brasileira e Africana”. O que nos lembra que esse dia não é realmente uma celebração, e sim um dia de memória, de luta e resistência negra contra o racismo estrutural e institucional presente em nosso país.

O mês de novembro é marcado por diversas atividades com o intuito de resgatar toda a luta e resistência histórica de pessoas africanas que foram escravizadas em nosso país, para nos lembrar que a história de seus povos não começa com a violência da escravidão. É um momento para discutir a justiça racial como promotora de igualdade frente à exclusão que sofrem negros e negras.

Vivemos em um Brasil cuja maioria da população, 51% de acordo com o IBGE em 2010, cerca de 100 milhões de pessoas, é negra. Em termos absolutos é a maior população negra considerando todos os países das Américas, e a segunda maior do mundo, ficando atrás apenas da Nigéria. Esse contingente populacional não surge por acaso, mas atesta a realidade triste e vergonhosa do tráfico humano que se deu a partir do século XVI, tendo o Brasil sido destino de 40% das vítimas.

Um Brasil em que 64% da população carcerária é negra; em que 71,5% das pessoas assassinadas em 2016 eram pretas ou pardas, taxa duas vezes e meia maior à de pessoas não negras; em que menos de 20% de professoras e professores universitários são negros. Alguns dos dados que escancaram um país extremamente desigual.

Um Brasil cuja abolição formal da escravidão completa 130 anos e que ainda assim apresenta a realidade que acabamos de indicar. Resultado de mais de um século de atraso; do abandono, pelo Estado e pela sociedade, de pessoas negras libertas ao que a sorte poderia lhes reservar, que não remonta simplesmente ao período posterior à abolição, mas que deve ser lido em conjunto com os mais de trezentos anos de escravidão com os quais convivemos. Herança de um racismo implantado na sociedade, em seu cotidiano, em suas estruturas, perversamente disfarçado por máscaras ideológicas, tais como a democracia racial e a meritocracia.

Quanta luta pela frente!

Diante de uma realidade de políticas públicas reparatórias, nos últimos vinte anos, que sequer tangenciaram as questões estruturais que originam esses problemas e os ataques de amplos setores retrógrados da sociedade, chega, mais uma vez e a cada dia, o momento de defender o pouco que há e de lutar por justiça.

No âmbito da pós-graduação, é preciso reconhecer (e combater) as formas como o racismo estrutural da sociedade faz com que a realidade dos problemas de saúde mental e do assédio moral nas relações acadêmicas incida com mais força sobre as pós-graduandas negras e os pós-graduandos negros. Além disso, é urgente expandir e fortalecer os programas de ações afirmativas raciais, não só para acesso como também para permanência!

No plano político, isso significa resistir e se opor a um governo conservador que fortalece a estrutura racista e de desigualdade social brasileira. A união dos movimentos sociais no combate às desigualdades vencerá a promessa de violência institucionalizada das elites eleitas: é preciso mais do que nunca fortalecer essa união e essas lutas!

A APG, na gestão “Pra não lutar só”, citando Angela Davis, defende que “em um país racista, não basta não ser racista, devemos ser antirracistas”, e por isso levantamos nossas vozes nesse mês que marca um momento de reflexão, de memória e de luta por justiça.

26 de novembro de 2018,
APG – UFSC Gestão “Pra não lutar só”

O que enfrentaremos nas políticas educacionais a partir de 2019?

23/11/2018 10:18

Dia 5 de dezembro de 2018 é Dia Nacional de de Lutas em Defesa da Educação!

Convidamos todas e todos a participarem nesse dia da mesa “O que enfrentaremos nas políticas educacionais a partir de 2019?”, às 19h00 no Auditório Tito Sena (UDESC – Florianópolis).

“Finalizando as atividades do Dia Nacional de Lutas em Defesa da Educação, a Coordenação Estadual em Defesa da Educação Pública (COEEDEP) organizará uma mesa de debate com os professores Mauro Iasi (UFRJ) e João Zanardini (UNIOESTE) para discutir a conjuntura das políticas educacionais frente as perspectivas decorrentes da mudança de governo nas esferas estaduais e nacional, bem como o conjunto de ataques sofridos e anunciados para os setores da educação no próximo período.”

Veja o evento no Facebook.

Reunião ampliada – 20/11 às 18h

19/11/2018 10:16

A APG-UFSC, em sua nova gestão “‘Pra não lutar só” (2018-2019), convida todos/as os/as estudantes de pós-graduação para sua primeira reunião ampliada. Será nesta terça-feira, 20/11, às 18h00, na sede da entidade (térreo do Centro de Convivência, ao lado dos Correios).

Compareçam, participem, divulguem! Estaremos sempre de portas abertas para todas e todos que desejarem construir com a gente.

Pra combater os retrocessos, pra construir nosso projeto de sociedade, pra buscar horizontes comuns, precisamos nos unir. E pra não lutar só, convidamos todas e todos a se juntarem a nós!

Carta Aberta da Associação de Pós Graduandos da Universidade Federal de Santa Catarina

17/11/2018 10:00

Aproveitando o momento de discussão em nossa universidade, por conta da consulta à comunidade para escolha do reitor, a Associação de Pós Graduandos, entidade representativa legítima do coletivo de pós-graduandos da Universidade Federal de Santa Catarina, vem, por meio desse documento, manifestar-se. Trata-se de um momento importante, no qual a comunidade universitária irá dizer qual o programa melhor conduzirá os rumos da universidade.

Consideramos que a escolha do dirigente é uma decisão política, que deve ser baseada na melhor proposta para a universidade e que é também uma decisão bastante individual, o que nos faz optar por não analisar esta ou aquela candidatura e sim apresentar algumas questões que são caras aos estudantes de Pós-Graduação. Acreditamos que como entidade representativa é o que nos cabe.

A carta, construída com base em três pontos, foi elaborada a partir das deliberações de assembleia geral e busca, em essência, a promoção de condições para que o pós-graduando desenvolva seus estudos com dignidade.

Temos a clareza de que a discussão sobre a pós-graduação é vasta e há, certamente, muito sobre o que discutir. Modelo, avaliação de programas, agências de fomento, políticas de ciência e tecnologia, dentre outros. Todavia, apresentamos o que concretamente, em nossa opinião poderia ser dirimido a princípio por uma boa gestão em nossa universidade.

Esperamos que nossas pautas sejam acolhidas pela comunidade universitária, e, mais que isto, incorporadas a próxima gestão independentemente de quem a conduza.

Bolsas de pesquisa

Desde muito que o governo incentiva a pesquisa por meio de bolsas de estudos, já que é a melhor maneira de fazer com que o aluno dedique a maior parte do seu tempo para suas pesquisas.

Sabe-se que a produção científica é de fundamental importância para a Universidade, uma vez que é um dos principais critérios de avaliação dos órgãos de fomento. Porém, para que a produção científica seja alta e, mais do que isso, de qualidade, os alunos de pós-graduação precisam ter condições para viver de forma plena e realizar seus estudos, bem como produzir e participar de atividades de socialização de sua comunidade científica.

Para que todas estas atividades sejam exequíveis é necessário que se proceda o reajuste dos valores das bolsas de pós-graduação (mestrado e doutorado), tendo em vista o não-reajuste das bolsas há mais de três anos. Com o valor que está posto atualmente, as bolsas de pesquisa mal possibilitam ao pós-graduando viver com dignidade.  Não se pode fechar os olhos e acreditar que a bolsa de pós graduação é destinada apenas a fins acadêmicos, tratá-la desta forma conduziria a uma elitização da universidade e da pós graduação, visto que apenas os que possuíssem condições para custear-se poderiam ingressar na pós.

Uma vez que bom número de dirigentes de nossa universidade ocupam posições de destaque e intervenção junto aos órgãos de fomento, solicitamos que a Universidade interceda pelos alunos junto ao CNPQ e CAPES com vistas a acelerar o processo de reajuste do valor das bolsas segundo as metas estabelecidas pelo PNPG (Plano Nacional de Pós-Graduação) 2005-2010 que prometia 50% (cinquenta por cento) de aumento além da inflação do período. A questão deve ser tratada como prioridade política por nossos dirigentes.

Outra questão que destacamos é a necessidade de uma isonomia na política de bolsas. Como é sabido existe diferença de condição e por vezes tratamento diferenciado em relação aos alunos que recebem bolsas CAPES, CAPES/REUNI e CNPq. A bolsa do CNPq dá direito à taxa de bancada, o que não é facultado às demais, sendo considerada a melhor assim como a mais brindada, uma espécie de coroação ao aluno que a detém.

Segundo a portaria conjunta CAPES/CNPq n. 1 de 15 de julho de 2010 é permitido aos alunos bolsistas CAPES e CNPq acumular outras fontes financeiras, desde que se dediquem às atividades relacionadas às suas áreas o que não é permitido aos que possuem bolsa CAPES REUNI, o que trouxe ao aluno de pós-graduação da UFSC um sentimento de repúdio à Bolsa Reuni, já que é considerada “a pior de todas”. Tal diferença no modo de conceber as bolsas precisa ser repensada de modo que exista, independente da origem da bolsa, condições mais igualitárias entre os bolsistas.

Políticas de permanência: RU, BU, HU, Casa do Estudante, SACS, SAPSI

Os estudantes de pós-graduação da UFSC, assim como estudantes de graduação, necessitam de políticas de permanência para se manterem com qualidade cursando o mestrado e o doutorado. É de nosso conhecimento que muitos estudantes não possuem bolsa para estudar e além de produzir conhecimento, precisam trabalhar para se sustentar. É lícito registrar que há sobejamento da especulação imobiliária em nossa cidade, e nós todos sofremos o reflexo dessa exploração. Há que se registrar, também, que não somos contemplados com o reajuste de bolsas a três anos, enquanto a inflação é uma das maiores do país. Nesse sentido, chamamos a atenção dos gestores de nossa universidade para o que pode ser feito no intuito de melhorar as nossas condições de permanência, especificamente com relação ao Restaurante Universitário, à Biblioteca Universitária, ao Hospital Universitário e mais sensivelmente à Casa do estudante.

Quanto ao RU, temos sido atingidos por filas gigantescas o que prejudica a rotina de todos os freqüentadores do restaurante. Gostaríamos de pontuar algumas questões que vemos como prementes para a melhoria do serviço do RU. Existem universidades, como a Universidade Federal de Santa Maria que possuem, além de refeições de almoço e janta, a primeira refeição do dia: o café da manhã. O estudante de pós-graduação geralmente vinculado a laboratórios de pesquisa se sente prejudicado pelo fechamento do RU nas férias de verão, pois muitos estudantes utilizam os serviços da universidade para se manterem em dias não-letivos produzindo a sua pesquisa. Outra questão que necessita de debate urgente na UFSC é a instauração do cardápio vegetariano no RU. Na UNB, já existe essa opção que oferece aos estudantes soja entre outros alimentos que contemplem esse tipo de alimentação.

Com relação à BU, pedimos aos nossos gestores que olhem urgentemente para o nosso acervo, carente de novas obras da contemporaneidade que auxiliem as pesquisas dos estudantes. O que temos visto é o descaso com a nossa biblioteca que há muito não recebe obras novas e ainda, quando recebe, são iniciativas de fora: dos programas de pós-graduação bem como departamentos de curso. Teríamos, além dessa reivindicação, a ideia de se pensar um funcionamento 24 horas para a BU, essa iniciativa ocorre na FALE (Faculdade de Letras) da UFMG, bem como na de Ciências Econômicas vinculada a mesma universidade, ressaltando para o fato dos serviços que carecem de atendimento se encerrarem às 21h30m e a partir de então a biblioteca e a sala de informática ficam abertas para estudos e consultas locais.

Queremos colocar como fundamental, a necessidade de se discutir amplamente a punição financeira quanto aos atrasos na devolução de livros da BU. Isso, para nós, é algo que vai contra as políticas de permanência dos estudantes, e não achamos que seja uma forma de reverter à situação dos atrasos. A UDESC trabalha com o bloqueio do empréstimo do acervo  feito pelos estudantes quando estes atrasam a devolução, uma forma muito mais interessante e que não ferirá a permanência dos que não têm condições financeiras de arcar com as multas.

Em se tratando do HU, de antemão, somos contra a privatização desse serviço que deve ser público e nesse sentido, contemplar toda a comunidade universitária. O HU, assim como o RU, a BU e a Casa do Estudante são políticas de permanência conquistadas historicamente pelo Movimento Estudantil. Em 1973, destacou-se a intensificação da campanha do(a)s estudantes da área de saúde em defesa do Hospital das Clínicas, que realizaram viagem à Brasília para tentar falar com o Ministro da Educação naquele tempo, Sr. Jarbas Passarinho, uma ação ousada do movimento estudantil em tempos de ditadura militar, que auxiliou diretamente na criação de um Hospital Universitário que contemplasse as demandas da comunidade. Um hospital universitário caracteriza-se como um campo de múltiplas convergências de todo o processo de conquista da melhoria da qualidade de vida, das condições de trabalho e dos serviços prestados à sociedade. Enquanto instituição pública, de educação e de saúde, sofre as conseqüências históricas das políticas públicas, caracterizando-se por ser um setor deficitário do ponto de vista de investimentos financeiros, e pressionados por um aumento exponencial da demanda de atendimentos. Pedimos, encarecidamente, que os nossos gestores olhem a situação delicada pela qual tem passado o HU com a tramitação no congresso do PL 1749/11 que diz respeito à privatização desse espaço. Além disso, ressaltamos a necessidade de se repensar o HU devido à precarização dos serviços oferecidos no estabelecimento.

A Casa do Estudante – que antes atendia pelo nome de moradia estudantil e a pedidos dos próprios moradores passou a ser nomeada de Casa do Estudante – precisa aumentar exponencialmente o número de vagas. Sabemos que está sendo terminada a construção do novo prédio que oferecerá cerca de 60 vagas, o que somado com as vagas já existentes, não contempla nem 3% da quantidade de alunos que freqüentam a universidade. Os pós-graduandos, atualmente, não têm direito à Casa do Estudante e por isso, gostaríamos de discutir uma porcentagem de pelo menos 10% de vagas para essa parcela de estudantes.

Representação discente dos pós-graduandos

Os pós-graduandos estão presentes em grande parte dos órgãos colegiados da Universidade desde o colegiado da pós-graduação de cada curso, até órgãos como a Câmara de Pós-Graduação da UFSC. A extensão dessa representação, contudo, ainda não comtempla espaços como os Conselhos de Unidade e, sobretudo, o Conselho Universitário, órgão máximo de deliberação da UFSC.  No que se refere ao CUn, há um acordo entre os discentes no tocante às suas vagas, qual seja, o Diretório Central dos Estudantes da UFSC cede uma de suas 6 cadeiras para a APG. Já para as representações nos Conselhos de Unidade, não há espaço para a representação discente da Pós-Graduação.

Nesse sentido, nós, Pós-Graduandos, reivindicamos à administração central desta universidade, a abertura de duas vagas para a representação dos discentes de Pós-Graduação no Conselho Universitário e de pelo menos uma cadeira em cada Conselho de Unidade, por entendermos que os órgãos colegiados da UFSC devam ser constituídos de forma plural, contemplando todas as categorias, afim de que se possa assegurar um amplo e democrático debate no que diz respeito aos rumos que a universidade pode ou deve tomar.

Florianópolis, 08 de novembro de 2011

Resultado do processo eleitoral – APG UFSC 2018-2019

07/11/2018 21:11

A Comissão Eleitoral da APG referente às eleições para a gestão durante o período de 2018-2019, referendada pela Assembleia Geral do dia 10/10/2018, publica aqui o resultado da votação online realizada hoje, dia 07/11.

Segue abaixo o resultado:

– Chapa 1 “Pra não lutar só” – 303 votos (89%);

– Nulo – 37 votos (11%)

    Foram registrados, ainda, 13 votos inválidos, seja por não constar número de matrícula válido ou por votação fora do prazo estipulado em regimento, que era até às 20h.

Conforme estabelecido no item 7.2 do Regimento Eleitoral, que afirma “Para compor a Diretoria da Entidade, será considerada eleita a chapa que obtiver a maioria simples dos votos válidos atribuídos às chapas”, declaramos eleita a Chapa 1 – Pra não lutar só.

Sobre os recursos, o Regimento prevê os seguintes prazos:

8.1 O período de submissão de recursos será até o dia 09 de novembro de 2018 às 23h59, devendo ser encaminhados ao e-mail da APG: apgufsc@gmail.com.

8.2 A Comissão Eleitoral dará resposta aos recursos até o dia 12 de novembro até as 22h.

Na inexistência de recursos, a posse da nova gestão será feita no dia 13/11/2017, às 14h na sede da APG, quando serão encerrados os trabalhos desta comissão.

Atenciosamente,
 Comissão Eleitoral da APG – UFSC

Eleicões APG 2018-2019 | Método da votação on-line

05/11/2018 16:15

A Comissão Eleitoral avisa a todas e todos os estudantes de pós-graduação que a votação, nestas eleições, acontecerá de forma diferente da realizada no ano passado, na qual o voto era oferecido através do login no CAPG, com uso do IDUFSC.

Neste ano, enviaremos pela manhã do dia 07 de novembro um link através do email cadastrado junto à UFSC, que levará a um formulário online. A resposta ao formulário exigirá nome completo, e-mail e matrícula e será conferida em relação às matrículas válidas de pós-graduandos na UFSC no mês de outubro.

Alertamos às e aos estudantes que não possuem um email ativo cadastrado junto à UFSC, ou às pessoas que não recebem os emails regulares da APG por cair na caixa de spam, que busquem regularizar esses casos para receber adequadamente o formulário eleitoral no dia 07/11.

A Comissão Eleitoral se coloca à disposição através do email apgufsc@gmail.com para tirar quaisquer dúvidas.