Vigília do CUn: semestre, só com viabilidade!

22/08/2012 18:43

/// HAVERÁ MESA DE FRUTAS!

/// TRAJE PRETO!

A greve nacional dos professores das Instituições Federais de Ensino é forte. Na UFSC, em Assembleia dos professores realizada no dia de ontem, 21-08, decidiu-se pela continuidade da greve. Os servidores técnico-administrativos também decidiram pela continuidade da greve na Assembleia realizada no dia de ontem.

O Conselho Universitário da UFSC irá reunir-se para avaliar o movimento de greve. Com a deliberação dos servidores (docentes e técnico-administrativos) de permanecerem em greve, as condições para a retomada ou manutenção das atividades de ensino/pesquisa/extensão permanecem prejudicadas.

Diante deste fato, a Assembleia avaliou que o momento é de participarmos ativamente dos debates na UFSC para garantir que a Autonomia da Universidade seja respeitada, o que significa seguir as decisões institucionais que considerem a Universidade na totalidade de suas atividades, dentro de sua diversidade.

Diante disso, convidamos todos para realizar uma VIGÍLIA no Hall da Reitoria, com mesa de café, por ocasião da reunião do Conselho Universitário amanhã, dia 23-08, a partir das 07:30, para defender que o retorno do calendário seja debatido quando as condições para a retomada das atividades esteja normalizadas, após o fim da greve.

COMANDO LOCAL DE GREVE DOS PROFESSORES DA UFSC

Boletim APG N.1 – As greves nas IFES, adiamento do semestre e isonomia nas bolsas

17/08/2012 17:28

Boletim APG

Boletim da Associação dos Pós-Graduandos da UFSC – APG/UFSC – Nº 1

Debate decorrente da assembleia dos pós-graduandos do dia 10 de agosto de 2012

Universidade em debate: quando a crise expõe as debilidades na produção de conhecimento

A situação da universidade brasileira é consequência de uma política manipulatória. A universidade, que já enfrentava crises estruturais, hoje se depara com um cenário ainda mais crítico. Desde a aprovação forçada do REUNI em 2007, a expansão do ensino superior federal caminha para uma real desestruturação (e não reestruturação) acadêmica. Isso é resultado da diminuição dos recursos devido à expansão de vagas realizada nas IFES e do estreitamento da relação capital-conhecimento científico proporcionado por tal reestruturação. Concretamente, os direitos estudantis, a contratação de professores e técnicos, a infraestrutura de salas e laboratórios e os demais recursos de auxílio à participação em eventos foram sensivelmente reduzidos na totalidade das IFES do Brasil, em comparação relativa à quantidade de alunos que havia antes.

A greve de professores e técnicos é apenas uma das expressões desse descontentamento. O arrocho salarial verificado nos últimos 20 anos e a desestruturação no plano de carreiras cada vez mais pioram a situação dos trabalhadores. Além disso, o impulso inicial deste que é o maior movimento de greve dos últimos 10 anos se deu nas universidades e cursos mais novos, notáveis pela precarização de suas estruturas e por serem consideradas pelo governo como “centros de ensino”. Ou seja, esta é uma greve que reivindica melhor remuneração, direito a progressão, melhores condições de trabalho e de saúde no trabalho, já que é notável a intensificação e o produtivismo a que esses trabalhadores são submetidos.

Por tudo isso, esta é uma greve gigantesca, que mobiliza mais de 90% dos professores e técnicos no Brasil (57 das 59 IFES ainda estão em greve dos professores). Diante desse quadro, o governo, que se comprometeu com um acordo em 2011 na reestruturação da carreira e não o cumpriu, após a deflagração da greve levou mais de um mês para negociar com os professores, e dois meses com os técnicos. O pior: ofereceu aumentos percentuais diferenciados para as categorias, divididos em três anos(em que a última parcela seria paga pelo governo federal que estiver em 2015). Também conseguiu piorar o plano de carreira. Além disso, depois da não negociação com os professores e técnicos, o governo criminaliza e reprime o direito constitucional de greve desses trabalhadores. Torna-se evidente que a educação não é prioridade para este governo.

Na UFSC, a cada semana vemos mais adesões à greve dos técnicos, e a dos professores se torna cada vez mais forte. Como ficou evidente na última assembleia da seção sindical do ANDES, a categoria começa a se levantar diante de condições cada vez mais precárias e exigir seus direitos. Mesmo burocratizando os processos decisórios dos professores, as votações em urna para entrada e permanência na greve demonstram que há um descontentamento muito elevado mesmo em uma universidade como a UFSC, considerada por alguns um “centro de excelência” (essa diferenciação também é consequência do REUNI).

Este é o momento em que todos devem se perguntar: para que e para quem serve o conhecimento? Qual a porcentagem de conhecimento científico produzido na UFSC, e nas IFES em geral, está favorecendo somente interesses privados? Quanto desse conhecimento se orienta à resolução dos problemas sociais e é destinado aos setores populares e movimentos sociais? Qual a dimensão dos problemas relacionados às condições de trabalho dos técnicos e professores? Para nós, pós-graduandos, esse ambiente social representa o que nos constituirá como trabalhadores nas diversas áreas do conhecimento, e, sejamos futuros docentes ou profissionais específicos, não podemos deixar de nos preocupar e aprofundar criticamente a situação.

Condições para o adiamento do Semestre 2012/2

A reunião do Conselho Universitário do dia 7 de Agosto decidiu pelo adiamento do início do semestre letivo de 2012/2 para todos os cursos de pós-graduação. A APG declarou-se favorável a tal decisão, por motivos que vão desde a necessidade da eliminação da falsa dicotomia entre graduação e pós-graduação, que se baseia em uma concepção distorcida da distribuição das atividades de ensino, pesquisa e extensão dentro da Universidade, até a visão idílica e desatualizada de que a realidade sócio- econômica dos pós-graduandos difere da realidade dos alunos de graduação.

Mais da metade dos estudantes de pós-graduação não conta com bolsa, e tem que conciliar suas atividades de pós-graduação com algum trabalho a fim de sobreviver e permanecer na universidade. A situação dos bolsistas, embora um pouco melhor, não está sequer próxima do ideal. O valor das bolsas está defasado e se mostra insuficiente para garantir as necessidades básicas dos estudantes que dependem dela para sobreviver. Por tudo isso, a permanência de um percentual cada vez maior de estudantes de pós-graduação depende da pouca estrutura de direitos estudantis da Universidade, como biblioteca, auxílios financeiros para participação em eventos acadêmicos, e restaurante universitário.

Todos esses fatores prejudicam profundamente o desenvolvimento da pesquisa científica e a permanência dos estudantes na universidade. Com isso, várias atividades relacionadas a projetos de pesquisa, disciplinas cursadas, formação de bancas de qualificação e defesa, entre outras, são fortemente prejudicadas.

Esclarecemos que, ao contrário do que vem sendo afirmado em alguns lugares, as bolsas de mestrado e doutorado não podem ser afetadas por modificações no calendário dos cursos de pós-graduação acarretadas pela greve. Isso porque com o respeito ao “calendário de exceção” são mantidos os requisitos necessários à manutenção das bolsas. Os prazos inalteráveis até o momento são os de relatórios e defesas. Esse quadro pode ser modificado com a greve da CAPES e a possível adesão do CNPq, ou com a negociação do ANDES e ANDIFES com as agências. Ressaltamos também que os impactos da alteração no calendário dos cursos na avaliação dos mesmos pela CAPES são inferiores a 5%. Esse percentual é ínfimo diante do prejuízo à permanência estudantil e ao desenvolvimento com qualidade das atividades de ensino, pesquisa e extensão se fosse mantida a assincronia dos calendários e a regularidade de nosso semestre sem a estrutura necessária a ele.

O adiamento do semestre da pós-graduação não é apenas um ato de solidariedade com as greves do ensino público federal. As pautas de estudantes de graduação e pós-graduação, servidores e professores se intercomunicam, constituindo uma luta legítima, legal e politicamente, sendo o atendimento do conjunto de tais demandas essencial para a construção de uma universidade pública, gratuita, laica, de qualidade e a serviço dos interesses da maioria do povo brasileiro nos âmbitos inseparáveis do ensino, da pesquisa e da extensão.

Por fim, sublinhamos que o adiamento do início do semestre para a pós-graduação, constatada a necessidade do acesso a direitos como biblioteca e restaurante universitário, sendo momento crucial para a defesa da criação de uma política ampla de assistência estudantil que contemple os pós-graduandos. Inclusive é momento de revertermos a falácia de que esses estudantes não precisam de RU, e nem de bibliotecas (argumento recorrente entre “renomados intelectuais”). Dessa situação temos de partir para outros em que conquistemos, de fato, nossos direitos.

A luta pelo reajuste e isonomia das bolsas continua!

A reivindicação dos pós-graduandos por um reajuste que reparasse os índices inflacionários de todos os quatro anos sem a correção era de 40%, e o governo cedeu com uma medida paliativa de 10% para 2012 e um “possível” aumento em janeiro de 2013. Inicialmente, o governo silenciou-se e tratou de maneira paralela o módico reajuste das bolsas CAPES/REUNI de agosto. Mais tarde, após a pressão dos estudantes de pós-graduação e suas associações pela isonomia das bolsas, o reajuste das bolsas CAPES/REUNI foi oficializado e equiparado ao dado às bolsas CAPES e CNPq.

Apesar do projeto REUNI acabar neste ano de 2012, já existe a intenção de implantar-se uma segunda etapa do REUNI. Diante de um cenário incerto por parte do governo, defendemos o aumento do número de bolsas, de maneira que elas atendam à demanda dos programas.

Nossa principal reivindicação é que haja isonomia entre as bolsas voltadas ao desenvolvimento de pesquisas. A atuação dos estudantes que recebem bolsas de pós-graduação não deve ser voltada para a realização de atividades decorrentes da falta de contratação de docentes e técnico-administrativos. Queremos que as bolsas que já temos sejam mantidas, e que novas bolsas sejam criadas para atender à demanda cada vez maior. Entretanto, não aos moldes das “condicionalidades” do REUNI. Por isso, é urgente que nós, pós-graduandos, discutamos os impactos desse projeto durante os anos de sua vigência.

De acordo com o comunicado do governo, o próximo reajuste foi prometido para janeiro do ano de 2013. Desde já devemos intensificar a campanha e a mobilização para lutar pelos 40% de reajuste nas bolsas de pós-graduação, principalmente porque percebemos que não é uma qualidade notável desse governo cumprir promessas e acordos.

Pós-graduando, venha participar de sua associação! Visite nosso blog e conheça a pauta de reivindicações. e-mail: apgufsc@gmail.com

Carta Aberta dos Pós-Graduandos da Universidade Federal de Santa Catarina

08/08/2012 08:41

Carta Aberta download versão completa

Reivindicamos:

Representações:

  •  Reestruturação do Conselho Universitário, com a garantia de no minímo 02 (duas) cadeiras permanentes para os representantes da Pós-Graduação;
  •  Representações dos Pós-graduandos nos Conselhos de Unidade.

Políticas de Permanência:

  • Universalização das Bolsas e reajuste do seu valor em no mínimo 40%, além das correções inflacionárias;
  • Mecanismos que assegurem o respeito do caráter da bolsa. Poderia ir para o texto;
  • Fim da utilização de Bolsistas REUNI e do estágio docência como mecanismo de substituição de professores;
  • Ampliação substancial e com qualidade das vagas da Casa do Estudante, para que contemplem as demandas da graduação e pós-graduação;
  • Licença maternidade com prorrogação da bolsa para todas as mães que requisitarem, sem exceção, no período da CLT;
  • Ampliação, com qualidade, das vagas no NDI e destinação imediata de 10% das mesmas para mães e pais pós-graduandas/os;
  • Ampliação e atualização do acervo da Biblioteca Universitária, o que inclui a abertura de bases de dados e plataformas digitais;
  •  Fim da cobrança de multas e discussão de método alternativo a elas;
  • Dilatação imediata do horário de funcionamento da Biblioteca Universitária, das 6 às 00h, nos sete dias da semana; e planejamento para a abertura da Biblioteca Universitária em tempo integral, em médio prazo, com a devida contratação de técnicos administrativos concursados;
  • RU com opção vegetariana e orgânica, bem como manutenção do funcionamento nos períodos de recesso para atender os pós-graduandos e quem mais necessitar; Café da Manhã no Refeitório Universitário;
  • Melhoria das condições de segurança no Campus, como mais iluminação, E reabertura de concurso para contratação de agentes de segurança;
  • Melhorias infra-estruturais, como pavimentação e adaptação de todos os espaços da universidade, a fim de garantir livre acesso aos frequentadores do campus.

Financiamento:

  • Aumento de verbas Públicas destinadas à Pós-Graduação e não vinculação destas a critérios produtivistas;
  • Aplicação imediata de 10% do PIB para a educação pública;
  •   Destinação de verbas e seleção dos candidatos através da pró-reitoria de pós-graduação, para o custeio da participação dos Pós-Graduandos em eventos.

Projeto de Universidade:

  • Hospital Universitário 100% Público, bem como garantia de que não haja privatização a partir da EBSERH;
  • Ampliação do Investimento Publico no Hospital Universitário;
  • Pesquisa e extensão vinculadas às necessidades reais da população brasileira;
  • Debate promovido pelas instituições e movimentos sociais sobre o papel das Empresas Privadas dentro da Universidade Pública;
  • Gestão transparente das fundações e realização de auditorias nas mesmas;
  • Negociação com as empresas de transporte coletivo da cidade para que ampliem os horários de ônibus, para sua adaptação aos novos horários da biblioteca.

Relato da Reunião do dia 9 de Julho

18/07/2012 10:45

Durante a reunião organizada pela Associação dos Pós-Graduandos da UFSC, realizada no dia 9 de Julho no hall da Reitoria, os bolsistas de pós-graduação da modalidade REUNI, estudantes solidários a estes, e a APG debateram a possibilidade de não reajuste da bolsa REUNI. Após conversar sobre o reajuste e sobre o cotidiano da bolsa – muito mais onerosa para o bolsista que as demais – e suas irregularidades; bem como da manifestação da PROPG (que informou que ainda aguarda esclarecimentos do Governo Federal), foram tomadas as seguintes decisões:

– Utilização do manifesto para a elaboração de uma Petição Pública

– Os representantes discentes na Câmara de Pós-Graduação e no Conselho Universitário levarão essa pauta para as instâncias citadas. O conjunto dos estudantes foi convidado para fazer uma espécie de vigília durante essas reuniões, que acontecerão nos dias 24 de Julho (Conselho Universitário) e 26 de Julho (Câmara de Pós-Graduação), às 9 horas na Sala dos Conselhos (Reitoria).

Petição Publica Pela Isonomia das Bolsas de Pós-graduação

17/07/2012 12:43

Como forma de pressão, para que a nossa justa reivindicação seja atendida é necessário que façamos uma lista contendo milhares de assinaturas, sendo que a mesma  posteriormente será enviada para os orgãos de Fomento!

Sendo assim, se concordam que haja  isonomia entre as bolsas de pós-graduação assinem a petição que se segue:

Petição Publica-Assinar

Manifesto pela Isonomia-Download pdf

Manifesto Pela Isonomia das Bolsas

16/07/2012 07:59

Após quatro anos sem reajustes das bolsas de fomento à pesquisa no Brasil e o anúncio de uma pequena reparação de 10% em maio, tivemos toda uma série de surpresas desagradáveis que nos infligem em manifestar o nosso repúdio à forma como se tratam os estudantes e trabalhadores em educação no Brasil.

Em primeiro lugar, a reivindicação dos pós-graduandos de um reajuste que reparasse os índices inflacionários de todo esse período era de 40%, sendo que essa medida paliativa de 10% para junho de 2012 e um “possível” aumento em janeiro de 2013 não chegam nem perto da necessidade requerida. Em segundo lugar, tínhamos claro que o reajuste seria concedido no pagamento de julho, e não como anunciado atualmente como referente a julho e pago em agosto. E em terceiro lugar, o mais problemático: se já não bastassem as diferenciações e “condicionalidades” das bolsas CAPES/REUNI, há um desconfortável e angustiante silêncio sobre o reajuste já garantido aos Bolsistas de iniciação cientifica, mestrado, doutorado e pós-doutorado da CAPES e do CNPQ, que só seriam concedidos aos bolsistas CAPES/REUNI em 2013.

Nossa principal reivindicação é: isonomia nas bolsas de fomento à pesquisa, sejam elas concedidas pela CAPES, CNPQ ou SESU/REUNI. No geral todas são concedidas com recursos públicos e serviriam para a manutenção e o apoio ao estudante que necessita sobreviver para aprender e construir conhecimento científico. As bolsas são um aporte necessário para o desenvolvimento e difusão do conhecimento produzido por esses jovens pesquisadores, possibilitando que tenham recurso e tempo para saídas a campo, trabalho nos laboratórios e para a produção de relatórios de iniciação científica, dissertações, teses e artigos científicos. Portanto, defendemos que os bolsistas que podem ser “esquecidos” por esse reajuste, deveriam ter as mesmas condições e oportunidades que os demais.

Não concordamos com as formas como são escolhidas e distribuídas essas bolsas CAPES/REUNI, com que esses estudantes são imputados para poderem recebê-las. Os bolsistas CAPES/REUNI são obrigados a cumprir oito horas semanais de “trabalho”, além de serem reféns do chamado “apoio pedagógico” com que o projeto REUNI objetivou essa parcela de bolsas, exigindo que reparassem problemas causados pela expansão desenfreada das vagas de graduação nas universidades. Uma vez que os investimentos não foram proporcionais ao aumento de alunos, os bolsistas CAPES/REUNI estão fazendo o trabalho de técnicos e professores que deveriam ter sido contratados e não foram. Em Santa Catarina, há relatos de pós-graduandos que estão sendo obrigados a tutorar e até orientar trabalhos de conclusão de curso (TCCs), ministrar mais de 140 horas-aula em escolas públicas, dar cursos de férias para graduandos, dar aulas de inglês para alunos dos novos campi, como o de Joinville, entre outras atividades. Um dado importante para entender a necessidade desses “apoios pedagógicos” é que somente na UFSC, o número de alunos de graduação saltou de 18 mil em 2000 para 27 mil em 2009.

Esses elementos são importantes para qualificarmos o teor de nossa reivindicação. Num primeiro momento exigimos o respeito e a isonomia de todas essas bolsas, em que as bolsas CAPES/REUNI devem ser reajustadas como as outras. Num segundo momento, nos colocamos à disposição para construirmos uma plataforma de equidade geral dessas bolsas. Não podemos considerá-las enquanto “benesses” do projeto REUNI e nem encará-las como “tapa-buracos” dos problemas estruturais crônicos, causados por essa expansão massificadora que não permitiu a contratação de professores e técnicos suficientes para o desenvolvimento do ensino, da pesquisa e da extensão de qualidade.

Os recursos repassados pela CAPES e pelo REUNI têm a mesma fonte: são provenientes do fundo público originado dos impostos de todos os trabalhadores. A demanda por mais bolsas é uma reivindicação antiga – e perdura. O oferecimento das bolsas CAPES/REUNI supriram parte de uma necessidade histórica, no entanto, ela provoca uma injusta diferenciação de tratamento entre bolsistas. Isso precisa ser discutido e repensado.

Ainda estamos em estado de mobilização pelo reajuste necessário (lembrando, 40%), e pela expansão de bolsas que ainda não contemplam mais de 60% dos pós-graduandos da UFSC. Essa luta é de todos aqueles que defendem a universalização da educação pública, gratuita e de qualidade, assim como a sua execução a serviço da solução dos problemas reais de nosso povo, com profundo respeito aos pesquisadores, técnicos, professores e estudantes.

Florianópolis, 15 de julho de 2012.

ASSOCIAÇÃO DOS PÓS-GRADUANDOS DA UFSC – APG-UFSC

Moção de Apoio à Greve nas IFES

05/07/2012 22:43

O coletivo dos Pós-graduandos da UFSC, em assembleia geral realizada no dia  22 de junho de 2012, aprova e apóia as pautas dos movimentos nacionais  dos professores e dos técnico-administrativos das Instituições Federais de Ensino Superior (IFES). Em relação aos professores, o movimento grevista puxado pela Associação Nacional dos Docentes do Ensino Superior (ANDES – Sindicato Nacional) iniciou-se em 17 de maio e tem entre suas principais reivindicações as necessárias reposições salariais e a implantação de um plano de carreira que torne viável uma progressão que incentive a qualificação. Em relação aos técnicos, o movimento puxado pela Federação de Sindicatos dos Trabalhadores em Educação das Universidades Brasileiras (FASUBRA) iniciou-se em 11 de junho, e também reivindica reposição salarial com piso mínimo de 3 salários minimos, além de isonomia salarial e demais pautas, como a luta contra a EHBSER.

Ambos os movimentos respondem, também, aos problemas colocados pela expansão desenfreada, que não foi acompanhada pelos recursos financeiros necessários para implantação de  infra-estrutura e contratação de professores e técnicos, condições inicialmente prometidas pelo REUNI.

Nota dos estudantes do PPGE

05/07/2012 22:18

Segue abaixo nota dos estudantes do PPGE sobre a greve nas IFES

“Após reuniões realizadas pelos alunos da pós-graduação em Educação da UFSC foi construída por este coletivo uma carta de apoio à greve dos docentes e dos servidores técnico-administrativos, na qual também solicitávamos esclarecimentos e posicionamento dos professores do programa sobre a greve. abaixo segue a mesma, na íntegra.

Aos professores, técnico-administrativos e Colegiado do PPGE-UFSC

Nós, estudantes da Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal de Santa Catarina, após discutirmos a situação da greve nacional nas Universidades Federais, em reuniões realizadas nos dias 20 e 27 de junho do corrente ano, compreendemos ser importante nosso apoio e inserção nesta mobilização nacional.
Nesse sentido, escrevemos esta carta aos professores, técnico-administrativos e ao Colegiado do PPGE/UFSC com a intenção de expormos nossos questionamentos, bem como, solicitar esclarecimentos sobre os encaminhamentos que estão sendo realizados por este corpo docente e pelos servidores técnico-administrativos.
Há mais de um mês os professores das Universidades Federais deflagraram greve. Atualmente, 56 das 59 instituições de ensino superior aderiram ao movimento. Estão em greve também os professores de 37 Institutos e Centros Federais de Educação. Dia 11 de junho os servidores técnico-administrativos pararam suas atividades. Desta forma, temos um forte movimento de greve dos docentes e técnico-administrativos em nível nacional. Há ainda greve de estudantes em várias instituições federais, inclusive de pós-graduação. Sentimos que este é o momento de nos juntarmos aos estudantes de várias instituições federais espalhadas pelo país para juntos, em greve, fortalecermos a luta em prol de mudanças substantivas no quadro da educação superior brasileira. Dentre do exposto, verificamos que a conjuntura nacional de mobilização aponta para um momento ímpar de unificação de forças em defesa da Universidade Pública.
Na UFSC, os professores vinculados à seção sindical do ANDES-SN decretaram greve no dia 22 de junho e os servidores técnico-administrativos também se colocaram em greve no mesmo mês. No entanto, visualizamos pouca adesão a ela, em particular, entre os professores do PPGE, os quais historicamente se inseriam nas lutas pela defesa da educação pública. Muitos alegam a necessidade da finalização do semestre para então fazer parte do movimento, entretanto, nos questionamos quanto às conquistas que alcançaremos através de uma greve realizada no período do recesso escolar.
Neste período histórico, vivemos um aprofundamento de políticas privatistas, expressas nas condições materiais existentes nas Universidades hoje, tais como: congelamento e o rebaixamento dos salários dos professores e técnicos, insuficientes e limitados planos de carreira, sobrecarga de trabalho (devido, sobretudo à realização de poucos concursos públicos para contratação de professores e técnicos e às exigências de
produtividade das agências de fomento à pesquisa); falta de professores e técnico-administrativos (supostamente “solucionada” com o fornecimento de bolsas de trabalho de valor constrangedor aos alunos de graduação e bolsas REUNI aos estudantes de pós-graduação); estímulo ao aumento da competitividade na produção de ciência e tecnologia (privilegiando a quantidade em detrimento da qualidade, já entre os próprios estudantes de graduação); adoecimento e agravamento das condições de saúde de toda a comunidade acadêmica; cobrança de diversas taxas; sucateamento da estrutura física; ranqueamento das universidades; sistema de avaliação da CAPES sobre os Programas de Pós-Graduação (privilegiando os mais “quantitativos” e, portanto, “adaptados” à lógica mercantil de produtividade); financiamentos vinculados a todo tipo de desempenho (ex.: a política do REUNI); estímulo ao desenvolvimento das fundações de apoio privado à pesquisa e de certa “autonomia financeira” dos Centros de Ensino (que contam com orçamentos vergonhosos e discrepantes para a realização de suas atividades, determinados, sobretudo pela lógica de contribuição à economia capitalista); existência de uma política governamental de incentivo ao aumento de pós-graduandos formados sem, contudo, oferecer condições adequadas para tal formação ampliada; inexistência de apoio adequado à participação dos estudantes de graduação e pós-graduação em eventos de sua área; restrito número de bolsas de pesquisa na graduação e pós-graduação e de valores extremamente deficitários; entre outros aspectos.
Embora os últimos governos tenham ampliado o número de vagas nas Universidades Públicas, via REUNI, os aspectos acima elencados evidenciam que eles não se preocuparam e não se preocupam em fornecer condições materiais adequadas para a concretização de uma Universidade Pública de Qualidade. Este quadro de abandono ainda explicita que a universalização da Universidade Pública não consta no projeto estatal e governamental, e mostra, de fato, a opção das autoridades políticas pelo estímulo à privatização/mercantilização do Ensino Superior. A terceirização de vários setores dos serviços das Universidades e o Plano Nacional de Pós-Graduação 2011-2020 também coadunam com a lógica privatista imposta às Universidades Públicas brasileiras. Diante do quadro de precariedade das Universidades Públicas apontado e, por outro lado, da conjuntura favorável de luta pela mudança do mesmo gostaríamos de abrir o diálogo com os professores e técnicos do PPGE, no sentido de apoiar os que já aderiram à greve e cobrar do Colegiado do Programa posicionamentos frente ao movimento de greve. A adesão a esta importante luta, de dimensões há muito não vistas,
coloca-nos a necessidade de pensar o modo como ela será efetivada em nível local. Desta maneira, também exigimos um posicionamento dos mesmos sobre o fechamento deste semestre, o início do próximo e a realização ou não das matrículas de todos os estudantes. Nesse sentido, solicitamos:
1) Posicionamento do Colegiado do Programa de Pós-Graduação em Educação da UFSC sobre a greve; 2) Caso a greve se estenda até o início de agosto, não iniciarmos as aulas do segundo semestre letivo; 3) Participação nas mobilizações do movimento grevista da UFSC e nacional, e a proposição de atividades coletivas de greve; 4) Esclarecimentos sobre a realização das eleições para a coordenação do PPGE no período de greve; 5) Participação na reunião geral da comunidade do CED, chamada pelos técnico-administrativos, que acontecerá dia 9 de julho de 2012, às 14 horas no auditório do CED.

Florianópolis, 02 de julho de 2012.
Saudações Estudantis,
Estudantes do PPGE.”

Nota sobre o ajuste das Bolsas

05/07/2012 22:16

A APG UFSC INFORMA:

O reajuste – insuficiente – de 10% das bolsas de mestrado e doutorado fornecidas pela CAPES e pelo CNPq será, infelizmente, recebido somente a partir do mês de Agosto/2012, já que esse é o pagamento referente ao mês de Julho/2012.

Entretanto, esse reajuste pode não atingir as bolsas da modalidade CAPES/REUNI (com exceção do Pós-Doc). A julgar pela falta de posicionamento claro do governo a esse respeito e pela forma regular de funcionamento dos órgãos de fomento, o reajuste para as bolsas CAPES/REUNI será efetivado, aparentemente, após o término dos contratos do REUNI 2012, isto é, apenas no início de 2013.

A Associação de Pós-Graduandos da UFSC compreende tal situação como uma violação da isonomia entre as modalidades de bolsa recebidas pelos pós-graduandos/as em todo o Brasil e exige dos órgãos responsáveis pelo pagamento das bolsas CAPES/REUNI o ajuste imediato e igualitário dessa modalidade de bolsa.

A APG-UFSC, portanto, convoca todos os estudantes de mestrado e doutorado da UFSC que recebem a bolsa CAPES/REUNI para debater a situação e lutar por um reajuste que atenda às nossas demandas e que atinja TODOS/AS os/as bolsistas IMEDIATAMENTE.

REUNIÕES:

SEXTA-FEIRA, 6 DE JULHO

HORÁRIO: 18H

LOCAL: HALL DO CSE (Centro Sócio-Econômico)

Para aqueles que desejarem contribuir na elaboração de informes e na organização da Reunião Ampliada a ser realizada na segunda-feira.

SEGUNDA-FEIRA, 9 DE JULHO

HORÁRIO: 17H30

LOCAL: HALL DA REITORIA

Reunião para debate, repasse de informações e tomada de posição e construção da mobilização dos estudantes de Pós-Graduação da UFSC acerca do processo de reajuste das bolsas.

Suspensão do Semestre Letivo de 2012.1

29/06/2012 13:50

Hoje em reunião no CUn que teve seu inicio as 8:30 da manhã e termino às 13:00 da tarde, decidiu-se por 62,5% dos votos a permanência do semestre letivo de 2012.1!

Cabe salientar que, apesar das condições de permanência para todos os estudantes da UFSC (graduação e pós-graduação) estar comprometida devido a ausencia de RU, BU, NDI e demais serviços adminitrativos, se optou pela continuidade.

No entanto todas as falas foram ao encontro do adiamento do semestre letivo que virá, se abstendo de deflagrar a luta pela universidade publica e gratuita agora, e se postergando uma luta que deveria ser encarada como urgente e decisiva para o futuro do país.

A decisão de não suspensão do semestre letivo encontrou apoio nos setores mais conservadores da UFSC, já que para estes, a universidade é apenas um meio para se chegar aonde eles querem estar no futuro, ou seja, em uma empresa, ou no pior dos casos, rico pois usou a universidade e seus recursos humanos para fins pessoais.

A mesma também não gera surpresa já que, apesar de os estudantes serem a ampla maioria das pessoas que fazem parte da comunidade universitária, apenas possuem 5 vagas no CUn, e os estudantes da pós-graduação apenas 1 vaga, mesmo estes sendo 1/3 da classe estudantil da UFSC. Por isso em vista dessa decisão e dos próximos embates que virão, é necessário a ampliação da representação estudantil e de servidores na instancia chamada conselho universitário, para que a proporção de votos seja no minimo paritária!