SEGURANÇA E PERMANÊNCIA: APG-UFSC na reunião do Conselho Universitário (CUn) de 04/12/2018

07/12/2018 23:00
No dia 04 de dezembro de 2018, aconteceu a reunião do Conselho Universitário (CUn) em que se discutiu, entre outras coisas, a reativação do Fórum de Segurança da UFSC.
O reitor Ubaldo, junto ao DCE, propôs uma minuta de portaria para a reativação do Fórum de Segurança da UFSC e relatou que trazia esse ponto para o conselho no intuito de democraticamente fazer uma avaliação e receber sugestões. A minuta era baseada na portaria do fórum anterior, datado de 2001 (portaria n° 271/GR/2001). A proposta foi bastante discutida, principalmente no que diz respeito à composição do Fórum e da sua coordenação. Nós, enquanto APG, defendemos a participação ativa de pessoas externas à universidade (moradoras de bairros vizinhos, por exemplo, e mesmo pessoas que utilizam os espaços universitários em todos os campi, como trabalhadoras e trabalhadores dos bares, dos correios, das empresas de limpeza e do RU). Conselheiros alegaram que a inclusão de pessoas externas deveria acontecer por solicitação delas, portanto essas teriam que “se fazer representar” pelos membros do Fórum. Isso, sem poder de voto nas decisões, já que de acordo com a minuta só poderiam votar docentes, discentes e TAEs.
Também, enquanto gestão da APG, questionamos o silêncio e a falta de posicionamento da reitoria acerca dos fatos ocorridos no dia 1 de novembro, em que houve repressão violenta da polícia sobre pessoas que estavam saindo de uma integração cultural na UFSC (nota). Também questionamos sobre as imagens captadas pelas tantas câmeras de segurança espalhadas pela UFSC, que não vieram à público. A reitoria não se posicionou sobre ambos assuntos.
Também discutimos sobre os objetivos do Fórum, se seria apenas sugestivo ou se teria a possibilidade de gerar resoluções para serem discutidas e votadas no CUn. Para além de algumas minimizações acerca da dificuldade de definir o que é segurança (há quem não relacione isso com a questão das festas, por exemplo) e das possibilidades de se encontrar soluções sobre segurança com um grupo amplo que debata isso democraticamente (algumas pessoas defenderam que era uma questão que envolvia especialização e, portanto, devia ser encabeçada pela DESEG e pelas polícias de modo geral), questionou-se sobre a utilidade de reativar esse Fórum, já que o Fórum anterior não foi adiante. Após várias discussões com diferentes pontos de vista, o reitor Ubaldo preferiu continuar escrevendo a portaria junto da sua equipe e deixando em aberto para consulta pública, durante 15 dias. Essa consulta pública será aberta online para que se possa enviar sugestões acerca do fórum.
A parte da discussão sobre segurança na UFSC, nos Informes Gerais, a APG levantou duas questões: i) A primeira foi a leitura de uma nota do CABio que discorre sobre o caso de uma docente que não permitiu que oito discentes realizassem a prova de segunda chamada, mesmo depois do coordenador de curso e de representante da reitoria intervirem, visto que os discentes tinham justificativa por não terem comparecido na prova na data prevista; ii) O segundo ponto levantado foi sobre o fechamento do Restaurante Universitário (RU) nas férias, Ubaldo disse que vai averiguar, mas que a princípio não há motivos para o fechamento do RU.
7 de dezembro de 2018

Chamamento de Organizações Sociais (O.S.) para a UPA continente foi suspenso devido a irregularidades no processo

07/12/2018 10:23

“Há meses, o Sintrasem protocolou pedido de impugnação de todo o processo por compreender que ele contraria os interesses da população, prejudica diretamente o serviço público e correu de forma nada transparente, além de ignorar recomendações que vão do Ministério Público a entidades sindicais e conselhos e organizações da área.”

Nós, enquanto APG, reiteramos nosso posicionamento contra o controle privado das O.S. na administração dos recursos públicos de nossas instituições públicas de saúde. Saúde e educação não são mercadoria!

Leia a notícia publicada no Facebook pelo Sintrasem.

Leia o posicionamento da APG-UFSC contrário às Organizações Sociais (O.S.s) em Florianópolis.

A gestão do Camping do Parque Estadual do Rio Vermelho deve, por direito, estar nas mãos do Quilombo Vidal Martins ✊🏿

07/12/2018 10:20

Em acordo com Ministério Público Federal, após a finalização do tempo do contrato feito com a empresa que administrou o camping do Parque do Rio Vermelho até o final de 2017, a gestão seria feita pelos quilombolas da Vidal Martins. Porém, este acordo está quase por não ser cumprido, pois agora estão propondo fazer licitações para que nova empresa cumpra essa função.

A gestão do camping do Parque do Rio Vermelho seria muito bem realizada pelos quilombolas, esses que são parte desse território a gerações, tem um conhecimento tradicional da mata e seu uso consciente. Eles se dedicariam com todo seu amor para cuidar desse espaço que faz parte de sua história.

Por isso, nada mais justo que eles possam ter a administração do camping como fonte de renda.

Informamos que essa situação não tem qualquer relação com uma suposta ocupação dos quilombolas no Parque Estadual. Apesar de ser seu direto viver nas terras que sempre foram suas, essa luta continua em trâmite em instância federal.

Tendo em vista essas informações convidamos todas e todos para cobrar o cumprimento do acordo feito com a MPF na audiência dessa sexta-feira, 7 de dezembro, 15h, no Ministério Público Federal.

Dia? Sexta-feira (07/12)
Hora? 15h
Onde? MPF (na beira-mar, ao lado da OAB)

Novembro, mês da consciência negra!

27/11/2018 04:01
 

O dia 20 de Novembro é celebrado como dia da consciência negra por ser a data atribuída à morte de Zumbi dos Palmares, importante representante da resistência negra do Brasil Colonial até hoje. Em 2003 a Lei nº 10.639/03 incluiu no currículo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-Brasileira e Africana”. O que nos lembra que esse dia não é realmente uma celebração, e sim um dia de memória, de luta e resistência negra contra o racismo estrutural e institucional presente em nosso país.

O mês de novembro é marcado por diversas atividades com o intuito de resgatar toda a luta e resistência histórica de pessoas africanas que foram escravizadas em nosso país, para nos lembrar que a história de seus povos não começa com a violência da escravidão. É um momento para discutir a justiça racial como promotora de igualdade frente à exclusão que sofrem negros e negras.

Vivemos em um Brasil cuja maioria da população, 51% de acordo com o IBGE em 2010, cerca de 100 milhões de pessoas, é negra. Em termos absolutos é a maior população negra considerando todos os países das Américas, e a segunda maior do mundo, ficando atrás apenas da Nigéria. Esse contingente populacional não surge por acaso, mas atesta a realidade triste e vergonhosa do tráfico humano que se deu a partir do século XVI, tendo o Brasil sido destino de 40% das vítimas.

Um Brasil em que 64% da população carcerária é negra; em que 71,5% das pessoas assassinadas em 2016 eram pretas ou pardas, taxa duas vezes e meia maior à de pessoas não negras; em que menos de 20% de professoras e professores universitários são negros. Alguns dos dados que escancaram um país extremamente desigual.

Um Brasil cuja abolição formal da escravidão completa 130 anos e que ainda assim apresenta a realidade que acabamos de indicar. Resultado de mais de um século de atraso; do abandono, pelo Estado e pela sociedade, de pessoas negras libertas ao que a sorte poderia lhes reservar, que não remonta simplesmente ao período posterior à abolição, mas que deve ser lido em conjunto com os mais de trezentos anos de escravidão com os quais convivemos. Herança de um racismo implantado na sociedade, em seu cotidiano, em suas estruturas, perversamente disfarçado por máscaras ideológicas, tais como a democracia racial e a meritocracia.

Quanta luta pela frente!

Diante de uma realidade de políticas públicas reparatórias, nos últimos vinte anos, que sequer tangenciaram as questões estruturais que originam esses problemas e os ataques de amplos setores retrógrados da sociedade, chega, mais uma vez e a cada dia, o momento de defender o pouco que há e de lutar por justiça.

No âmbito da pós-graduação, é preciso reconhecer (e combater) as formas como o racismo estrutural da sociedade faz com que a realidade dos problemas de saúde mental e do assédio moral nas relações acadêmicas incida com mais força sobre as pós-graduandas negras e os pós-graduandos negros. Além disso, é urgente expandir e fortalecer os programas de ações afirmativas raciais, não só para acesso como também para permanência!

No plano político, isso significa resistir e se opor a um governo conservador que fortalece a estrutura racista e de desigualdade social brasileira. A união dos movimentos sociais no combate às desigualdades vencerá a promessa de violência institucionalizada das elites eleitas: é preciso mais do que nunca fortalecer essa união e essas lutas!

A APG, na gestão “Pra não lutar só”, citando Angela Davis, defende que “em um país racista, não basta não ser racista, devemos ser antirracistas”, e por isso levantamos nossas vozes nesse mês que marca um momento de reflexão, de memória e de luta por justiça.

26 de novembro de 2018,
APG – UFSC Gestão “Pra não lutar só”

O que enfrentaremos nas políticas educacionais a partir de 2019?

23/11/2018 10:18

Dia 5 de dezembro de 2018 é Dia Nacional de de Lutas em Defesa da Educação!

Convidamos todas e todos a participarem nesse dia da mesa “O que enfrentaremos nas políticas educacionais a partir de 2019?”, às 19h00 no Auditório Tito Sena (UDESC – Florianópolis).

“Finalizando as atividades do Dia Nacional de Lutas em Defesa da Educação, a Coordenação Estadual em Defesa da Educação Pública (COEEDEP) organizará uma mesa de debate com os professores Mauro Iasi (UFRJ) e João Zanardini (UNIOESTE) para discutir a conjuntura das políticas educacionais frente as perspectivas decorrentes da mudança de governo nas esferas estaduais e nacional, bem como o conjunto de ataques sofridos e anunciados para os setores da educação no próximo período.”

Veja o evento no Facebook.

Carta Aberta da Associação de Pós Graduandos da Universidade Federal de Santa Catarina

17/11/2018 10:00

Aproveitando o momento de discussão em nossa universidade, por conta da consulta à comunidade para escolha do reitor, a Associação de Pós Graduandos, entidade representativa legítima do coletivo de pós-graduandos da Universidade Federal de Santa Catarina, vem, por meio desse documento, manifestar-se. Trata-se de um momento importante, no qual a comunidade universitária irá dizer qual o programa melhor conduzirá os rumos da universidade.

Consideramos que a escolha do dirigente é uma decisão política, que deve ser baseada na melhor proposta para a universidade e que é também uma decisão bastante individual, o que nos faz optar por não analisar esta ou aquela candidatura e sim apresentar algumas questões que são caras aos estudantes de Pós-Graduação. Acreditamos que como entidade representativa é o que nos cabe.

A carta, construída com base em três pontos, foi elaborada a partir das deliberações de assembleia geral e busca, em essência, a promoção de condições para que o pós-graduando desenvolva seus estudos com dignidade.

Temos a clareza de que a discussão sobre a pós-graduação é vasta e há, certamente, muito sobre o que discutir. Modelo, avaliação de programas, agências de fomento, políticas de ciência e tecnologia, dentre outros. Todavia, apresentamos o que concretamente, em nossa opinião poderia ser dirimido a princípio por uma boa gestão em nossa universidade.

Esperamos que nossas pautas sejam acolhidas pela comunidade universitária, e, mais que isto, incorporadas a próxima gestão independentemente de quem a conduza.

Bolsas de pesquisa

Desde muito que o governo incentiva a pesquisa por meio de bolsas de estudos, já que é a melhor maneira de fazer com que o aluno dedique a maior parte do seu tempo para suas pesquisas.

Sabe-se que a produção científica é de fundamental importância para a Universidade, uma vez que é um dos principais critérios de avaliação dos órgãos de fomento. Porém, para que a produção científica seja alta e, mais do que isso, de qualidade, os alunos de pós-graduação precisam ter condições para viver de forma plena e realizar seus estudos, bem como produzir e participar de atividades de socialização de sua comunidade científica.

Para que todas estas atividades sejam exequíveis é necessário que se proceda o reajuste dos valores das bolsas de pós-graduação (mestrado e doutorado), tendo em vista o não-reajuste das bolsas há mais de três anos. Com o valor que está posto atualmente, as bolsas de pesquisa mal possibilitam ao pós-graduando viver com dignidade.  Não se pode fechar os olhos e acreditar que a bolsa de pós graduação é destinada apenas a fins acadêmicos, tratá-la desta forma conduziria a uma elitização da universidade e da pós graduação, visto que apenas os que possuíssem condições para custear-se poderiam ingressar na pós.

Uma vez que bom número de dirigentes de nossa universidade ocupam posições de destaque e intervenção junto aos órgãos de fomento, solicitamos que a Universidade interceda pelos alunos junto ao CNPQ e CAPES com vistas a acelerar o processo de reajuste do valor das bolsas segundo as metas estabelecidas pelo PNPG (Plano Nacional de Pós-Graduação) 2005-2010 que prometia 50% (cinquenta por cento) de aumento além da inflação do período. A questão deve ser tratada como prioridade política por nossos dirigentes.

Outra questão que destacamos é a necessidade de uma isonomia na política de bolsas. Como é sabido existe diferença de condição e por vezes tratamento diferenciado em relação aos alunos que recebem bolsas CAPES, CAPES/REUNI e CNPq. A bolsa do CNPq dá direito à taxa de bancada, o que não é facultado às demais, sendo considerada a melhor assim como a mais brindada, uma espécie de coroação ao aluno que a detém.

Segundo a portaria conjunta CAPES/CNPq n. 1 de 15 de julho de 2010 é permitido aos alunos bolsistas CAPES e CNPq acumular outras fontes financeiras, desde que se dediquem às atividades relacionadas às suas áreas o que não é permitido aos que possuem bolsa CAPES REUNI, o que trouxe ao aluno de pós-graduação da UFSC um sentimento de repúdio à Bolsa Reuni, já que é considerada “a pior de todas”. Tal diferença no modo de conceber as bolsas precisa ser repensada de modo que exista, independente da origem da bolsa, condições mais igualitárias entre os bolsistas.

Políticas de permanência: RU, BU, HU, Casa do Estudante, SACS, SAPSI

Os estudantes de pós-graduação da UFSC, assim como estudantes de graduação, necessitam de políticas de permanência para se manterem com qualidade cursando o mestrado e o doutorado. É de nosso conhecimento que muitos estudantes não possuem bolsa para estudar e além de produzir conhecimento, precisam trabalhar para se sustentar. É lícito registrar que há sobejamento da especulação imobiliária em nossa cidade, e nós todos sofremos o reflexo dessa exploração. Há que se registrar, também, que não somos contemplados com o reajuste de bolsas a três anos, enquanto a inflação é uma das maiores do país. Nesse sentido, chamamos a atenção dos gestores de nossa universidade para o que pode ser feito no intuito de melhorar as nossas condições de permanência, especificamente com relação ao Restaurante Universitário, à Biblioteca Universitária, ao Hospital Universitário e mais sensivelmente à Casa do estudante.

Quanto ao RU, temos sido atingidos por filas gigantescas o que prejudica a rotina de todos os freqüentadores do restaurante. Gostaríamos de pontuar algumas questões que vemos como prementes para a melhoria do serviço do RU. Existem universidades, como a Universidade Federal de Santa Maria que possuem, além de refeições de almoço e janta, a primeira refeição do dia: o café da manhã. O estudante de pós-graduação geralmente vinculado a laboratórios de pesquisa se sente prejudicado pelo fechamento do RU nas férias de verão, pois muitos estudantes utilizam os serviços da universidade para se manterem em dias não-letivos produzindo a sua pesquisa. Outra questão que necessita de debate urgente na UFSC é a instauração do cardápio vegetariano no RU. Na UNB, já existe essa opção que oferece aos estudantes soja entre outros alimentos que contemplem esse tipo de alimentação.

Com relação à BU, pedimos aos nossos gestores que olhem urgentemente para o nosso acervo, carente de novas obras da contemporaneidade que auxiliem as pesquisas dos estudantes. O que temos visto é o descaso com a nossa biblioteca que há muito não recebe obras novas e ainda, quando recebe, são iniciativas de fora: dos programas de pós-graduação bem como departamentos de curso. Teríamos, além dessa reivindicação, a ideia de se pensar um funcionamento 24 horas para a BU, essa iniciativa ocorre na FALE (Faculdade de Letras) da UFMG, bem como na de Ciências Econômicas vinculada a mesma universidade, ressaltando para o fato dos serviços que carecem de atendimento se encerrarem às 21h30m e a partir de então a biblioteca e a sala de informática ficam abertas para estudos e consultas locais.

Queremos colocar como fundamental, a necessidade de se discutir amplamente a punição financeira quanto aos atrasos na devolução de livros da BU. Isso, para nós, é algo que vai contra as políticas de permanência dos estudantes, e não achamos que seja uma forma de reverter à situação dos atrasos. A UDESC trabalha com o bloqueio do empréstimo do acervo  feito pelos estudantes quando estes atrasam a devolução, uma forma muito mais interessante e que não ferirá a permanência dos que não têm condições financeiras de arcar com as multas.

Em se tratando do HU, de antemão, somos contra a privatização desse serviço que deve ser público e nesse sentido, contemplar toda a comunidade universitária. O HU, assim como o RU, a BU e a Casa do Estudante são políticas de permanência conquistadas historicamente pelo Movimento Estudantil. Em 1973, destacou-se a intensificação da campanha do(a)s estudantes da área de saúde em defesa do Hospital das Clínicas, que realizaram viagem à Brasília para tentar falar com o Ministro da Educação naquele tempo, Sr. Jarbas Passarinho, uma ação ousada do movimento estudantil em tempos de ditadura militar, que auxiliou diretamente na criação de um Hospital Universitário que contemplasse as demandas da comunidade. Um hospital universitário caracteriza-se como um campo de múltiplas convergências de todo o processo de conquista da melhoria da qualidade de vida, das condições de trabalho e dos serviços prestados à sociedade. Enquanto instituição pública, de educação e de saúde, sofre as conseqüências históricas das políticas públicas, caracterizando-se por ser um setor deficitário do ponto de vista de investimentos financeiros, e pressionados por um aumento exponencial da demanda de atendimentos. Pedimos, encarecidamente, que os nossos gestores olhem a situação delicada pela qual tem passado o HU com a tramitação no congresso do PL 1749/11 que diz respeito à privatização desse espaço. Além disso, ressaltamos a necessidade de se repensar o HU devido à precarização dos serviços oferecidos no estabelecimento.

A Casa do Estudante – que antes atendia pelo nome de moradia estudantil e a pedidos dos próprios moradores passou a ser nomeada de Casa do Estudante – precisa aumentar exponencialmente o número de vagas. Sabemos que está sendo terminada a construção do novo prédio que oferecerá cerca de 60 vagas, o que somado com as vagas já existentes, não contempla nem 3% da quantidade de alunos que freqüentam a universidade. Os pós-graduandos, atualmente, não têm direito à Casa do Estudante e por isso, gostaríamos de discutir uma porcentagem de pelo menos 10% de vagas para essa parcela de estudantes.

Representação discente dos pós-graduandos

Os pós-graduandos estão presentes em grande parte dos órgãos colegiados da Universidade desde o colegiado da pós-graduação de cada curso, até órgãos como a Câmara de Pós-Graduação da UFSC. A extensão dessa representação, contudo, ainda não comtempla espaços como os Conselhos de Unidade e, sobretudo, o Conselho Universitário, órgão máximo de deliberação da UFSC.  No que se refere ao CUn, há um acordo entre os discentes no tocante às suas vagas, qual seja, o Diretório Central dos Estudantes da UFSC cede uma de suas 6 cadeiras para a APG. Já para as representações nos Conselhos de Unidade, não há espaço para a representação discente da Pós-Graduação.

Nesse sentido, nós, Pós-Graduandos, reivindicamos à administração central desta universidade, a abertura de duas vagas para a representação dos discentes de Pós-Graduação no Conselho Universitário e de pelo menos uma cadeira em cada Conselho de Unidade, por entendermos que os órgãos colegiados da UFSC devam ser constituídos de forma plural, contemplando todas as categorias, afim de que se possa assegurar um amplo e democrático debate no que diz respeito aos rumos que a universidade pode ou deve tomar.

Florianópolis, 08 de novembro de 2011

Informes da Assembleia Estudantil da Pós-Graduação de 10/10/2018

10/10/2018 15:03

Estes foram os informes de eventos importantes que ocorrerão no período em que não haverá gestão da APG-UFSC. Conforme deliberado em Assembleia (cuja ata completa você pode ler aqui), estes informes serão postado no site e nas redes sociais da entidade. Seguem:

  • Dia 10/10 (hoje) às 19h ocorrerá na sede do SINTESPE reunião do movimento #EleNão.
  • Dia 10/10 (hoje) às 19h também ocorre uma reunião entre partidos e organizações para coordenação da campanha de Fernando Haddad – será na sede da FECESC às 19h.
  • Dia 10/10 (hoje) às 18h na sala do NUER (CFH) haverá a reunião de formação de uma Plenária Universitária pela Democracia.
  • Dia 11/10 (amanhã) às 12h haverá uma reunião do Coletivo de Mulheres da Engenharia na sala CTC-111.
  • Grupos de capoeira, afro-axé e religiões de matriz africana de Florianópolis convocaram um ato em memória do mestre Moa no dia 15/10 às 16h na Lagoa da Conceição.
  • Os discentes do Programa de Pós-Graduação em Ecologia estão promovendo um evento sobre saúde mental na pós-graduação no dia 5/11 às 9h no Auditório da Pós-Graduação do CCS.
  • Os discentes cotistas da Antropologia farão um evento sobre ações afirmativas na Pós-Graduação nos dia 6 e 7 de novembro.

Posicionamento da APG-UFSC contra a cobrança de mensalidade na Pós-Graduação Lato Sensu

18/09/2018 11:00

A proposta de oferecer cursos de pós-graduação lato sensu com mensalidades na UFSC foi liberada por decisão do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4), seguindo decisão tomada no Supremo Tribunal Federal no ano passado. A possibilidade de cobrança foi reivindicada pela própria Universidade.

A APG UFSC considera que a cobrança na pós lato sensu representa um ataque ao princípio de Universidade pública, abrindo brechas para as intenções de cobrança em toda a pós-graduação e graduação, além da privatização da Universidade. O financiamento da UFSC deve ser 100% público e estatal, oferecendo educação de qualidade acessível para a classe trabalhadora e aos mais pobres. Qualquer tipo de cobrança é uma forma de elitização da Universidade e um desvio da sua função social.

Exigimos que o reitor Ubaldo Balthazar respeite o compromisso assumido em 10/08/2018, quando assinou a Carta de Reivindicações aprovada em Assembleia Geral da Pós-Graduação da UFSC, e se posicione contrário à oferta de qualquer curso pago na Universidade!

A pós da UFSC diz não aos cortes e à Emenda Constitucional 95!

18/08/2018 21:26

O dia 14/08 viveu um chamado nacional de luta em defesa das verbas públicas para a educação, ciência e tecnologia no Brasil. Em São Paulo, um ato saiu do vão do MASP. Em Brasília, um ato foi organizado em frente ao Ministério do Planejamento. Em Florianópolis, o dia de paralisação e luta foi convocado pela Assembleia da Pós-Graduação do dia 07/08 e várias atividades aconteceram de forma descentralizada na UFSC.

Chamada para o dia de mobilização.

Durante a semana que antecedeu o dia, assembleias e reuniões aconteceram em diversos programas, como o PPGE e o PPGECT, e uma assembleia estudantil geral do Centro de Ciências Biológicas. Na sexta-feira (10), estudantes da graduação e pós-graduação fizeram um ato pela manhã na Reitoria, pressionando o reitor Ubaldo a assinar uma carta de reivindicações e se posicionar institucionalmente contra os cortes, contra a Emenda Constitucional 95, contra as cobranças na pós-graduação lato sensu e em defesa das ações afirmativas em toda a pós-graduação.

Na terça (14), além da paralisação de aulas e atividades da pós-graduação, aconteceram ações por programas pela manhã, como debates, panfletagens na fila do Restaurante Universitário, pintura de faixas, gravação de vídeos para uma campanha em defesa das bolsas, mostrando para a sociedade a importância de nossas pesquisas; um debate sobre a aplicação das Ações Afirmativas na pós-graduação da UFSC, com participação de estudantes de diversos programas; e uma conversa sobre a situação atual da FAPESC, cujo presidente demonstrou, em audiência pública recente, uma preocupação muito maior em financiar startups e fazer parcerias privadas com o dinheiro público do que estimular a pesquisa nas instituições de ensino.

Roda de conversa sobre ações afirmativas na Pós-Graduação da UFSC; à frente, cartaz produzido durante o dia de mobilizações.

No Centro de Ciências Biológicas, após uma assembleia na segunda-feira, muitos estudantes se organizaram para escrever um panfleto, tirar uma foto em frente ao prédio de aulas e laboratórios, além de realizar um ato em frente à Universidade com jalecos, dialogando com a população sobre o impacto dos cortes.

Panfleto produzido por estudantes do CCB-UFSC.

Em Brasília, a proposta do Orçamento foi aprovada com os artigos que permitiam à educação ficar fora do teto de gastos, de forma que o MEC vai manter o orçamento do ano passado acrescido da inflação. Essa é uma vitória pontual arrancada pelo movimento estudantil e por todas aquelas pessoas que se indignaram contra os cortes e levaram sua insatisfação às ruas, atividades e assembleias!

No entanto, ainda vivemos sob o impacto da Emenda Constitucional 95, o teto de gastos que ataca todos os serviços públicos do país, asfixiando a educação, pesquisa, saúde e assistência social para o privilégio dos banqueiros credores da dívida pública e setores do grande empresariado que continuam recebendo isenções fiscais bilionárias. Além do mais, a garantia do orçamento do MEC não significa que vamos manter o financiamento e as bolsas na CAPES nem no CNPq, que podem ser deixados de lado para privilegiar outras áreas de financiamento dentro dos ministérios. Já estamos enfrentando o desmonte da pesquisa brasileira desde 2014, quando começou a diminuir o número de bolsas, que neste momento está em cerca da metade do que foi naquela época. Ou seja, a luta está só começando!

Debate no dia da mobilização.

Convidamos todas e todos estudantes de pós-graduação a se mobilizar através da construção de assembleias por programa ou por centro, além de participar da Associação de Pós-Graduandos e próximas ações.

DERRUBAR A EMENDA CONSTITUCIONAL 95!
PELA PESQUISA E EDUCAÇÃO, LUTA E ORGANIZAÇÃO!

Estudantes do CCB-UFSC contra os cortes na CAPES e no CNPq.