Quem sente na pele primeiro os efeitos dos cortes são trabalhadores/as: terceirizados/as demitidos na UFSC
Nesta segunda, 27/05, recebemos notícias de que trabalhadores/as de serviços de limpeza já teriam sido demitidos/as. Isso prejudica a limpeza, sobrecarrega brutalmente o trabalho dessa categoria, mas principalmente abala o sustento de todas as famílias destes/as trabalhadores/as.
A APG-UFSC alerta que isto é consequência dos cortes à educação promovidos pelo governo Bolsonaro (PSL). E este é só o começo. Dos 171 mi do orçamento discricionário anual da UFSC (o que é usado, por exemplo, para custeio), sobraram apenas 111 mi após os cortes de 35% no começo do mês. Deste valor, 24 mi vêm do PNAES, que a administração central afirma ser possível preservar – sobrando 87 mi. Destes 87 mi, a UFSC já utilizou para custear suas atividades, do começo do ano até aqui, 58 mi. Sobram apenas 29 milhões para 7 meses.
Isso inviabiliza a universidade na prática. Sofrerão milhares de estudantes de graduação e pós-graduação – impactando sua permanência e suas trajetórias acadêmicas – mas, para além destes e primeiramente, os/as trabalhadores/as terceirizados/as serão os/as primeiros a serem demitidos pelas empresas gestoras em função do não-pagamento. Além disso, toda a economia florianopolitana, especialmente nos bairros ao redor da universidade, serão afetados – para não mencionar os outros campi, que terão suas atividades atingidas.
É preciso barrar esse ataque, e isso se faz nas ruas. É preciso fazer com que o governo tenha medo do movimento estudantil, declarando em alto e bom som que não deixaremos que destruam a educação de nível superior e a ciência de ponta que se faz nas universidades públicas brasileiras. Vamos dialogar com a classe trabalhadora sobre a importância do que fazemos, abraçando também a rejeição à reforma da previdência, para exigir que a classe política faça o que é de nosso interesse, não da elite que só faz explorar nosso povo. Dia 30 será maior!