Publicado o primeiro Notícias da Educação na UFSC e no Brasil

15/01/2019 12:05

A APG-UFSC, gestão “Pra não lutar só”, elegeu como uma de suas prioridades desse ano os debates e as lutas do campo da educação. Por isso, queremos ampliar o quanto possível o conhecimento das/os pós-graduandas/os acerca do que está ocorrendo nos níveis local, estadual e federal – coisas que nos atingem diretamente, por estarmos na pós-graduação, ou indiretamente, por querermos uma educação livre e de qualidade para todos e todas!

Leia os boletins informativos aqui; leia o primeiro aqui.

8º Encontro Nacional de Pós-Graduandos – ENPG

14/01/2019 09:00

Entre os dias 6 e 10 de fevereiro, em Salvador/BA, acontecerá, juntamente a 11ª Bienal da UNE, o 8º Encontro Nacional de Pós-Graduandos. O Encontro aconteceu as primeiras vezes durante a ditadura brasileira, em que o objetivo maior era montar uma rede articulada de educação, ciência e democracia. Esses encontros gestaram a Associação Nacional de Pós-Graduandos no ano de 1986, logo após o último Encontro, em 1985, em Belo Horizonte.

A gestão “Pra não lutar só” APG-UFSC estará presente no 8º ENPG! Em tempos de cortes em educação, perseguição ao pensamento crítico e censura à liberdade acadêmica é necessário que estejamos juntos e juntas, organizados/as, articulados/as; o contato e a interação são revolucionários!

Mais informações no evento no Facebook.

Latin American Studies Association se posiciona contra o “Escola sem Partido”

12/01/2019 09:47

Na última terça-feira (08/01), a Latin American Studies Association (Associação de Estudos Latino-Americanos – LASA) se posicionou contra o projeto de “Escola sem Partido” que constrange a autonomia universitária e a liberdade acadêmica das universidades brasileiras, segundo a própria Associação.

Com uma nota intitulada “Crescente ameaças à liberdade acadêmica no Brasil”, a LASA, que conta com mais de 12 mil membros/as pesquisadores/as sobre América Latina, demonstrou “apoio vigoroso à liberdade acadêmica nas universidades e escolas brasileiras”. Além disso, a Associação reivindicou do governo brasileiro “respeito aos direitos e à autonomia da comunidade acadêmica”, instando os poderes legislativo e judiciário para se oporem às tentativas daqueles/as que defendem a Escola sem Partido de suprimirem a liberdade acadêmica e violarem a lei, visto que a liberdade de expressão é garantida por nossa Constituição de 1988.

Confira a nota completa aqui.

Lançado o documento de recomendações do I Fórum de Saúde Mental da Comunidade UFSC

10/01/2019 09:24

O I Fórum de Saúde Mental da Comunidade UFSC, que ocorreu entre 3 e 5 de outubro de 2018, foi um momento de intenso debate sobre as demandas de discentes, docentes e servidores em relação a questões de saúde mental na universidade. Nós, da gestão “Pra não lutar só”, havíamos colocado em nosso programa apoio às recomendações defendidas pelo fórum, e agora elas estão publicamente acessíveis: clique aqui para visualizar o documento.

Entre elas, damos destaque para a restauração e manutenção do Centro de Convivência da UFSC como um espaço de encontro e convívio, bem como as medidas que afetariam direta e positivamente as/os estudantes de pós-graduação:

  • Voltar a avaliar a performance de pós-graduandos em disciplinas com conceitos em vez de notas numéricas;
  • Regulamentar a validação da prática de esportes, de atividades físicas, de atividades artísticas e de participação estudantil como créditos na pós-graduação;
  • Promover um melhor acolhimento de pós-graduandos à universidade;
  • Exigir da CAPES um processo radicalmente democrático e transparente de reformulação da avaliação dos programas de pós-graduação, que está sendo realizado no segundo semestre de 2018 de forma opaca e com mínima participação docente e discente.

Com Governador Moisés, FAPESC continua na direção errada

08/01/2019 08:17

O novo governador de Santa Catarina, Carlos Moisés, recentemente empossou Fabio Holthausen, professor da Unisul, como presidente da FAPESC. Segue trecho de um de seus artigos acadêmicos:

“Uma das formas [das universidades contribuírem para o desenvolvimento social e econômico] é assumindo uma postura mais inovadora e empreendedora, seja contribuindo para o desenvolvimento de uma cultura mais inovadora e empreendedora nas regiões onde atuam, seja transferindo o conhecimento existente entre “seus muros” para o setor produtivo, para o governo e para a sociedade, seja adotando estratégias que as tornem, elas próprias, organizações inovadoras e empreendedoras.”

Isso não traz nenhuma novidade em relação ao discurso do presidente anterior, que criticamos no ano passado por defender um modelo no qual o dinheiro da FAPESC deveria servir para financiar novos empresários – com o dobro de dinheiro se eles falirem uma vez, com o triplo de dinheiro se eles falirem novamente. A preocupação da Audiência Pública era o corte de verbas para as Universidades e para as bolsas de pesquisa que afetam todas e todos os pesquisadores, mas em nenhum momento foram mencionadas as ciências humanas, sociais, artísticas, nem mesmo as ciências naturais que fazem pesquisa de base – mas exclusivamente a ciência capaz de gerar empreendimentos privados.

Só o que se quer é continuar repassando diretamente recursos públicos para agentes privados, que vão aplicá-los (às vezes em parcerias com agentes privados internacionais) em tecnologias para ampliar suas margens de lucro. O horizonte de financiamento sucessivo de projetos fracassados revela com incrível honestidade a verdadeira opinião do empresariado – e seus defensores nas instituições públicas – quanto ao suposto ideal de “meritocracia”. Para fins de comparação, um dos últimos editais de bolsas de mestrado e doutorado da FAPESC indica que “em caso de insuficiência de desempenho do bolsista” (embora sem qualquer critério que defina tal insuficiência), a bolsa poderá ser cancelada imediatamente; no entanto, se fôssemos aplicar o mesmo critério aplicado aos “empreendedores”, o pós-graduando deveria, pelo contrário, receber o dobro do valor da bolsa – quiçá o triplo!

Não há horizonte possível de financiamento público da ciência em Santa Catarina enquanto a direção da FAPESC estiver defendendo uma política de redistribuição regressiva de renda. Para impulsionar e aprimorar a ciência catarinense, é necessário debater profundamente o que se entende por ciência, qual seu papel em uma sociedade profundamente desigual, e melhorar qualitativamente a distribuição de recursos segundo essa concepção revigorada daquilo que a ciência pode fazer pelo povo catarinense. Colocar Holthausen no comando indica que continuaremos longe de satisfazer essa necessidade.

LABUFSC volta a abrir hoje!

07/01/2019 08:46

No dia 18 de dezembro de 2018 questionamos a administração do Campus Trindade da UFSC quanto ao fechamento do LABUFSC. Esse fechamento muito prejudicaria diversos estudantes, principalmente da pós-graduação, caso se prolongasse em janeiro e fevereiro.

Em resposta, Sergio Jose Sena (da Coordenadoria de Inclusão Digital – Coid) afirmou que o fechamento se deu em razão do vestibular 2019 e de atividades de manutenção (como instalação de luzes de emergência, verificação de alarmes contra incêndio, entre outros). Afirmou ainda que parte do fechamento também se devia a férias para funcionárias/os e estagiários/as.

É importante lembrar da pressão estudantil na base – em seus próprios programas – para que cada centro e/ou programa tenha também espaços de laboratŕio para uso das/os estudantes. Quanto menos espaços disponíveis, mais dependemos dos que existem; portanto, para aqueles que não possuem um laboratório de informática de fácil acesso durante todo o ano, recomendamos a mobilização do corpo estudantil para reivindicar esse espaço junto aos colegiados relevantes.

De qualquer forma, a boa notícia é que a abertura foi antecipada devido ao bom andamento dos trabalhos de manutenção, e o espaço voltará a receber quem dele necessita hoje mesmo (7 de janeiro). A APG-UFSC continuará agindo em favor dos interesses das/os pós-graduandas/os!

APG-UFSC apoia a luta contra o fechamento do campus Abelardo Luz do Instituto Federal Catarinense

22/12/2018 15:00

Compartilhamos e apoiamos, enquanto entidade, a nota do Sinasefe Seção Sindical IFSC que denuncia a tentativa de fechamento do campus Abelardo Luz do Instituto Federal Catarinense (IFC) pelo Ministério Público Federal de Santa Catarina (MPF-SC). Também defendemos a educação pública e gratuita, que atenda aos setores marginalizados, por isso revindicamos, juntamente ao Sinasefe, a manutenção do campus de Abelardo Luz-SC em área de assentamento!

Reproduzimos a nota a seguir:

Institutos Federais sob risco: querem fechar o campus Abelardo Luz-SC!

No apagar das luzes do Judiciário Nacional um novo ataque é feito aos Institutos Federais (IFs). Além de todos os elementos de risco à continuidade da Rede Federal já presentes na agenda do governo, o MPF-SC apresentou uma Ação Civil Pública com uma série de solicitações ao IFC, à União e à Prefeitura Municipal de Abelardo Luz-SC. O principal problema é o pedido de fechamento do campus que se encontra dentro de uma área de assentamento com famílias do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).

No ano de 2017, uma ação da Polícia Federal apreendeu os celulares e computadores dos gestores do campus, sob acusação de ingerência do MST na autarquia. A ação da Justiça e da política caracterizam amplamente a perseguição em relação à implementação de políticas públicas vinculadas aos interesses dos trabalhadores rurais e indígenas. A história do campus Abelardo Luz-SC é vinculada fortemente às reivindicações populares, o que causou uma reação dos setores sociais privilegiados da região. Tal perspectiva reacionária fica evidente na nova Ação Civil Pública, na qual o MPF-SC pede o fechamento do campus na área de assentamento. Argumenta que existe uma precariedade no acesso ao IFC para os moradores da cidade, mas em momento nenhum fala sobre a precariedade do acesso dos trabalhadores rurais aos equipamentos públicos na cidade.

No caso do campus Abelardo Luz-SC fica clara a intenção de fechamento de escolas que não sejam prioridade para as elites locais, ou seja, aquelas que possam atender populações historicamente excluídas serão fechadas. Essa é a atual concepção de educação defendida pelas classes dominantes.

Some-se a isso os assassinatos de militantes camponeses no nordeste do Brasil e as perseguições e torturas cotidianas que os pobres sentem na pele, e teremos o desenho dos tempos sombrios que vivemos.

Por fim, entidades, lideranças, organizações que defendem a educação pública e gratuita, com amplo atendimento aos setores marginalizados, defendem a manutenção do campus de Abelardo Luz-SC em área de assentamento. Tirá-lo de lá é um atentado aos direitos dos povos do campo e indígenas.

Apoio das entidades

Pedimos que as entidades classistas, populares e estudantis se somem solidariamente à luta em defesa do campus Abelardo Luz-SC do IFC e subscrevam esta Nota, enviando a mesma ao e-mail dn@sinasefe.org.br.

O sindicato produziu também um vídeo em que a situação é melhor explicada.

#EducaçãoNãoéMercadoria #APGUFSC

O Restaurante Universitário (RU) do CCA não dá conta de nosso direito à alimentação!

18/12/2018 02:27
Foi confirmado pela reitoria, na segunda-feira dia 10/12, que o RU Trindade fechará a partir do dia 21/12 e retornará as atividades dia 18/02 de 2019. Durante esse período, o restaurante do CCA ficará aberto para todos os alunos e as alunas da UFSC, com ônibus saindo do campus Trindade, do Centro de Cultura e Eventos, todos os dias entre 10h30min e 12h30min, e para o jantar entre 16h30min e 18h30min.
A abertura do RU do CCA e o fornecimento de ônibus nesse período em que o RU Trindade estará fechado não merecem comemoração! Novamente a reitoria opta por fechar o Restaurante Universitário por um longo período de tempo, sem justificativa plausível, submetendo estudantes a um grande transtorno para poder se alimentar.
Muitos/as estudantes de pós-graduação precisam estar na universidade durante o verão, finalizando disciplinas, com experimentos laboratoriais e pesquisas em andamento que não cessam no período de dezembro a março. Com base na experiência do último ano (2017 para 2018), tanto o restaurante do CCA quanto os ônibus são incapazes de atender essa demanda estudantil. Além disso, essa situação cria o transtorno do tempo entre espera de ônibus, trajeto, fila do almoço, espera pelo ônibus e trajeto novamente. O que pode passar, muitas vezes, de 2 horas, geralmente sob forte sol e calor. Ano passado, chegamos ao ponto de esperar três trajetos de ida e volta do ônibus até conseguir lugar nele para voltar ao Campus Trindade.
Necessitamos do Restaurante Universitário para nos alimentarmos por um preço que possamos pagar! As bolsas de pós-graduação estão, em 2019, no sexto ano consecutivo sem aumento. O valor dessas bolsas é insuficiente para garantir almoço e janta todos os dias comprando comida no supermercado, mais caro ainda torna-se almoçar e jantar nos restaurantes na região universitária, onde passamos nosso dia quando em pesquisa durante o verão. Ademais, essas bolsas nos sustentam para além da alimentação, com elas nos mantemos em uma capital brasileira cujo custo de vida é alto, tudo isso com dedicação integral à pesquisa! Por isso, entendemos como uma extrema falta de respeito nos submeter a esse transtorno!
Por esse desrespeito, resgatamos a história do Restaurante Universitário para aqueles e aquelas que estão aqui há pouco tempo. Embora a manutenção do RU seja imprescindível – inclusive para evitar acidentes com trabalhadores e trabalhadoras – o fechamento para viabilizá-lo sempre foi mais curto e razoável. Até poucos anos atrás, o RU Trindade costumava ficar aberto durante a maior parte das férias! Além disso, há toda a ala antiga do Restaurante, que está sub-utilizada há anos. Por que o RU está sendo fechado por tanto tempo? Por que a ala antiga do RU não foi e não está sendo recuperada? Por que não estão sendo oferecidas alternativas ao fechamento completo, tais como o atendimento no RU Trindade com metades alternadas da capacidade? Além disso, por que não estender os horários de atendimento do restaurante do CCA ou fornecer mais ônibus?
Essas questões refletem um problema maior: o da terceirização, que atinge parcelas cada vez maiores do conjunto de trabalhadores e trabalhadoras que faz o Restaurante funcionar. As informações sobre o funcionamento e o diálogo a respeito do RU se tornam cada vez mais difíceis entre estudantes e a Reitoria, que depende de uma empresa externa (Orbenk) para dar respostas, sob a qual não temos poder de cobrança ou negociação. Com isso, perde a comunidade universitária e perdem também as trabalhadoras e os trabalhadores, expostos a um regime de trabalho sabidamente precário e super-explorado.
Respeitar nossa alimentação é nos respeitar enquanto estudantes, enquanto pesquisadores e pesquisadoras brasileiros/as!
 
RESPEITEM NOSSA ALIMENTAÇÃO!

APG-UFSC e estudantes do PPGECT/UFSC em defesa das ações afirmativas na pós!

11/12/2018 20:21
Após um processo de mobilização dentro da comunidade do Programa de Pós-Graduação em Educação Científica e Tecnológica (PPGECT/UFSC), que envolveu estudantes e professores do programa, foi construída uma resolução de distribuição de bolsas que contemplasse estudantes cotistas e uma comissão repensou o edital de seleção para incluir as ações afirmativas para pessoas negras, indígenas, quilombolas, trans e com deficiência.
No entanto, na reunião de Colegiado Pleno realizada em novembro, alguns professores trouxeram inúmeros obstáculos a essa decisão ou mesmo falas racistas contrárias às medidas, de forma que a discussão se estendeu e não houve quórum para a deliberação. Dessa forma, o edital para seleção no Doutorado lançado nessa semana não contemplou as ações afirmativas, mas o tema será novamente discutido no ano que vem e as/os estudantes do programa estão se mobilizando para apoiar essa medida.
Nós, da APG, nos solidarizamos e somamos força à reivindicação estudantil e de alguns professores do programa pela adesão às ações afirmativas, uma medida fundamental para avançar na democratização da Universidade e também para combater opressões que são históricas e estruturais em nossa sociedade!
Nas fotos, intervenções colocadas nos muros do CFM e do CED retratando os posicionamentos racistas de alguns dos professores do PPGECT na reunião de Colegiado.
Leia abaixo a nota lida por estudantes do programa no Colegiado Delegado da última sexta-feira:
NOTA DE REPÚDIO
As alunas e alunos do Programa de Pós-Graduação em Educação Científica e Tecnológica da Universidade Federal de Santa Catarina (PPGECT/UFSC), em assembleia no dia 05 de dezembro de 2018, deliberaram a emissão de uma nota de repúdio diante de algumas declarações proferidas na 29ª reunião extraordinária do Colegiado Pleno, ocorrida no dia 30 de novembro de 2018, durante as discussões para apreciação e homologação do parecer da Comissão para analisar e propor alterações nos processos seletivos para ingresso no PPGECT/UFSC. Tais declarações ratificam o racismo institucional mantido e reproduzido, também, pelas Universidades.
Nós, enquanto alunas e alunos, reforçamos ainda, a indignação perante o baixo quórum de professoras e professores na reunião, o que impediu a votação e a incorporação das cotas no edital de seleção para ingresso na turma de doutorado 2019. Assim sendo, o PPGECT ainda constitui o quadro de 93% dos Programas de Pós-Graduação da UFSC que não incorporaram políticas de ações afirmativas no ingresso de seus/suas estudantes, em discordância da Portaria Normativa Nº 13, de 11 de maio de 2016, que dispõe sobre a indução de Ações Afirmativas na Pós-Graduação e dá outras providências.
Discentes do PPGECT / 07 de dezembro de 2018