Relato Reunião da Camara da Pós-Graduação

03/09/2012 07:37

No último dia 30 ocorreu a reunião da Câmara de Pós-Graduação. Estivemos presentes representando a pós: Robson, Danuza, Marisa e eu (Tiago). Dos pontos de pauta previstos na convocação, quero chamar a atenção primeiramente para o de número 7, “Diretrizes de Bolsas de Estágio de Estudantes de Pós-Graduação”, trazendo a discussão como foi posta (tentarei ser o mais fiel possível, mas caso haja alguma correção a ser feita, peço aos colegas que estiveram comigo que as façam).

Na Resolução 05/CUn/2007, art. 17, inciso XV, consta, dentre as atribuições do Coordenador do Programa de Pós-Graduação: “assinar os termos de compromisso firmados entre o aluno e a parte cedente

de estágios não obrigatórios, desde que previstos no projeto pedagógico do curso, nos termos da Lei n.º 11.788, de 25 de setembro de 2008.” O Prof. Juarez, Pró-Reitor Adjunto da Pós, esteve pesquisando sobre que estágios seriam esses. A princípio, que a inclusão deste dispositivo na resolução se deu em função do regulamento das fundações vigente à época, que as impedia de fornecer bolsas de pesquisa para o fomento de determinadas pesquisas, então, as fundações entravam como entidade cedente do estágio, em convênio celebrado com o programa e o estudante, como é de praxe dos demais estágios. Mas o regulamento das fundações mudou, caindo aquele impedimento das bolsas, e, além do mais, a operacionalização dos estágios na UFSC, que hoje passam todos pelo SIARE, e este, por sua vez, trabalha apenas com estágios de graduação.

Juarez verificou que apenas três programas (os quais acabei não anotando na hora) possuem disciplina de estágio não-obrigatório nos seus currículos. Estes programas fazem uso corrente destes estágios, ligados diretamente ao desenvolvimento das pesquisas e disciplinas a elas vinculadas, e celebrados diretamente com fundações da UFSC (as quais também não consegui precisar na hora quais são). A esta altura, Juarez lançou a indagação: como ficaria a questão do acúmulo de bolsas? A Resolução 76/CAPES/2010, no artigo 9º, inciso XI, define quais as exceções admitidas para o acúmulo, nas quais já não se enquadrariam estas bolsas. Ele também levantou a suspeita de que o mecanismo do estágio curricular não-obrigatório da pós esteja servindo para o pagamento dos pós-graduandos que prestam atividades e cursos extracurriculares e de extensão da UFSC, como os cursos de idiomas das Letras, por exemplo.

Juarez e Joana (pró-reitora) enfatizaram que a CGU está apertando cada vez mais o cerco na prestação de contas da UFSC, e como pró-reitores, estão preocupados com esta questão. Na discussão que se seguiu, os Coordenadores trouxeram à tona exemplos de situações como estas que parecem caracterizar um acúmulo de bolsas em alguns programas. Em geral, todos demonstraram um interesse de averiguar o que se passa sobre a questão, principalmente acerca das fundações, para não haver qualquer atividade irregular. Por esta razão, montou-se uma Comissão para apurar os fatos e trazer um estudo à Câmara de Pós. Para esta Comissão, indicamos pela APG a Danuza, com o apoio da Marisa. Esta será uma grande oportunidade para nos aprofundarmos sobre o que se passa em relação às fundações, pois há inclusive um apoio institucional da pró-reitoria e da Câmara para a averiguação.

O ponto 8 da convocação foi retirado da pauta.

Outro assunto interessante debatido foram as disciplinas de Tópicos Especiais nos currículos dos programas. A Pró-reitoria recomenda que os currículos prevejam-na, pois é um mecanismo de atualização, dinamização e flexibilização dos currículos sem que seja preciso uma alteração curricular que enfrente toda a burocracia de um processo tramitado e julgado na Câmara. Mas os programas vêm encontrando problemas na operacionalização com o CAPG. Então a Pró-Reitoria tratará de estabelecer uma diretriz de operacionalização da disciplina, que será enviada aos programas quando estiver pronta.

Também se discutiu bastante o credenciamento, uma questão bastante complexa pelo detalhamento burocrático, mas importante, pois é o processo pelo qual os programas definem seu quadro docente. Não entrarei aqui nos detalhes do que foi discutido, mas penso que o essencial seja sinalizar que alguns programas ainda estão providenciando o credenciamento do triênio que se encerra em dezembro, ao passo que o prazo para os programas providenciarem os credenciamentos para o próximo triênio (2013-2015) vai até fevereiro de 2013. Durante este período a Pró-Reitoria, junto aos programas, estará realizando a Avaliação Trienal da CAPES. Então, recomendo todos a ficarem atentos, e a conferirem junto a seus programas como está o andamento destas atividades. A Pró-Reitora também alertou que muitos programas estão com os cadastros discentes desatualizados, e/ou não disponibilizam em suas páginas informações completas sobre seus credenciamentos. A primeira medida vale para garantir a operacionalização regular de todos os procedimentos dos programas e da pró-reitoria em relação aos estudantes, enquanto a segunda é essencial para conferir visibilidade aos programas, no sentido da procura pelas seleções de ingresso, ou pelo estabelecimento de parcerias entre os programas etc. Seria interessante, pois, que verifiquem este elemento também.

Convocatória e Ata do Conselho Universitário

27/08/2012 10:46

Dia 29 de Agosto será realizado mais uma sessão do Conselho Universitário, onde será levantado mais uma vez pelos nossos representantes a questão da permanência para os Pós-Graduandos. Na manhã de terça-feira será debatido com a PROPG entre outros assuntos a questão de como se dará a alimentação dos pós-graduandos até que se inicie o restaurante universitário.

Convocatoria CUn 29/08

Ata CUn dia 07 de agosto de 2012

Boletim APG N.1 – As greves nas IFES, adiamento do semestre e isonomia nas bolsas

17/08/2012 17:28

Boletim APG

Boletim da Associação dos Pós-Graduandos da UFSC – APG/UFSC – Nº 1

Debate decorrente da assembleia dos pós-graduandos do dia 10 de agosto de 2012

Universidade em debate: quando a crise expõe as debilidades na produção de conhecimento

A situação da universidade brasileira é consequência de uma política manipulatória. A universidade, que já enfrentava crises estruturais, hoje se depara com um cenário ainda mais crítico. Desde a aprovação forçada do REUNI em 2007, a expansão do ensino superior federal caminha para uma real desestruturação (e não reestruturação) acadêmica. Isso é resultado da diminuição dos recursos devido à expansão de vagas realizada nas IFES e do estreitamento da relação capital-conhecimento científico proporcionado por tal reestruturação. Concretamente, os direitos estudantis, a contratação de professores e técnicos, a infraestrutura de salas e laboratórios e os demais recursos de auxílio à participação em eventos foram sensivelmente reduzidos na totalidade das IFES do Brasil, em comparação relativa à quantidade de alunos que havia antes.

A greve de professores e técnicos é apenas uma das expressões desse descontentamento. O arrocho salarial verificado nos últimos 20 anos e a desestruturação no plano de carreiras cada vez mais pioram a situação dos trabalhadores. Além disso, o impulso inicial deste que é o maior movimento de greve dos últimos 10 anos se deu nas universidades e cursos mais novos, notáveis pela precarização de suas estruturas e por serem consideradas pelo governo como “centros de ensino”. Ou seja, esta é uma greve que reivindica melhor remuneração, direito a progressão, melhores condições de trabalho e de saúde no trabalho, já que é notável a intensificação e o produtivismo a que esses trabalhadores são submetidos.

Por tudo isso, esta é uma greve gigantesca, que mobiliza mais de 90% dos professores e técnicos no Brasil (57 das 59 IFES ainda estão em greve dos professores). Diante desse quadro, o governo, que se comprometeu com um acordo em 2011 na reestruturação da carreira e não o cumpriu, após a deflagração da greve levou mais de um mês para negociar com os professores, e dois meses com os técnicos. O pior: ofereceu aumentos percentuais diferenciados para as categorias, divididos em três anos(em que a última parcela seria paga pelo governo federal que estiver em 2015). Também conseguiu piorar o plano de carreira. Além disso, depois da não negociação com os professores e técnicos, o governo criminaliza e reprime o direito constitucional de greve desses trabalhadores. Torna-se evidente que a educação não é prioridade para este governo.

Na UFSC, a cada semana vemos mais adesões à greve dos técnicos, e a dos professores se torna cada vez mais forte. Como ficou evidente na última assembleia da seção sindical do ANDES, a categoria começa a se levantar diante de condições cada vez mais precárias e exigir seus direitos. Mesmo burocratizando os processos decisórios dos professores, as votações em urna para entrada e permanência na greve demonstram que há um descontentamento muito elevado mesmo em uma universidade como a UFSC, considerada por alguns um “centro de excelência” (essa diferenciação também é consequência do REUNI).

Este é o momento em que todos devem se perguntar: para que e para quem serve o conhecimento? Qual a porcentagem de conhecimento científico produzido na UFSC, e nas IFES em geral, está favorecendo somente interesses privados? Quanto desse conhecimento se orienta à resolução dos problemas sociais e é destinado aos setores populares e movimentos sociais? Qual a dimensão dos problemas relacionados às condições de trabalho dos técnicos e professores? Para nós, pós-graduandos, esse ambiente social representa o que nos constituirá como trabalhadores nas diversas áreas do conhecimento, e, sejamos futuros docentes ou profissionais específicos, não podemos deixar de nos preocupar e aprofundar criticamente a situação.

Condições para o adiamento do Semestre 2012/2

A reunião do Conselho Universitário do dia 7 de Agosto decidiu pelo adiamento do início do semestre letivo de 2012/2 para todos os cursos de pós-graduação. A APG declarou-se favorável a tal decisão, por motivos que vão desde a necessidade da eliminação da falsa dicotomia entre graduação e pós-graduação, que se baseia em uma concepção distorcida da distribuição das atividades de ensino, pesquisa e extensão dentro da Universidade, até a visão idílica e desatualizada de que a realidade sócio- econômica dos pós-graduandos difere da realidade dos alunos de graduação.

Mais da metade dos estudantes de pós-graduação não conta com bolsa, e tem que conciliar suas atividades de pós-graduação com algum trabalho a fim de sobreviver e permanecer na universidade. A situação dos bolsistas, embora um pouco melhor, não está sequer próxima do ideal. O valor das bolsas está defasado e se mostra insuficiente para garantir as necessidades básicas dos estudantes que dependem dela para sobreviver. Por tudo isso, a permanência de um percentual cada vez maior de estudantes de pós-graduação depende da pouca estrutura de direitos estudantis da Universidade, como biblioteca, auxílios financeiros para participação em eventos acadêmicos, e restaurante universitário.

Todos esses fatores prejudicam profundamente o desenvolvimento da pesquisa científica e a permanência dos estudantes na universidade. Com isso, várias atividades relacionadas a projetos de pesquisa, disciplinas cursadas, formação de bancas de qualificação e defesa, entre outras, são fortemente prejudicadas.

Esclarecemos que, ao contrário do que vem sendo afirmado em alguns lugares, as bolsas de mestrado e doutorado não podem ser afetadas por modificações no calendário dos cursos de pós-graduação acarretadas pela greve. Isso porque com o respeito ao “calendário de exceção” são mantidos os requisitos necessários à manutenção das bolsas. Os prazos inalteráveis até o momento são os de relatórios e defesas. Esse quadro pode ser modificado com a greve da CAPES e a possível adesão do CNPq, ou com a negociação do ANDES e ANDIFES com as agências. Ressaltamos também que os impactos da alteração no calendário dos cursos na avaliação dos mesmos pela CAPES são inferiores a 5%. Esse percentual é ínfimo diante do prejuízo à permanência estudantil e ao desenvolvimento com qualidade das atividades de ensino, pesquisa e extensão se fosse mantida a assincronia dos calendários e a regularidade de nosso semestre sem a estrutura necessária a ele.

O adiamento do semestre da pós-graduação não é apenas um ato de solidariedade com as greves do ensino público federal. As pautas de estudantes de graduação e pós-graduação, servidores e professores se intercomunicam, constituindo uma luta legítima, legal e politicamente, sendo o atendimento do conjunto de tais demandas essencial para a construção de uma universidade pública, gratuita, laica, de qualidade e a serviço dos interesses da maioria do povo brasileiro nos âmbitos inseparáveis do ensino, da pesquisa e da extensão.

Por fim, sublinhamos que o adiamento do início do semestre para a pós-graduação, constatada a necessidade do acesso a direitos como biblioteca e restaurante universitário, sendo momento crucial para a defesa da criação de uma política ampla de assistência estudantil que contemple os pós-graduandos. Inclusive é momento de revertermos a falácia de que esses estudantes não precisam de RU, e nem de bibliotecas (argumento recorrente entre “renomados intelectuais”). Dessa situação temos de partir para outros em que conquistemos, de fato, nossos direitos.

A luta pelo reajuste e isonomia das bolsas continua!

A reivindicação dos pós-graduandos por um reajuste que reparasse os índices inflacionários de todos os quatro anos sem a correção era de 40%, e o governo cedeu com uma medida paliativa de 10% para 2012 e um “possível” aumento em janeiro de 2013. Inicialmente, o governo silenciou-se e tratou de maneira paralela o módico reajuste das bolsas CAPES/REUNI de agosto. Mais tarde, após a pressão dos estudantes de pós-graduação e suas associações pela isonomia das bolsas, o reajuste das bolsas CAPES/REUNI foi oficializado e equiparado ao dado às bolsas CAPES e CNPq.

Apesar do projeto REUNI acabar neste ano de 2012, já existe a intenção de implantar-se uma segunda etapa do REUNI. Diante de um cenário incerto por parte do governo, defendemos o aumento do número de bolsas, de maneira que elas atendam à demanda dos programas.

Nossa principal reivindicação é que haja isonomia entre as bolsas voltadas ao desenvolvimento de pesquisas. A atuação dos estudantes que recebem bolsas de pós-graduação não deve ser voltada para a realização de atividades decorrentes da falta de contratação de docentes e técnico-administrativos. Queremos que as bolsas que já temos sejam mantidas, e que novas bolsas sejam criadas para atender à demanda cada vez maior. Entretanto, não aos moldes das “condicionalidades” do REUNI. Por isso, é urgente que nós, pós-graduandos, discutamos os impactos desse projeto durante os anos de sua vigência.

De acordo com o comunicado do governo, o próximo reajuste foi prometido para janeiro do ano de 2013. Desde já devemos intensificar a campanha e a mobilização para lutar pelos 40% de reajuste nas bolsas de pós-graduação, principalmente porque percebemos que não é uma qualidade notável desse governo cumprir promessas e acordos.

Pós-graduando, venha participar de sua associação! Visite nosso blog e conheça a pauta de reivindicações. e-mail: apgufsc@gmail.com

Capes em Greve

16/08/2012 09:11

Os servidores da Fundação CAPES em greve informam:

  • Não haverá suspensão do pagamento de bolsas de estudo, mas poderá haver atraso no pagamento de bolsas, na implementação de novas bolsas e no repasse de recursos a projetos;
  • As atividades de atendimento ao público (bolsistas, pesquisadores, instituições) poderão ser afetadas pela greve;
  • A publicação de novos editais poderá ser atrasada pela greve;
  • A prioridade dos servidores, após o encerramento da greve, será o pagamento de possíveis bolsas atrasadas e a implementação de novas bolsas.
Os servidores da CAPES reforçam que a Carreira de Ciência e Tecnologia foi uma das últimas a entrar em greve por acreditar na possibilidade de uma negociação justa com o governo. Infelizmente, nenhuma negociação aconteceu e nos vimos obrigados a entrar em greve. Esperamos que a mobilização da Carreira de C&T tenha sucesso e que os servidores retornem às suas atividades e não haja prejuízos para sociedade.

Pedimos o apoio de bolsistas e pesquisadores ao movimento de greve da Capes e da Carreira de C&T para que continuemos o trabalho essencial que desempenhamos na melhoria da edução, da ciência e tecnologia do país.

Aula das Pós-Graduações estão Suspensas!

07/08/2012 15:31

Em sessão extraordinária realizada na manhã desta terça-feira, dia 7, o Conselho Universitário da UFSC decidiu manter a suspensão do início das atividades acadêmicas do segundo semestre de 2012 nas áreas da graduação, pós-graduação e ensino básico (Colégio de Aplicação e Núcleo de Desenvolvimento Infantil) até quando durar a greve dos docentes e servidores técnico-administrativos da instituição. A próxima sessão ordinária será no dia 28 de agosto, mas o Conselho pode ser convocado a qualquer momento caso surjam novidades em relação a propostas do governo federal aos grevistas e a uma eventual decisão de encerrar o movimento.

Fonte

Relato da Reunião do dia 9 de Julho

18/07/2012 10:45

Durante a reunião organizada pela Associação dos Pós-Graduandos da UFSC, realizada no dia 9 de Julho no hall da Reitoria, os bolsistas de pós-graduação da modalidade REUNI, estudantes solidários a estes, e a APG debateram a possibilidade de não reajuste da bolsa REUNI. Após conversar sobre o reajuste e sobre o cotidiano da bolsa – muito mais onerosa para o bolsista que as demais – e suas irregularidades; bem como da manifestação da PROPG (que informou que ainda aguarda esclarecimentos do Governo Federal), foram tomadas as seguintes decisões:

– Utilização do manifesto para a elaboração de uma Petição Pública

– Os representantes discentes na Câmara de Pós-Graduação e no Conselho Universitário levarão essa pauta para as instâncias citadas. O conjunto dos estudantes foi convidado para fazer uma espécie de vigília durante essas reuniões, que acontecerão nos dias 24 de Julho (Conselho Universitário) e 26 de Julho (Câmara de Pós-Graduação), às 9 horas na Sala dos Conselhos (Reitoria).

Nota dos estudantes do PPGE

05/07/2012 22:18

Segue abaixo nota dos estudantes do PPGE sobre a greve nas IFES

“Após reuniões realizadas pelos alunos da pós-graduação em Educação da UFSC foi construída por este coletivo uma carta de apoio à greve dos docentes e dos servidores técnico-administrativos, na qual também solicitávamos esclarecimentos e posicionamento dos professores do programa sobre a greve. abaixo segue a mesma, na íntegra.

Aos professores, técnico-administrativos e Colegiado do PPGE-UFSC

Nós, estudantes da Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal de Santa Catarina, após discutirmos a situação da greve nacional nas Universidades Federais, em reuniões realizadas nos dias 20 e 27 de junho do corrente ano, compreendemos ser importante nosso apoio e inserção nesta mobilização nacional.
Nesse sentido, escrevemos esta carta aos professores, técnico-administrativos e ao Colegiado do PPGE/UFSC com a intenção de expormos nossos questionamentos, bem como, solicitar esclarecimentos sobre os encaminhamentos que estão sendo realizados por este corpo docente e pelos servidores técnico-administrativos.
Há mais de um mês os professores das Universidades Federais deflagraram greve. Atualmente, 56 das 59 instituições de ensino superior aderiram ao movimento. Estão em greve também os professores de 37 Institutos e Centros Federais de Educação. Dia 11 de junho os servidores técnico-administrativos pararam suas atividades. Desta forma, temos um forte movimento de greve dos docentes e técnico-administrativos em nível nacional. Há ainda greve de estudantes em várias instituições federais, inclusive de pós-graduação. Sentimos que este é o momento de nos juntarmos aos estudantes de várias instituições federais espalhadas pelo país para juntos, em greve, fortalecermos a luta em prol de mudanças substantivas no quadro da educação superior brasileira. Dentre do exposto, verificamos que a conjuntura nacional de mobilização aponta para um momento ímpar de unificação de forças em defesa da Universidade Pública.
Na UFSC, os professores vinculados à seção sindical do ANDES-SN decretaram greve no dia 22 de junho e os servidores técnico-administrativos também se colocaram em greve no mesmo mês. No entanto, visualizamos pouca adesão a ela, em particular, entre os professores do PPGE, os quais historicamente se inseriam nas lutas pela defesa da educação pública. Muitos alegam a necessidade da finalização do semestre para então fazer parte do movimento, entretanto, nos questionamos quanto às conquistas que alcançaremos através de uma greve realizada no período do recesso escolar.
Neste período histórico, vivemos um aprofundamento de políticas privatistas, expressas nas condições materiais existentes nas Universidades hoje, tais como: congelamento e o rebaixamento dos salários dos professores e técnicos, insuficientes e limitados planos de carreira, sobrecarga de trabalho (devido, sobretudo à realização de poucos concursos públicos para contratação de professores e técnicos e às exigências de
produtividade das agências de fomento à pesquisa); falta de professores e técnico-administrativos (supostamente “solucionada” com o fornecimento de bolsas de trabalho de valor constrangedor aos alunos de graduação e bolsas REUNI aos estudantes de pós-graduação); estímulo ao aumento da competitividade na produção de ciência e tecnologia (privilegiando a quantidade em detrimento da qualidade, já entre os próprios estudantes de graduação); adoecimento e agravamento das condições de saúde de toda a comunidade acadêmica; cobrança de diversas taxas; sucateamento da estrutura física; ranqueamento das universidades; sistema de avaliação da CAPES sobre os Programas de Pós-Graduação (privilegiando os mais “quantitativos” e, portanto, “adaptados” à lógica mercantil de produtividade); financiamentos vinculados a todo tipo de desempenho (ex.: a política do REUNI); estímulo ao desenvolvimento das fundações de apoio privado à pesquisa e de certa “autonomia financeira” dos Centros de Ensino (que contam com orçamentos vergonhosos e discrepantes para a realização de suas atividades, determinados, sobretudo pela lógica de contribuição à economia capitalista); existência de uma política governamental de incentivo ao aumento de pós-graduandos formados sem, contudo, oferecer condições adequadas para tal formação ampliada; inexistência de apoio adequado à participação dos estudantes de graduação e pós-graduação em eventos de sua área; restrito número de bolsas de pesquisa na graduação e pós-graduação e de valores extremamente deficitários; entre outros aspectos.
Embora os últimos governos tenham ampliado o número de vagas nas Universidades Públicas, via REUNI, os aspectos acima elencados evidenciam que eles não se preocuparam e não se preocupam em fornecer condições materiais adequadas para a concretização de uma Universidade Pública de Qualidade. Este quadro de abandono ainda explicita que a universalização da Universidade Pública não consta no projeto estatal e governamental, e mostra, de fato, a opção das autoridades políticas pelo estímulo à privatização/mercantilização do Ensino Superior. A terceirização de vários setores dos serviços das Universidades e o Plano Nacional de Pós-Graduação 2011-2020 também coadunam com a lógica privatista imposta às Universidades Públicas brasileiras. Diante do quadro de precariedade das Universidades Públicas apontado e, por outro lado, da conjuntura favorável de luta pela mudança do mesmo gostaríamos de abrir o diálogo com os professores e técnicos do PPGE, no sentido de apoiar os que já aderiram à greve e cobrar do Colegiado do Programa posicionamentos frente ao movimento de greve. A adesão a esta importante luta, de dimensões há muito não vistas,
coloca-nos a necessidade de pensar o modo como ela será efetivada em nível local. Desta maneira, também exigimos um posicionamento dos mesmos sobre o fechamento deste semestre, o início do próximo e a realização ou não das matrículas de todos os estudantes. Nesse sentido, solicitamos:
1) Posicionamento do Colegiado do Programa de Pós-Graduação em Educação da UFSC sobre a greve; 2) Caso a greve se estenda até o início de agosto, não iniciarmos as aulas do segundo semestre letivo; 3) Participação nas mobilizações do movimento grevista da UFSC e nacional, e a proposição de atividades coletivas de greve; 4) Esclarecimentos sobre a realização das eleições para a coordenação do PPGE no período de greve; 5) Participação na reunião geral da comunidade do CED, chamada pelos técnico-administrativos, que acontecerá dia 9 de julho de 2012, às 14 horas no auditório do CED.

Florianópolis, 02 de julho de 2012.
Saudações Estudantis,
Estudantes do PPGE.”

Suspensão do Semestre Letivo de 2012.1

29/06/2012 13:50

Hoje em reunião no CUn que teve seu inicio as 8:30 da manhã e termino às 13:00 da tarde, decidiu-se por 62,5% dos votos a permanência do semestre letivo de 2012.1!

Cabe salientar que, apesar das condições de permanência para todos os estudantes da UFSC (graduação e pós-graduação) estar comprometida devido a ausencia de RU, BU, NDI e demais serviços adminitrativos, se optou pela continuidade.

No entanto todas as falas foram ao encontro do adiamento do semestre letivo que virá, se abstendo de deflagrar a luta pela universidade publica e gratuita agora, e se postergando uma luta que deveria ser encarada como urgente e decisiva para o futuro do país.

A decisão de não suspensão do semestre letivo encontrou apoio nos setores mais conservadores da UFSC, já que para estes, a universidade é apenas um meio para se chegar aonde eles querem estar no futuro, ou seja, em uma empresa, ou no pior dos casos, rico pois usou a universidade e seus recursos humanos para fins pessoais.

A mesma também não gera surpresa já que, apesar de os estudantes serem a ampla maioria das pessoas que fazem parte da comunidade universitária, apenas possuem 5 vagas no CUn, e os estudantes da pós-graduação apenas 1 vaga, mesmo estes sendo 1/3 da classe estudantil da UFSC. Por isso em vista dessa decisão e dos próximos embates que virão, é necessário a ampliação da representação estudantil e de servidores na instancia chamada conselho universitário, para que a proporção de votos seja no minimo paritária!

Democracia e Transparência na UFFS Ameaçada

29/06/2012 07:50

No ano de implementação do estatuto da Universidade Federal da Fronteira Sul – UFFS, a comunidade universitária aprovou no estatuto a proibição das Fundações dentro da Universidade, compreendendo que as fundações servem como agente de privatização da produção de conhecimento, pesquisa e extensão.

O estatuto naquele momento foi aprovada com um artigo que colocava essa proibição, no entanto, o estatuto foi alterado pelo reitor. Justamente o artigo em que dizia que as fundações não entrariam na universidade foi alterado, retirado do estatuto à revelia da comunidade universitária.

Dentro deste contexto hoje, o CUn da UFSC irá por em votação o seguinte ponto em pauta:

3. Processo n.º 23080.014428/2012-34

Requerente: Universidade Federal da Fronteira Sul e Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Santa Catarina.

Assunto: Apreciação e aprovação de prestação de serviços pela Fundação de Amparo à Pesquisa e Extensão Universitário (FAPEU).

Relator: Conselheiro Wellington Longuini Repette

Sobre esse processo cabe uma leitura e reflexão do texto qual é o nosso projeto de universidade!

A APG através do próximo APG em Debate pretende por em discussão o papel das Fundações e das empresas privadas na universidades publicas brasileiras.

Assembleia geral dos estudantes

27/06/2012 08:07

No dia 26/06/2012 foi realizado a assembleia geral dos estudantes promovida pelo DCE que contou com uma ampla participação dos estudantes de graduação. Conforme a relatoria da assembleia se decidiu que:

– As cartas dos Centros Acadêmicos tiradas nas assembleias de cada curso,foram aprovadas por consenso e estão anexadas à carta de reivindicações que será entregue à Reitoria;

– Pontos de reivindicação da carta à assembléia, elaborada no CEB e Assembleia do campus de Araranguá, foram aprovados com quatro alterações;

1.       10% do PIB para educação pública;
2.       EBSERH: contra a sua implementação e mais recursos para a saúde pública;
3.       1,5 bilhão para assistência estudantil;
4.       Reforma Convivência: prazo final 2012.2 e que o espaço seja de total gestão estudantil;

– Ocupação do CUn de sexta feira, exigindo o congelamento do semestre, caso seja aprovado, fazer paralisação geral estudantil na segunda feira. Caso não haja aprovação, tirar indicativo de greve geral dos estudantes para o próximo semestre e fazer greve imediata nos cursos onde há mobilização. Compondo a partir da deflagração da paralisação tiraremos representantes para compor o comando nacional de greve estudantil;

– Exigir que as marmitas sejam servidas no campus central;

– Construir fóruns de debate sobre as Fundações do CTC;

– Lutar por moradia estudantil familiar, para estudantes que têm filhos;

– Fazer núcleo de estudos para melhorar a formação do estudante;

– Lutar por matérias da área de humanas nos cursos do CTC;

-Fazer um plebiscito sobre a EBSERH na Universidade e defender que a Empresa não seja votada no período de férias;

Relatoria completa

A Associação dos Pós-Graduandos apoia todas as decisões que são tomadas em ambito democratico e plural, como as estabelecidas nesta Assembleia Estudantil!