APG-UFSC apoia a luta contra o fechamento do campus Abelardo Luz do Instituto Federal Catarinense

22/12/2018 15:00

Compartilhamos e apoiamos, enquanto entidade, a nota do Sinasefe Seção Sindical IFSC que denuncia a tentativa de fechamento do campus Abelardo Luz do Instituto Federal Catarinense (IFC) pelo Ministério Público Federal de Santa Catarina (MPF-SC). Também defendemos a educação pública e gratuita, que atenda aos setores marginalizados, por isso revindicamos, juntamente ao Sinasefe, a manutenção do campus de Abelardo Luz-SC em área de assentamento!

Reproduzimos a nota a seguir:

Institutos Federais sob risco: querem fechar o campus Abelardo Luz-SC!

No apagar das luzes do Judiciário Nacional um novo ataque é feito aos Institutos Federais (IFs). Além de todos os elementos de risco à continuidade da Rede Federal já presentes na agenda do governo, o MPF-SC apresentou uma Ação Civil Pública com uma série de solicitações ao IFC, à União e à Prefeitura Municipal de Abelardo Luz-SC. O principal problema é o pedido de fechamento do campus que se encontra dentro de uma área de assentamento com famílias do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).

No ano de 2017, uma ação da Polícia Federal apreendeu os celulares e computadores dos gestores do campus, sob acusação de ingerência do MST na autarquia. A ação da Justiça e da política caracterizam amplamente a perseguição em relação à implementação de políticas públicas vinculadas aos interesses dos trabalhadores rurais e indígenas. A história do campus Abelardo Luz-SC é vinculada fortemente às reivindicações populares, o que causou uma reação dos setores sociais privilegiados da região. Tal perspectiva reacionária fica evidente na nova Ação Civil Pública, na qual o MPF-SC pede o fechamento do campus na área de assentamento. Argumenta que existe uma precariedade no acesso ao IFC para os moradores da cidade, mas em momento nenhum fala sobre a precariedade do acesso dos trabalhadores rurais aos equipamentos públicos na cidade.

No caso do campus Abelardo Luz-SC fica clara a intenção de fechamento de escolas que não sejam prioridade para as elites locais, ou seja, aquelas que possam atender populações historicamente excluídas serão fechadas. Essa é a atual concepção de educação defendida pelas classes dominantes.

Some-se a isso os assassinatos de militantes camponeses no nordeste do Brasil e as perseguições e torturas cotidianas que os pobres sentem na pele, e teremos o desenho dos tempos sombrios que vivemos.

Por fim, entidades, lideranças, organizações que defendem a educação pública e gratuita, com amplo atendimento aos setores marginalizados, defendem a manutenção do campus de Abelardo Luz-SC em área de assentamento. Tirá-lo de lá é um atentado aos direitos dos povos do campo e indígenas.

Apoio das entidades

Pedimos que as entidades classistas, populares e estudantis se somem solidariamente à luta em defesa do campus Abelardo Luz-SC do IFC e subscrevam esta Nota, enviando a mesma ao e-mail dn@sinasefe.org.br.

O sindicato produziu também um vídeo em que a situação é melhor explicada.

#EducaçãoNãoéMercadoria #APGUFSC

O Restaurante Universitário (RU) do CCA não dá conta de nosso direito à alimentação!

18/12/2018 02:27
Foi confirmado pela reitoria, na segunda-feira dia 10/12, que o RU Trindade fechará a partir do dia 21/12 e retornará as atividades dia 18/02 de 2019. Durante esse período, o restaurante do CCA ficará aberto para todos os alunos e as alunas da UFSC, com ônibus saindo do campus Trindade, do Centro de Cultura e Eventos, todos os dias entre 10h30min e 12h30min, e para o jantar entre 16h30min e 18h30min.
A abertura do RU do CCA e o fornecimento de ônibus nesse período em que o RU Trindade estará fechado não merecem comemoração! Novamente a reitoria opta por fechar o Restaurante Universitário por um longo período de tempo, sem justificativa plausível, submetendo estudantes a um grande transtorno para poder se alimentar.
Muitos/as estudantes de pós-graduação precisam estar na universidade durante o verão, finalizando disciplinas, com experimentos laboratoriais e pesquisas em andamento que não cessam no período de dezembro a março. Com base na experiência do último ano (2017 para 2018), tanto o restaurante do CCA quanto os ônibus são incapazes de atender essa demanda estudantil. Além disso, essa situação cria o transtorno do tempo entre espera de ônibus, trajeto, fila do almoço, espera pelo ônibus e trajeto novamente. O que pode passar, muitas vezes, de 2 horas, geralmente sob forte sol e calor. Ano passado, chegamos ao ponto de esperar três trajetos de ida e volta do ônibus até conseguir lugar nele para voltar ao Campus Trindade.
Necessitamos do Restaurante Universitário para nos alimentarmos por um preço que possamos pagar! As bolsas de pós-graduação estão, em 2019, no sexto ano consecutivo sem aumento. O valor dessas bolsas é insuficiente para garantir almoço e janta todos os dias comprando comida no supermercado, mais caro ainda torna-se almoçar e jantar nos restaurantes na região universitária, onde passamos nosso dia quando em pesquisa durante o verão. Ademais, essas bolsas nos sustentam para além da alimentação, com elas nos mantemos em uma capital brasileira cujo custo de vida é alto, tudo isso com dedicação integral à pesquisa! Por isso, entendemos como uma extrema falta de respeito nos submeter a esse transtorno!
Por esse desrespeito, resgatamos a história do Restaurante Universitário para aqueles e aquelas que estão aqui há pouco tempo. Embora a manutenção do RU seja imprescindível – inclusive para evitar acidentes com trabalhadores e trabalhadoras – o fechamento para viabilizá-lo sempre foi mais curto e razoável. Até poucos anos atrás, o RU Trindade costumava ficar aberto durante a maior parte das férias! Além disso, há toda a ala antiga do Restaurante, que está sub-utilizada há anos. Por que o RU está sendo fechado por tanto tempo? Por que a ala antiga do RU não foi e não está sendo recuperada? Por que não estão sendo oferecidas alternativas ao fechamento completo, tais como o atendimento no RU Trindade com metades alternadas da capacidade? Além disso, por que não estender os horários de atendimento do restaurante do CCA ou fornecer mais ônibus?
Essas questões refletem um problema maior: o da terceirização, que atinge parcelas cada vez maiores do conjunto de trabalhadores e trabalhadoras que faz o Restaurante funcionar. As informações sobre o funcionamento e o diálogo a respeito do RU se tornam cada vez mais difíceis entre estudantes e a Reitoria, que depende de uma empresa externa (Orbenk) para dar respostas, sob a qual não temos poder de cobrança ou negociação. Com isso, perde a comunidade universitária e perdem também as trabalhadoras e os trabalhadores, expostos a um regime de trabalho sabidamente precário e super-explorado.
Respeitar nossa alimentação é nos respeitar enquanto estudantes, enquanto pesquisadores e pesquisadoras brasileiros/as!
 
RESPEITEM NOSSA ALIMENTAÇÃO!

APG-UFSC e estudantes do PPGECT/UFSC em defesa das ações afirmativas na pós!

11/12/2018 20:21
Após um processo de mobilização dentro da comunidade do Programa de Pós-Graduação em Educação Científica e Tecnológica (PPGECT/UFSC), que envolveu estudantes e professores do programa, foi construída uma resolução de distribuição de bolsas que contemplasse estudantes cotistas e uma comissão repensou o edital de seleção para incluir as ações afirmativas para pessoas negras, indígenas, quilombolas, trans e com deficiência.
No entanto, na reunião de Colegiado Pleno realizada em novembro, alguns professores trouxeram inúmeros obstáculos a essa decisão ou mesmo falas racistas contrárias às medidas, de forma que a discussão se estendeu e não houve quórum para a deliberação. Dessa forma, o edital para seleção no Doutorado lançado nessa semana não contemplou as ações afirmativas, mas o tema será novamente discutido no ano que vem e as/os estudantes do programa estão se mobilizando para apoiar essa medida.
Nós, da APG, nos solidarizamos e somamos força à reivindicação estudantil e de alguns professores do programa pela adesão às ações afirmativas, uma medida fundamental para avançar na democratização da Universidade e também para combater opressões que são históricas e estruturais em nossa sociedade!
Nas fotos, intervenções colocadas nos muros do CFM e do CED retratando os posicionamentos racistas de alguns dos professores do PPGECT na reunião de Colegiado.
Leia abaixo a nota lida por estudantes do programa no Colegiado Delegado da última sexta-feira:
NOTA DE REPÚDIO
As alunas e alunos do Programa de Pós-Graduação em Educação Científica e Tecnológica da Universidade Federal de Santa Catarina (PPGECT/UFSC), em assembleia no dia 05 de dezembro de 2018, deliberaram a emissão de uma nota de repúdio diante de algumas declarações proferidas na 29ª reunião extraordinária do Colegiado Pleno, ocorrida no dia 30 de novembro de 2018, durante as discussões para apreciação e homologação do parecer da Comissão para analisar e propor alterações nos processos seletivos para ingresso no PPGECT/UFSC. Tais declarações ratificam o racismo institucional mantido e reproduzido, também, pelas Universidades.
Nós, enquanto alunas e alunos, reforçamos ainda, a indignação perante o baixo quórum de professoras e professores na reunião, o que impediu a votação e a incorporação das cotas no edital de seleção para ingresso na turma de doutorado 2019. Assim sendo, o PPGECT ainda constitui o quadro de 93% dos Programas de Pós-Graduação da UFSC que não incorporaram políticas de ações afirmativas no ingresso de seus/suas estudantes, em discordância da Portaria Normativa Nº 13, de 11 de maio de 2016, que dispõe sobre a indução de Ações Afirmativas na Pós-Graduação e dá outras providências.
Discentes do PPGECT / 07 de dezembro de 2018

APG no Conselho Universitário – 11/12/2018

11/12/2018 15:50

A representação da APG esteve presente hoje pela manhã nas sessões convocadas do Conselho Universitário. As sessões de hoje envolviam uma pauta fundamental: a reforma de alguns pontos do Regimento e do Estatuto da UFSC. Essa proposta em discussão busca garantir maior participação para a comunidade externa à Universidade e retirar resquícios anti-democráticos contrários à participação estudantil no Conselho.

Contudo, lamentavelmente, não foi possível atingir o quórum mínimo das duas sessões marcadas para hoje, que ficaram pendentes para o mês de fevereiro ou março.

17/12 às 13h: Reunião de Planejamento

10/12/2018 14:00

No dia 17 de dezembro (segunda-feira) faremos uma reunião ampla de planejamento das atividades da gestão para os próximos meses. Será das 13h às 18h na sede da APG-UFSC (Centro de Convivência – Campus Trindade).

Como toda reunião da APG-UFSC, ela é aberta à participação de estudantes da pós-graduação. Pra não lutar só, convidamos todas e todos a se juntarem a nós!

SEGURANÇA E PERMANÊNCIA: APG-UFSC na reunião do Conselho Universitário (CUn) de 04/12/2018

07/12/2018 23:00
No dia 04 de dezembro de 2018, aconteceu a reunião do Conselho Universitário (CUn) em que se discutiu, entre outras coisas, a reativação do Fórum de Segurança da UFSC.
O reitor Ubaldo, junto ao DCE, propôs uma minuta de portaria para a reativação do Fórum de Segurança da UFSC e relatou que trazia esse ponto para o conselho no intuito de democraticamente fazer uma avaliação e receber sugestões. A minuta era baseada na portaria do fórum anterior, datado de 2001 (portaria n° 271/GR/2001). A proposta foi bastante discutida, principalmente no que diz respeito à composição do Fórum e da sua coordenação. Nós, enquanto APG, defendemos a participação ativa de pessoas externas à universidade (moradoras de bairros vizinhos, por exemplo, e mesmo pessoas que utilizam os espaços universitários em todos os campi, como trabalhadoras e trabalhadores dos bares, dos correios, das empresas de limpeza e do RU). Conselheiros alegaram que a inclusão de pessoas externas deveria acontecer por solicitação delas, portanto essas teriam que “se fazer representar” pelos membros do Fórum. Isso, sem poder de voto nas decisões, já que de acordo com a minuta só poderiam votar docentes, discentes e TAEs.
Também, enquanto gestão da APG, questionamos o silêncio e a falta de posicionamento da reitoria acerca dos fatos ocorridos no dia 1 de novembro, em que houve repressão violenta da polícia sobre pessoas que estavam saindo de uma integração cultural na UFSC (nota). Também questionamos sobre as imagens captadas pelas tantas câmeras de segurança espalhadas pela UFSC, que não vieram à público. A reitoria não se posicionou sobre ambos assuntos.
Também discutimos sobre os objetivos do Fórum, se seria apenas sugestivo ou se teria a possibilidade de gerar resoluções para serem discutidas e votadas no CUn. Para além de algumas minimizações acerca da dificuldade de definir o que é segurança (há quem não relacione isso com a questão das festas, por exemplo) e das possibilidades de se encontrar soluções sobre segurança com um grupo amplo que debata isso democraticamente (algumas pessoas defenderam que era uma questão que envolvia especialização e, portanto, devia ser encabeçada pela DESEG e pelas polícias de modo geral), questionou-se sobre a utilidade de reativar esse Fórum, já que o Fórum anterior não foi adiante. Após várias discussões com diferentes pontos de vista, o reitor Ubaldo preferiu continuar escrevendo a portaria junto da sua equipe e deixando em aberto para consulta pública, durante 15 dias. Essa consulta pública será aberta online para que se possa enviar sugestões acerca do fórum.
A parte da discussão sobre segurança na UFSC, nos Informes Gerais, a APG levantou duas questões: i) A primeira foi a leitura de uma nota do CABio que discorre sobre o caso de uma docente que não permitiu que oito discentes realizassem a prova de segunda chamada, mesmo depois do coordenador de curso e de representante da reitoria intervirem, visto que os discentes tinham justificativa por não terem comparecido na prova na data prevista; ii) O segundo ponto levantado foi sobre o fechamento do Restaurante Universitário (RU) nas férias, Ubaldo disse que vai averiguar, mas que a princípio não há motivos para o fechamento do RU.
7 de dezembro de 2018

Chamamento de Organizações Sociais (O.S.) para a UPA continente foi suspenso devido a irregularidades no processo

07/12/2018 10:23

“Há meses, o Sintrasem protocolou pedido de impugnação de todo o processo por compreender que ele contraria os interesses da população, prejudica diretamente o serviço público e correu de forma nada transparente, além de ignorar recomendações que vão do Ministério Público a entidades sindicais e conselhos e organizações da área.”

Nós, enquanto APG, reiteramos nosso posicionamento contra o controle privado das O.S. na administração dos recursos públicos de nossas instituições públicas de saúde. Saúde e educação não são mercadoria!

Leia a notícia publicada no Facebook pelo Sintrasem.

Leia o posicionamento da APG-UFSC contrário às Organizações Sociais (O.S.s) em Florianópolis.

A gestão do Camping do Parque Estadual do Rio Vermelho deve, por direito, estar nas mãos do Quilombo Vidal Martins ✊🏿

07/12/2018 10:20

Em acordo com Ministério Público Federal, após a finalização do tempo do contrato feito com a empresa que administrou o camping do Parque do Rio Vermelho até o final de 2017, a gestão seria feita pelos quilombolas da Vidal Martins. Porém, este acordo está quase por não ser cumprido, pois agora estão propondo fazer licitações para que nova empresa cumpra essa função.

A gestão do camping do Parque do Rio Vermelho seria muito bem realizada pelos quilombolas, esses que são parte desse território a gerações, tem um conhecimento tradicional da mata e seu uso consciente. Eles se dedicariam com todo seu amor para cuidar desse espaço que faz parte de sua história.

Por isso, nada mais justo que eles possam ter a administração do camping como fonte de renda.

Informamos que essa situação não tem qualquer relação com uma suposta ocupação dos quilombolas no Parque Estadual. Apesar de ser seu direto viver nas terras que sempre foram suas, essa luta continua em trâmite em instância federal.

Tendo em vista essas informações convidamos todas e todos para cobrar o cumprimento do acordo feito com a MPF na audiência dessa sexta-feira, 7 de dezembro, 15h, no Ministério Público Federal.

Dia? Sexta-feira (07/12)
Hora? 15h
Onde? MPF (na beira-mar, ao lado da OAB)