Estamos compondo a Frente Estudantil de Segurança Alimentícia (FESA)

30/03/2020 13:02

Após a suspensão das atividades acadêmicas na UFSC e o fechamento do Restaurante Universitário (RU), o maior programa de assistência estudantil da universidade, ambos ocasionados pela pandemia de Covid-19, um contigente expressivo de estudantes de graduação e pós-graduação encontraram-se sem alternativa de alimentação pela qual pudessem pagar — nos mercados da cidade, são exorbitantes os valores dos bens esseciais à manutenção da vida, e, longe de serem preocupação exclusiva, somam-se à realidade de caros alugueis e alta taxa de desemprego e informalidade.

Pensando nisso, a APG-UFSC abriu no último dia 22/03 um formulário de consulta aos/às pós-graduandos/as com fins de entender se havia em nossa base uma demanda de estudantes em situação de vulnerabilidade relacionada à conjuntura supracitada. Tendo obtido em torno de 1500 respostas, a maior parte anunciando capacidade de prover sua demanda alimentar nesse momento, não deixamos de notar a existência de uma parcela de pós-graduandos/as com alegada dificuldade de providenciar sua própria alimentação. Assim, a partir do conhecimento dessa demanda, nós decidimos compor a FESA-UFSC e estamos construindo essa iniciativa desde o momento em que ela foi chamada pelos estudantes.

A Frente Estudantil de Segurança Alimentícia é um grupo que surge como reação à insuficiência das medidas tomadas pela Reitoria no que tange aos estudantes economicamente vulneráveis e que, durante o momento pandêmico, encontram-se frente a um obstáculo ainda maior para realizar suas condições básicas de vida. A FESA reconhece a responsabilidade da Reitoria e também sua negligência, e então opta por fazer mais do que a denúncia e a cobrança necessárias… Opta, para além disso, por organizar os estudantes por uma causa de caráter emergencial e crítico: a fome! Na FESA, além da doação de cestas de alimentos aos/às graduandos/as, também estaremos fazendo doações aos/às pós-graduandos/às que trouxeram sua demanda através do nosso formulário. Em breve, estaremos trazendo maiores informações.

Como ajudar

Se você quer contribuir com a operacionalização das distribuições de alimentos, entre em contato conosco, precisamos reunir forças! Por outro lado, se você prefere e pode contribuir para a compra dos alimentos por meio de uma doação em dinheiro, nós também agradecemos (os dados para depósito encontram-se abaixo)!

Qualquer dúvida, entre em contato conosco.

BANCO NUBANK (260)
Conta Corrente: 3337674-7
Agência: 0001
CPF: 071.132.049-70
Em nome de: Paola Cristina de Freitas Villa

BANCO DO BRASIL (001)
Conta Corrente: 63645-2
Agência: 405-7
CPF: 120.387.009-40
Em nome de: Priscila Thibes Dunker
(*) Solicitamos o envio do comprovante de doação em caso de doações na conta do Banco do Brasil.

Gestão Assum Preto 2019-2020

Corte de bolsas CAPES e a pós-graduação

26/03/2020 17:47

Em meio aos acontecimentos dramáticos que estamos vivendo em razão da pandemia de coronavírus (COVID-19), recebemos a notícia da publicação da Portaria nº 34 da CAPES e da não abertura do sistema de cadastro para novos bolsistas. Esses acontecimentos, de maneira isolada, já representam enorme preocupação, mas, em conjunto, tornam a angústia um elemento tangente em nosso meio. Apesar disso, torna-se fundamental mantermos a prudência e agirmos consequentes neste momento: entendermos o que está acontecendo para que possamos politicamente organizados estarmos resistindo a mais este ataque do Governo Federal. Para evitar uma grande mistura de informações, esta nota trata em específico do corte de bolsas, enquanto os temas relacionados à pandemia aparecem em segundo plano porque serão tratados em documento mais específico.

No último dia 20 de março, ao contrário do que havia sido divulgado pela CAPES às Instituições de Ensino Superior (IES), o sistema para cadastro de novos bolsistas não foi aberto, impedindo a renovação de bolsas de estudos e a realização dos cadastros daqueles que haviam sido contemplados por fomento após respectiva aprovação nos processos seletivos de diferentes Programas de Pós-Graduação (PPGs) do país. O motivo aponta para a implementação de novos critérios de distribuição de bolsas, alardeados pelo Governo e pela CAPES.

Os mencionados novos critérios encontram-se materializados em uma sequência de Portarias da CAPES — Portarias nº 18, 20, 21 e 34. As portarias 18, 20 e 21 alteram os programas de concessão de bolsas e auxílios CAPES, quais sejam: DS (Programa de Demanda Social), PROEX (Programa de Excelência Acadêmica), PROSUP (Programa de Suporte à Pós-Graduação de Instituições de Ensino Privadas) e PROSUC (Programa de Suporte à Pós-Graduação de Instituições Comunitárias de Ensino). Na prática, isso representa todos os programas relacionados diretamente com os cursos de mestrado e doutorado, em todas as regiões e para todos os níveis e tipos de entidade de ensino, pública, privada ou comunitária. Tais portarias possuem diferenças pontuais umas em relação às outras, a depender do programa em que estão realizando alterações, mas no geral trazem os mesmos elementos, sendo eles: um quantitativo inicial de unidades de fomento baseado na última avaliação dos PPGs (Avaliação Quadrienal 2017) e nas grandes áreas (agora chamadas de colégios, divididos em ciências da vida, humanidades, e ciências exatas, tecnologias e multidisciplinar); juntamente com outros dois fatores numéricos, o IDHM (relacionado ao Índice de Desenvolvimento Humano do município em que é ofertado o curso de pós-graduação) e a titulação média do curso (que remete à média de discentes titulados no período 2015/2018). Juntos, esses três elementos representam os novos critérios de distribuição de bolsas e auxílios (agora chamados de unidades de benefício) aplicados indiscriminadamente a todos os PPGs e programas de concessão de bolsas e auxílios existententes.

A Portaria nº 34 altera as anteriores com relação às limitações de piso e teto das tais unidades de benefício e dá corpo à Diretoria de Programas e Bolsas no País (DPB). As limitações de piso e teto, conforme a Portaria nº 34, ficam da seguinte maneira: diminuição não superior a 50% (cinquenta por cento), para cursos cujas duas últimas notas forem iguais a 3 (três), vedado qualquer acréscimo; diminuição não superior a 45% (quarenta e cinco por cento), para cursos cuja nota atual for igual a 3, vedado qualquer acréscimo; diminuição não superior a 40% (quarenta por cento) ou acréscimo limitado a 10% (dez por cento), para cursos cuja nota atual for igual a 4; diminuição não superior 35% (trinta e cinco por cento) ou acréscimo limitado a 30% (trinta por cento), para cursos cuja nota atual for igual a 5; ou diminuição ou acréscimo limitado a 10% (dez por cento), para cursos de nota A ou de nota 3 ainda não submetidos a processo de avaliação de permanência; diminuição superior a 30% (trinta por cento) ou acréscimo limitado a 70% (setenta por cento), para cursos cuja nota atual for igual a 6; ou diminuição não superior a 20% (vinte por cento), para cursos cuja nota atual for igual a 7, sem limitação de teto. O órgão da CAPES apontado para fazer todos os levantamos e logística da distribuição de recursos é a Diretoria de Programas e Bolsas no País, que tem suas funções definidas nas portarias que tratamos aqui.

É importante pontuar que toda a distribuição de recursos, de acordo com os textos destas portarias, fica sujeita à disponibilidade orçamentária da CAPES. Existe ainda a abertura para revisão dos critérios estabelecidos, especialmente do primeiro, relacionado aos colégios, de acordo com a conveniência da agência de fomento — o que aponta para uma notável abertura de discricionariedade, nitidamente incompatível com a mínima segurança necessária para o desenvolvimento da pesquisa científica em qualquer área de conhecimento.

Estes critérios, já anunciados pelos círculos mais altos do Governo Federal, geraram imediata preocupação e repercussão. Em função disso, entidades da sociedade civil organizada, a exemplo da SBPC (Sociedade Brasileira pelo Progresso da Ciência) e da ANPG (Associação Nacional de Pós-Graduandos), fizeram pressão política para que a aplicação e a revisão dos critérios fosse alvo de debate com participação democrática, para que a categoria mais afetada pelas medidas pudesse ser ouvida e contribuir com as discussões, conforme o que se espera de uma boa prática de gestão pública da educação brasileira. Isto não aconteceu e presenciamos o lançamento da medida de forma unilateral por parte do presidente da CAPES, sem ouvir nem mesmo o Conselho Superior da entidade. Junto a isso, tivemos o já mencionado fechamento do sistema de cadastro de novos bolsistas, no último dia 20. Ambos os acontecimentos apontam para a aplicação imediata das medidas e novos critérios, em desacordo ao recuo inicial do Governo, conforme atestado pelo FOPROP (Fórum Nacional de Pró-Reitores de Pesquisa e Pós-Graduação), cuja última reunião aconteceu em 11 de fevereiro de 2020. A medida que concebe os novos critérios havia sido acordada para vigorar apenas a partir de 2021, embora desde já apresentasse uma série de problemas e questões mal respondidas, mas no auge de uma pandemia, ela é determinada a toque de caixa pela CAPES.

Esses critérios anunciados nas portarias surgem como concretização do sequestro de bolsas acontecido no ano de 2019. Na ocasião, presenciamos o congelamento de cerca de oito mil bolsas de estudos consideradas ociosas, com a promessa de uma reestruturação nos critérios de distribuição. Hoje, o que presenciamos é uma mudança ainda mais drástica, com impacto possível em cerca de 20 mil bolsas de estudo e em todas as áreas do conhecimento, conforme levantamento realizado pela ANPG. Para além de uma reestruturação, a realização destes novos critérios surge indiretamente como mecanismo de corte de bolsas de pesquisas ativas, como presenciamos na última semana com a não abertura do sistema de cadastro de novas e novos pesquisadores, visto não haver discriminação entre bolsas ociosas e contratadas, isto é, entre bolsas que estão inativas e aquelas que estão em vista de utilização pelos PPGs e PROPGs (Pró-reitorias de Pós-Graduação) do país, em consequência e consideração ao fluxo normal de matrículas. Somente na UFSC foram cortadas 572 bolsas, um golpe fulminante no financiamento da pesquisa local.

O impacto de uma mudança tão drástica é terrível para a vida de milhares de pesquisadores que, agora, ficam sem condições de subsistência. É necessário um entendimento nítido de que se desconhecia a realização de tais cortes para este momento, ainda que eles viessem a acarretar problemas tão graves quantos os de agora independentemente de qualquer anunciação antecipada e do momento em que fossem aplicados. De qualquer modo, foi pega de surpresa uma enorme gama de pesquisadoras e pesquisadores, trabalhadoras e trabalhadores da ciência brasileira, financiados com dinheiro público, que respondem por mais de 90% da produção científica do país. Embora chamadas por “bolsas de estudo”, o dinheiro que corresponde ao financiamento público direcionado aos estudantes e às estudantes de pós-graduação trata-se, de fato, do salário com o qual os pesquisadores e as pesquisadoras são pagos por seu trabalho e com o qual se alimentam, se vestem, pagam seus aluguéis e demais despesas pessoais. Diferente do escárnio e desrespeito apresentados pelo Governo Bolsonaro contra a academia e a ciência nacionais, como se receber pagamento pelo trabalho de pesquisa fosse um privilégio, temos uma realidade em que cerca de metade dos pesquisadores e pesquisadoras sequer recebem esse pagamento, trabalhando de graça e cobrindo seus próprios custos. Somando-se a isso, há também uma defasagem histórica dos valores pagos em bolsas de estudo, os quais se mantêm há mais de sete anos sem reajuste, bem como uma completa ausência de segurança trabalhista e direitos previdenciários.

Por fim, na soma dos fatores, vivemos uma drástica conjuntura onde uma crise e uma pandemia global de coronavírus, para a qual a principal recomendação das autoridades em saúde é o isolamento social, aglutinam-se e pioram significativamente as condições de vida dos pós-graduandos. Como imaginar a situação de milhares de pessoas que descobrem do dia para a noite que ficarão sem seus salários? Qual resposta o Governo Federal emite senão a precarização ainda maior da ciência brasileira? Isso em um momento em que justamente são a Universidade e a pesquisa científica que respondem às demandas da sociedade por cuidados de saúde, produção de testes, medicamentos, vacina, dentre uma série de outras demandas essenciais para o combate do quadro epidêmico em que nos encontramos. Um quadro em notória piora devido ao espírito intencionalmente amante da ignorância e da negação do conhecimento científico, que habita a Presidência da República e alastra seu veneno pela máquina do Estado, como podemos observar neste momento através da CAPES.

Neste sentido, e por essas razões, a Associação de Pós-Graduandos e Pós-Graduandas da UFSC (APG-UFSC), posiciona-se e faz coro às mais de sessenta entidades nacionais ligadas à educação, que solicitam: a revogação das portarias a que nos referimos, 18, 20, 21 e 34; a restituição de todas as bolsas perdidas desde 2019, com o reajuste devido e integral dos valores pagos; e a recomposição do orçamento destinado à educação, ciência e tecnologia, para o patamar destinado no ano de 2014. Entendemos ainda que junto a isso precisa ser levantada, mais uma vez e sempre, a bandeira da revogação da Emenda Constitucional nº 95, a famigerada EC do Teto de Gastos, cuja função serve apenas ao capital e ao estrangulamento dos serviços públicos fundamentais, como é o caso da educação, mas também da saúde, agora em máxima evidência. Acreditamos que qualquer defesa da educação, do SUS e da mínima dignidade das brasileiras e brasileiros passa pela revogação desta medida.

Precisamos, mais do que nunca, seguir em unidade e lutar pelos nossos direitos. Nenhuma bolsa a menos!

Florianópolis, 26 de março de 2020,
APG-UFSC, Gestão Assum Preto

Tags: BolsasCAPESEC95MEC

Ações de saúde em tempos da pandemia

26/03/2020 17:44

A pandemia do novo coronavírus (COVID-19) precisa ser encarada de forma séria pela sociedade brasileira e por seus governantes para que seus impactos sobre a vida das pessoas sejam minimizados. Seus efeitos já são sentidos tanto na vida das pessoas quanto na economia, nos serviços e profissionais de saúde e, de modo geral, pelos trabalhadores. Essas condições são agravadas pela facilidade com que o vírus é transmitido e as dificuldades presentes no cuidado de pessoas com sintomas agudos.

Entendemos que saúde não significa apenas a ausência de doenças, mas a capacidade que temos individual e coletivamente de superarmos os desafios que a vida impõe. Essa capacidade não é fruto de méritos individuais, mas da forma como as sociedades se organizam para distribuir seus recursos, como água, comida, transporte, trabalho, acesso a serviços de saúde, a insumos de higiene, à informação, lazer, isolamento social e quarentena quando necessário, entre outros. Assim, a forma como esses recursos são distribuídos entre os diferentes grupos e classes sociais condiciona a saúde das pessoas e a capacidade que elas terão de enfrentar e sobreviver à pandemia.

Porque vivemos em um país onde persiste uma profunda desigualdade social, vemos agora as comunidades vulneráveis com menor poder econômico e com maior dificuldade de acesso a recursos básicos e de saúde sofrerem os efeitos mais intensos da passagem do COVID-19. Essa situação torna-se mais grave pelo subfinanciamento crônico do Sistema Único de Saúde (SUS), aprofundado pela Emenda Constitucional 95 que, desde 2016, impede a ampliação dos investimentos em políticas sociais e de saúde tão necessárias para este momento.Entendemos que no atual cenário de crise é preciso construirmos formas de manutenção da vida, ampliando as ações também no que tange às reivindicações políticas — como a criação de uma política de renda básica universal, a ampliação dos investimentos em Saúde Pública, Assistência Social e Educação Pública, além da imediata revogação da Emenda Constitucional 95 e a rejeição à Medida Provisória 927, que flexibiliza direitos trabalhistas e precariza ainda mais a vida de trabalhadoras e trabalhadores durante e depois da pandemia. Além disso, ainda é preciso ampliar a resposta técnica, aumentando a capacidade de reconhecimento e atendimento ao COVID-19, assim como das demais condições de saúde, pelo SUS. As repostas política e técnica são fundamentais para possibilitar as respostas sociais adequadas da população, como a manutenção dos estados de isolamento e quarentena, a menor circulação de pessoas pelas ruas, a diminuição do contato social, a realização de práticas individuais de higienização, o uso consciente de água, as compras solidárias, a não estocagem de recursos, as doações financeiras, de produtos de higiene e de alimentos, entre outras capazes de diminuir o impacto dos efeitos da pandemia sobre a população.

O Sistema Único de Saúde (SUS) e o direito à saúde como responsabilidade do Estado, conquistados pela luta política e consagrados na constituição de 1988, são ferramentas fundamentais no enfrentamento ao COVID-19. Precisamos fortalecer o SUS ampliando sua capacidade de atendimento frente a pandemia, com ampliação de leitos, equipes de saúde, compras de insumos e equipamentos. Os trabalhadores de saúde que encaram bravamente esse momento necessitam ter condições dignas sob as quais possam executar seus trabalhos, o que inclui acesso aos Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), ampliação das equipes para garantir seu tempo de descanso, acesso à quarentena e a exames quando necessários, e, por último e fundamental, salários dignos e nenhum atraso nos pagamentos. O enfrentamento à pandemia deve passar pelo fortalecimento e ampliação de um SUS que seja público, de acesso universal, que promova justiça social e melhore as condições de saúde da população.

Por último, mas não menos importante, ressaltamos a necessidade de solidariedade entre as pessoas, pois aqueles que vivem em piores condições de saúde já estão precisando dos recursos básicos. Existem muitas formas para exercer a solidariedade. Informe-se sobre campanhas e formas de doação e aquisição de produtos de higiene e alimentos, não estoque recursos, evite o contato social, fique em isolamento (caso você tenha condições para isso), mantenha as práticas de higiene e assepsia sempre que possível, proteja as pessoas com mais de 60 anos e com condições prévias de saúde fazendo suas compras para que elas não precisem sair de casa, entre outras ações possíveis.

As marcas que serão deixadas pela pandemia do coronavírus em nossa sociedade dependem das lutas que travamos hoje por condições de vida e saúde mais justas para todas e todos!

Florianópolis, 26 de março de 2020
APG-UFSC, Gestão Assum Preto

Tags: covid-19covid19recomendações

A APG UFSC se soma à campanha nacional contra o corte de bolsas da CAPES

25/03/2020 11:18

Estamos juntos com a campanha organizada pela ANPG e por todas e todos estudantes de pós-graduação pelo país: SOMOS CONTRA O CORTE DE BOLSAS DA CAPES!

Temos que somar no abaixo-assinado; produzir fotos e vídeos de adesão à campanha; convocar movimentos sociais, entidades acadêmicas e nossas instituições a se posicionar junto; fazer o tema circular nas mídias populares, etc.

É hora de demonstrar todo nosso repúdio à decisão da CAPES e do Governo Bolsonaro para reverter a decisão.

Abaixo-assinado e mais informações: http://www.anpg.org.br/20/03/2020/anpg-pede-revogacao-imediata-da-portaria-34-da-capes-assine-o-abaixo-assinado/

#RevogaçãoDaPortaria34!

Tags: ANPGBolsasCAPESportaria 34

COVID-19: Iniciativas de ajuda mútua

25/03/2020 10:36

A pandemia de Covid-19 e a necessidade de isolamento social afetam todas e todos nós, dentro da Universidade e também fora. Além das medidas buscando garantir a segurança e condições dignas de vida na pós, consideramos fundamental divulgar e apoiar outras iniciativas criadas por movimentos sociais e comunidades populares para criar solidariedade, ajuda mútua e apoio concreto neste momento.

São iniciativas de arrecadação de dinheiro, de alimentos, de produtos de saúde, de ajuda com divulgação, de presença física auxiliando em serviços essenciais, etc. Convidamos todas e todos os pós-graduandos a se somarem na medida do possível.

Esta lista será atualizada periodicamente, então pedimos ajuda para fazer essas informações chegarem ao máximo de possíveis apoiadores também!

Acesse: https://apg.ufsc.br/covid-19-iniciativas-de-ajuda-mutua/

 

Tags: covid-19covid19solidariedade

Formulário sobre a situação de estudantes da Pós durante o isolamento social

22/03/2020 14:38

Olá, pós-graduanda e pós-graduando!

A Associação de Estudantes de Pós-Graduação da Universidade Federal de Santa Catarina (APG-UFSC) quer saber como o isolamento social e a suspensão de atividades da UFSC têm afetado a categoria, bem como conhecer o impacto das medidas nessas e nesses estudantes para pensarmos nossas ações nesse período tão difícil de pandemia.

Pedimos a todas e a todos que respondam esse formulário, compartilhem ele com colegas e outras pessoas da turma ou núcleo de pesquisa, para que possamos encontrar caminhos para seguir as ações da entidade nesse contexto, bem como criar estratégias para acolher as demandas de estudantes.

Agradecemos a colaboração!

Formulário: https://bit.ly/formularioapg

 

Tags: APG-UFSCcovid-19covid19formulárioisolamento social

Solidariedade social ativa e o coronavírus, por Virgínia Fontes

16/03/2020 15:23

Compartilhamos abaixo texto escrito dias atrás pela professora Virgínia Fontes, da UFF, por trazer posicionamentos que julgamos fundamentais no enfrentamento à pandemia de Covid-19.

Solidariedade social ativa e o coronavírus, por Virgínia Fontes

Essa é hora de solidariedade social ativa e não apenas de impacto, e menos ainda, de pânico. Precisamos ter claro que somente protegeremos nossas saúdes protegendo a saúde de todos, a começar pelos mais vulneráveis aos vírus (idosos e doenças pré-existentes), pela grande massa de trabalhadores da saúde que estarão a postos e mais expostos do que os demais, e pela imensa maioria da população de nossas cidades, cuja desigualdade social crescente os deixa sem recursos. Sabemos que temos uma chance de sairmos bem dessa epidemia pois ainda não conseguiram destruir o SUS, o que poderosos vêm tentando desde sua implantação na Constituição.

Solidariedade ativa é não perder o fio do pensamento:

– dinheiro público deve ir integralmente para saúde pública!

– a vida da população é mais importante do que os juros da dívida para milionários. Pelo fim da EC 95, que destina os recursos públicos para pagamento de juros de uma dívida que nem sequer sabemos em que foi gasta. O desbloqueio dessa Emenda Constitucional do “Fim do Mundo” deve assegurar recursos públicos para o setor público!

Solidariedade social ativa é exigir:

– que estejam recompostas as equipes de Agentes Comunitários de Saúde – desmanteladas por Crivella no Rio de Janeiro, e recebendo menos recursos do que deveria há anos, nesse país afora. São essas equipes as que trabalham em comunidades e favelas e contribuem para o monitoramento das famílias.

– que haja previsão desde já para garantir atenção especial para as famílias de baixa renda – em caso de isolamento doméstico, muitas precisarão receber alimentação e atenção psico-social.

Solidariedade social ativa é lembrar:

– a vida antes do lucro – paralisação de atividades não pode resultar em perda de salários. Essa é uma condição para enfrentar a pandemia em países desiguais como o Brasil, onde grande parte da população ganha durante o dia o que vai comer à noite. Apenas ínfima parcela da população tem reservas para enfrentar uma situação como essas e esses devem contribuir com os demais;

– o vírus mostra que todos os seres humanos são iguais e que a desigualdade resulta da organização da vida social. Nenhuma discriminação pode ser tolerada – contra alguns bairros, ou contra pobres, negros, mulheres, LGBTs!

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Tags: coronavíruscovid-19sus

Suspensão das atividades da APG previstas para 16-18 de março

15/03/2020 13:39

Informamos a todas e todos os pós-graduandos que as atividades da APG previstas para esta semana estão todas suspensas em precaução ao contágio de Covid-19 (coronavírus), incluindo a assembleia que seria realizada no dia 16/03 e, consequentemente, nossa programação do dia 18/03.

A Administração Central da UFSC publicou no último dia 12 uma Nota Oficial anunciando medidas de contingência em razão da pandemia de Covid-19. Por ora as aulas não estão suspensas, mas estão suspensos eventos com grande concentração de pessoas. A nota com as recomendações completas está disponível no site da UFSC. Já em Florianópolis, o decreto municipal publicado no último dia 13 (Decreto 21.340/20) proíbe reuniões com público a partir de 250 pessoas, entre outras medidas.

Sensibilizando-se com a importância da prevenção e considerando o cancelamento das aulas em diversas universidades, a APG estará acompanhando e divulgando novas informações pertinentes com o decorrer da situação.

Semana de Recepção da Pós-Graduação 2020.1

02/03/2020 22:57

Bem-vindas, pós-graduandas e pós-graduandos da UFSC!

O ano começou quente na UFSC, com uma série de ataques do governo ao nosso orçamento, autonomia, ao caráter público da universidade e às condições de trabalho e estudo aqui dentro. No entanto, nos últimos anos viemos mostrando cada vez mais organização estudantil e força em nossas lutas – e esse ano vai ser ainda maior! Por isso, a Associação de Pós-Graduandas(os) preparou uma semana estendida de recepção do semestre, para quem chega agora na UFSC e quem está voltando para o semestre.

Confira abaixo as atividades, divulgue e compareça!

09/03, 12h, Centro de Convivência | Panfletagem na fila do RU e sede aberta com café
09/03, 17h, Largo da Alfândega | Ato do 8M no TICEN (+ atividades desde às 12h)

10/03, 12h, Centro de Convivência | Panfletagem na fila do RU e sede aberta com café
10/03, 19h, Galeria de Arte do Centro de Convivência | Cine-pós: “Parasita” (+ debate)


11/03, 19h, Auditório do EFI | Aula Magna: Cadê o dinheiro que tava aqui? Orçamento para educação pública em 2020

12/03, 19h, Centro de Convivência | Bar da Pós

16/03, 12h, Centro de Convivência | Assembleia da Pós, pauta “paralisação nacional do serviço público 18/03”


17/03, 14 às 20h, Centro de Convivência | Confecção de cartazes e materiais


17/03, 16h, Centro de Convivência | Prosa com café: “A histórica greve da pós UFSC de 2019: eu estava lá”


18/03 | Paralisação nacional do serviço público