Conversa com vice-reitora sobre o documento de recomendações do I Fórum de Saúde Mental da Comunidade UFSC
Na manhã do dia 19 de março de 2019, uma comissão com estudantes da pós-graduação, graduação e docentes reuniu-se com a vice-reitora Alacoque Erdmann para apresentar as recomendações do I Fórum de Saúde Mental da Comunidade UFSC (FSMUFSC).
O I FSMUFSC foi um evento pioneiro no contexto universitário atual. Contou com apresentações culturais, grupos de trabalhos e mesas de discussão sobre a temática entre os dias 3 e 5 de outubro de 2018 no auditório do Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFH) da UFSC. Ele foi construído horizontalmente ao longo de 5 meses, com reuniões semanais abertas aos interessados em colaborar com o evento. No documento apresentado à vice-reitora, foram sintetizadas as propostas discutidas ao longo do evento e aprovadas em assembléia, resumindo também os principais pontos das discussões que lhes deram origem, procurando abranger e representar a diversidade de perspectivas e pensamentos, necessidades e demandas.
A vice-reitora acolheu bem as demandas, apontando os pontos em que a reitoria já está fazendo progressos e aqueles em que há ainda o que ser feito, sugerindo de que forma os objetivos poderiam ser alcançados. Durante a conversa foi ressaltada diversas vezes a importância do protagonismo autônomo das categorias e a necessidade de valorizar e fortalecer as iniciativas descentralizadas que já existem, apontando de que forma algumas medidas institucionais poderiam colaborar para incentivá-las e cultivá-las.
No entanto, em alguns casos o papel da reitoria é fundamental. Um exemplo bastante evidente é o da reforma do Centro de Convivência. Segundo a vice-reitora, a UFSC receberá este ano cerca de 4 milhões de reais para obras de manutenção. Embora saibamos da urgência da reforma de determinados espaços – durante as férias, compartilhamos os problemas que o CFM vem há muito enfrentando, pondo vidas em risco – as obras que o Centro necessita não custariam muito e o deixariam em condições de ser muito melhor aproveitado, para grande benefício de toda a comunidade universitária do Campus Trindade. Não obstante, há também muito mais a fazer quanto à questão da disponibilização de espaços; entendemos que é importante que cada centro (e também cada campus) tenha espaços e pessoas dedicadas à promoção da saúde mental.
De qualquer modo, estamos atentas e atentos a todas as iniciativas que possam melhorar a situação das/os pós-graduandas/os, que segundo estudos estão seis vezes mais propensos a ter depressão e crises de ansiedade que a população em geral – e esta é apenas a ponta do iceberg dos nossos problemas, que, psicológicos, são também políticos. Confira no link abaixo as recomendações do Fórum e venha construir com a APG formas de efetivarmos estas demandas e lutarmos por melhores condições de educação e pesquisa!