A APG segue na defesa da modalidade presencial para as eleições de reitoria!
Nesse momento em que a universidade se aproxima do retorno presencial das atividades, previsto para ocorrer em abril, o cenário de eleições da reitoria tem sido discutido entre as entidades representativas (APG, DCE, Sintufsc e Apufsc) que organizam a consulta informal à comunidade universitária por meio da Comissão Eleitoral Representativa de Entidades da UFSC (COMELEUFSC). A consulta informal é um processo realizado há anos em nossa universidade, que antecede e embasa a escolha de candidatos(as) no Conselho Universitário (CUn) pelos(as) conselheiros(as) para composição da lista tríplice, e posterior nomeação do(a) novo(a) reitor(a) pelo presidente da república.
Na última sessão extraordinária do CUn, que aconteceu no dia 10 de fevereiro, foi aprovado o pedido de revisão das datas do calendário de eleição de reitoria realizado no âmbito do CUn, que foi proposto pelas entidades representativas. O novo calendário aprovado adia para 27 de abril o prazo final de inscrição no processo eleitoral do CUn. Com essa data, seria possível realizar a consulta informal na modalidade presencial nos dois turnos, como tradicionalmente acontece na UFSC. A APG tem participado contínua e ativamente dos trabalhos da COMELEUFSC desde seu início, nos últimos meses de 2021, e desde então a postura mantida foi a de defesa pelo formato presencial de votação.
A proposta de datas para votação presencial no primeiro e, caso necessário, segundo turno que a entidade tem apresentado sugere que a consulta à comunidade universitária ocorra nos dias 19 e 26 de abril, respectivamente. Tal proposta era viável tendo em vista o retorno presencial e o prazo final para envio da lista tríplice ao MEC. Com o novo calendário do CUn, torna-se ainda mais viável, uma vez que é possível que o processo eleitoral no CUn seja iniciado após o término da consulta informal organizada pela COMELEUFSC. Vale lembrar que o retorno presencial de todas as atividades na UFSC está previsto para o dia 18 de abril, e que desde o dia 14 de fevereiro a universidade iniciou a fase 2 de retomada presencial parcial das atividades administrativas e acadêmicas.
A posição da APG em defesa da votação presencial se sustenta em nosso entendimento sobre a importância deste processo político, que define quem ocupará o cargo de reitor(a) na universidade pelos próximos quatro anos. Do ponto de vista da entidade, sabe-se que participar ativa e presencialmente do processo é parte fundamental da experiência política de estar na universidade pública, algo que não se compara à experiência esvaziada de participação pelo formato remoto. Nossa defesa pelo retorno presencial das atividades universitárias está fundamentado na possibilidade de garantir uma retomada com segurança, ainda que a pandemia siga em curso e que a quantidade de pessoas mortas diariamente tenha voltado a aumentar como resultado da negligência de governantes na gestão desse problema. A universidade tem condições de possibilitar um retorno presencial seguro, que permita não apenas que o processo político para as eleições de reitoria seja feito de forma presencial, mas que diversas outras atividades fundamentais para a vida universitária também possam ser retomadas.
A atuação da entidade no processo eleitoral tem se dado no sentido de que as decisões sejam tomadas com maior celeridade possível, que o processo transcorra de maneira tranquila, de forma a fortalecer a legitimidade da consulta à comunidade, além de defender as condições para a disputa entre os(as) candidatos(as), sem compromissos com qualquer candidatura. Esse processo é extremamente importante, pois diz respeito à escolha daquele(a) que irá ocupar a posição de dirigente da universidade e terá seu mandato conduzido por um projeto definido. Muitas(os) estudantes poderão viver o processo de eleição da reitoria apenas uma vez em sua passagem pela universidade pública, e é fundamental que possam experienciar de perto as implicações políticas desse momento de decisão.
A APG reafirma seu compromisso com os e as estudantes ao manter a luta pela votação presencial na consulta informal à comunidade universitária para indicação do(a) futuro(a) reitor(a). Estamos certas de que, após dois anos de atividades remotas, esse processo será importante para retomar a discussão e profusão de debates políticos na UFSC, e que o formato presencial resguarda os interesses estudantis, para além de qualquer candidatura.
Pela defesa de um retorno presencial das atividades, que seja seguro e possibilite que a consulta informal à comunidade universitária aconteça no formato presencial!