Florianópolis, 16 de novembro de 2011
À Juliana Cristina Lessmann
Presidente da Associação de Pós-Graduandos da Universidade Federal de Santa Catarina Nesta Universidade
Como relação à Carta Aberta da Associação de Pós-Graduandos da UFSC, encaminhada às candidaturas à Reitoria da UFSC, a Chapa 1 – Universidade em Ação – gostaria de tecer as seguintes considerações:
1. Bolsas de mestrado e doutorado: entendemos justas as reivindicações de aumento e de tratamento isonômico entre as diferentes modalidades e faremos as gestões necessárias para que os reajustes sejam imediatos e em sintonia com as demandas apresentadas pela Associação Nacional dos Pós—graduandos;
2. Políticas de Permanência – Consideramos importantes e possíveis de serem atendidas as reivindicações apresentadas (redução das filas do RU, horário e período de funcionamento do RU, ampliação da moradia estudantil, com atendimento aos pós-graduandos, BU 24 horas. Nossas propostas concretas sobre algumas destas questões já constam de nosso Programa, entre elas: Defender, na prática, a Universidade Pública, Gratuita, Autônoma, Democrática e de Qualidade; No mínimo, triplicar em quatro anos o número de vagas para a Moradia Estudantil; Organizar esforços para garantir transporte coletivo gratuito para estudantes, técnicos-administrativos e docentes da UFSC; Criar programas de apoio a jovens gestantes; Ampliar a quantidade de Bolsas direcionadas a estudantes em condições sócio-econômicas desfavoráveis; Universalizar o acesso a novas tecnologias, garantindo um TABLET, por empréstimo junto à BU, para cada estudante, em quatro anos de gestão; Construir um Cinema na Universidade (com filmes exibidos gratuitamente); Modernizar o atendimento e ampliar o horário de funcionamento da Biblioteca Universidade (BU) de modo a atender a efetiva demanda de estudantes, professores e técnicos; Garantir a aquisição e o acesso às bibliografias básicas de cada curso, ampliando e difundindo o uso do meio eletrônico; Garantir a quantidade de professores e professoras necessários para manter e ampliar a oferta de vagas no ensino público; Proporcionar as condições para a publicação da produção acadêmica dos estudantes e popularizar a criação de plataformas de blogs e redes sociais. Entendemos que estas linhas de ação da Chapa 1, combinadas às linhas gerais do Programa da nossa Candidatura contemplam, amplamente, as demandas apresentadas.
3. HU – Defendemos o HU como hospital-escola da UFSC, devendo, portanto, permanecer público e gratuito, ampliando o seu atendimento ao público. Destaque-se que os atendimentos têm diminuído nos últimos anos, como mostra o quadro abaixo, extraído do UFSC em Números:
Tipo de Atendimento
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2008
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2009
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Atendimento de Emergência
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97.466
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86.161
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Atendimento Ambulatorial
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171.236
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145.697
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Procedimentos Cirúrgicos
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3.826
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3.065
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Informações Clínica
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10.889
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10.668
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Tipo de Atendimento
Portanto, não basta exigir que o HU permaneça público e gratuito; é necessário que não se aceite o seu encolhimento.
4. Representação Discente dos Pós-graduandos junto aos órgãos colegiados.
O pleito em questão é justo e necessita claramente de uma regulamentação específica para assegurar as representações da APG em todos os colegiados da instituição. Assumimos, desde já, o compromisso de, se eleitos, colocar a matéria em discussão no âmbito do Conselho Universitário.
Entendemos, como destacado por Vossas Senhorias, que muitas outras questões de fundo relativas à Pós-Graduação deveriam ser discutidas em momentos como esse (avaliação de programas, o papel das agências de fomento, políticas para ciência e tecnologia, etc.). A Chapa 1, Universidade em Ação, destaca que tem o compromisso de construir um Portal Ponte, em diálogo com o Portal Inovação, que disponibilize à sociedade catarinense um mapeamento das competências científico-tecnológico-gerenciais na UFSC, estimulando processos retroalimentadores de contato entre a universidade/institutos de pesquisa, empresas, governos, organizações sociais e a sociedade em geral. Entendemos que este portal permitirá que a UFSC conheça melhor a UFSC, estimulando a elaboração de projetos interdisciplinares, e que a sociedade e os programas de mestrado e doutorado se conheçam mutuamente, permitindo a rediscussão sistemática de linhas de pesquisa, o possível redesenho, com novas ênfases e enfoques, de muitas destas linhas de pesquisa à luz das demandas da sociedade.
Colocando-nos à disposição para maiores esclarecimentos,
Atenciosamente,
Dilvo Ristoff