APG-UFRJ: O Travesseiro da NASA e os banqueiros da Previdência

22/03/2019 11:55

Na próxima sexta feira, dia 22 de março, dois eventos importantes demandarão a mobilização e a luta dos estudantes e de toda classe trabalhadora: a visita do Ministro de Ciência,Tecnologia e Comunicações, Marcos Pontes, ao Campus do Fundão-UFRJ e o Ato contra o Projeto de Reforma da Previdência, na Candelária-Centro do Rio.

Alinhado diretamente ao projeto neoliberal e conservador do ministro da Economia Paulo Guedes, o ministro Marcos Pontes é o exemplo da contradição em pessoa. A despeito de ter conseguido alcançar o auge da sua formação baseada em instituições militares, mantidas com dinheiro público, vem defendendo agressivamente a espoliação da universidade pública pela iniciativa privada. Ou seja, aquilo que ele usufruiu não pretende promover para os outros. Porém, parece que seus interesses em misturar o público com o privado não é novidade, vide o fato de ter infringido o artigo 204 do Código Militar, que proíbe a militares da ativa qualquer atividade comercial, onde o mesmo para vender artigos, como os famosos Travesseiros da Nasa ocultou que era dono de 80% da empresa Portally Eventos e Produções, registrada em nome de uma assessora sua. Os desdobramentos de sua perspectiva política tem ocasionado o aprofundamento do abismo que separa a produção científica nacional das demandas das classes populares. Neste caminho a universidade pública, esta indo direto para o espaço sideral!

Infelizmente, os ataques do governo vigente, promovendo a deterioração e fim de direitos constitucionais, como a educação pública, não se restringem as propostas do ministro Marcos Pontes. Com toda certeza, a proposta de Reforma da Previdência que já começa a andar no Congresso será um dos maiores ataques que todo o conjunto da população brasileiro sofrerá em breve. A proposta do governo, dentre outras coisas, aumenta o tempo de serviço e de contribuição para que possamos nos aposentar. As mulheres, por exemplo, para se aposentarem precisarão possuir no mínimo 62 anos de idade, enquanto os homens deverão ter pelo menos 65. Os ataques previstos nesta proposta são duríssimos aos trabalhadorxs, afetando com mais intensidade xs mais vulneráveis, mulheres (do meio rural, mais ainda) e jovens, que os autos índices de desemprego e discriminação, provavelmente nunca se aposentaram! Como se não fosse mais absurda, a proposta prevê um regime de capitalização, que indica os mais pobre a colocarem seu dinheiro em poupanças de bancos privados. Em outras palavras, mais dinheiro para especulação financeira de banqueiros usarem em troca do suor dxs trabalhadorxs.

Vale ressaltar que é vergonhoso o papel das centrais sindicais, sobretudo as maiores, como CUT e CTB, que praticamente não moveram uma palha para mobilização do ato dia 22. Quais seus interesses? Estão negociando com este governo? Estas respostas não sabemos, mas sabemos que frente a este imenso ataque, a saída que apontamos é a mobilização e luta dos de baixo, de todxs estudantes e trabalhadorxs. Esteja em local de estudo ou em seu lugar de trabalho, a unidade nesta luta é necessária para barrar este projeto de escravidão moderna!